Idwsyc - Number Five

10.

He did it his way.

Mais uma vez, a menina estava deitava na cama em plenas três da tarde. Um grande tédio rodava a cabeça da menina. Parecia que tinha voltado às suas monótonas tardes de verão em suas antigas cidades, Ashley sorriu.

— Aí está você.

— Oi, menino que me vendeu. O que você quer?

— Eu vou sair, quer vir comigo?

— Nunca mais.

Ele iria falar alguma, mas hesitou e se retirou. A garota entediada balançava seus pés em ritmo constante e repetitivo. Viu algumas pessoas irem e voltarem, mas não poderia ligar menos. Carter se levantou rapidamente e parou esperando a tontura passar como consequência. Não demorou muito para ela sair do quarto e ir a procura de Klaus, que sempre conseguia arrancar alguma risada da menina.

— Oi. — diz quando o encontrou no quarto de alguém.

— AH! NÃO TAVA MEXENDO EM NADA — ele gritou, jogando as coisas para cima e olhou para a menina em choque. — Oh, é você. Oi, Ashley!

— O que está fazendo?

— Achando dinheiro misteriosamente.

— Misteriosamente?

— É. Toma um dólar, vai comprar uma bala. — entregou o dinheiro pra ela e voltou a procurar.

— De quem é esse quarto?

— Luther.

— Faz sentido.

— Aqui! Achei!

Ele pegou o dinheiro, se despediu da menina, olhou para os lados no corredor e correu disparado em direção ao banheiro. Ela riu e seguiu na direção oposta.

"Que peça!" Pensou se referindo ao mais novo.

Ela escutou passos firmes no andar de baixo e correu em direção a eles. Sentia falta de correr, na verdade, agir como uma criança. A mesma deu de cara com Luther colocando o casaco numa cadeira.

— Olá, Ashley.

— Oi. — parou no último degrau.

— Pensei que tinha saído com o Cinco.

— Não, obrigada. — fez cara de nojo.

— Mas você viu ele?

— Ahm... Não?!

— Qual é a de vocês dois?

— A da gente? Nada, ué.

— Eu vi como vocês trocam olhares. É irrelevante sua negação.

— Você que é irrelevante, seu intrometido.

— Cinco tinha razão — riu. — Você é esquentadinha.

— Vai pra lá, imundo. — Carter andou até ele e o encarou. Deu a volta e saiu pela porta.

— Menina engraçada.

Ashley não iria entrar na casa logo depois de sua saída triunfal, por isso apenas decidiu andar desnorteada pelas ruas da fria cidade tediosa. Nesses momentos em que nada passava em sua cabeça era o pior estágio de sua mente. Estava dispersa e isso incomodava a adulta, pois literalmente qualquer coisa enchia a mente de besteira. Quantas vezes terá de se manter ocupada para não pensar na sua vida esquisita e cheia de altos e baixos? Quantas dores terá de sofrer para que pudesse viver em paz? Quantas pessoas ela irá deixar para trás?