32.

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Finale.
2/2.

Todos saem do carro às pressas, carregando dinamites e armas de fogo, com exceção de Ashley que era uma arma em pessoa, mas mesmo assim, preferia carregar uma dinamite consigo. Eles avaliam o local. Casa consideravelmente arrumada, coberta de vidros pretos e as cabines de segurança vazias. A entrada era uma simples porta de vidro.

— Eu e Diego vamos deixar a barra limpa pra vocês. — diz Luther.

O mesmo deixa um beijo em Alisson e sai correndo com o mesmo. A garota olha pra Cinco, desconfortável, e se abaixam atrás do pequeno muro. Ouviram tiros, Cinco se levanta.

— Não era parte do combinado.

Eles escutam um "VENHAM!" e saem correndo em direção a entrada. A menina viu dois corpos no chão, mas nada de sangue.

— Robôs filhos da puta, hein? — Klaus diz.

Eles correm em direção a porta que dava acesso ao corredor central.

— Identifiquem-se. — diz um guarda com a arma maior que seu corpo.

— Somos convidados.

— Vocês vão morrer. — ele pressiona um botão e um som ridiculamente alto começa a tocar, seguido por luzes vermelhas.

Diego atira em sua perna e tira a arma de sua mão. Foi barulho o suficiente para todos os seguranças os localizarem. Correram para o lado oposto de onde estavam e se encontraram com o nome "sala de reuniões".

— CORRAM, ENTREM!

Entraram e trancaram a porta, se abaixando. Passos pesados foram ouvidos, mas logo foram embora. Ao ver que o perigo tinha passado, Ashley é a primeira a se levantar e vai até a grande mesa daquela sala.

— Um mapa!

Cinco vai até ela e o analisa.

— Eureca.

Ao olhar para a parede, ele vê algo familiar. Um retrato de seus inimigos.

— Cha-Cha e Hazel, nos vemos novamente.

— Quem são eles, Cinco?

— Os responsáveis.

— Ótimo, já sabemos quem são. — diz Diego.

— Vamos nos separar. Eu fico com Ashley. Iremos direto para os responsáveis. Façam suas partes. Vamos.

Cinco pega a menina pelo braço e se teletransportam para o corredor. Eles escutam barulhos de passos e ambos se escondem em mais uma esquina de corredor.

— Você sabe onde é a sala? — sussurra.

— Iremos descobrir. — ele sussurra de volta.

— Merda.

Ao ver que o perigo tinha passado, eles saem e voltam ao seu corredor inicial, procurando pelas pessoas na foto. Ashley estava extremamente nervosa e Cinco não ajudava quando atirava ao ver qualquer coisa que parasse no caminho. Era algo que a garota sempre sonhava. Viver alguma coisa importante. Ser alguma coisa importante. Mas agora, ela só gostaria de fugir. Com o amor de sua vida. Mas aparentemente ele se vai. Quando ela tem essa chance, de não ser mais inútil, gostaria de se livrar dessa maldição que a acompanhava. Que sua irmã chamava de sorte. De extraordinário. Nunca desejou tanto ser ordinária.

— Ashley?

O menino olhava pra uma porta em especial. A garota se aproximou.

"DIRETORES.

Ele segurou a mão da menina e a olhou nos olhos.

— Eu quero te falar uma coisa antes de abrirmos essa porta.

— Sim.

Ele suspirou e tirou uma caixa de seu bolso.

— Eu também te amo.

A menina arregalou seus olhos.

— Como nunca pensei que amaria alguém.

Carter não pensou muito, apenas segurou o rosto do menino e deixou um beijo demorado. Ela já estava com saudades. Ele se separou com um selinho.

— E eu quero te dar isso. Pra você sempre se lembrar de mim. Eu vou voltar. Eu te prometo.

O garoto abre a caixinha. Era um anel, quase sendo imperceptível por conta das luzes. Ele pegou o mesmo e o encaixou no dedo da menina, deixando um beijo nele e, em seguida, mais um nela.

— Eu nunca vou te esquecer, Cinco.

— Quando você ver a luz azul, corra e avise a todos que a ameaça foi embora.

LeFay deixou lágrimas caírem.

— Até já, minha Carter.

— Até já, meu Cinco.

Dito isso, o menino entrou no quarto. Deixando a menina para trás. A mesma protegia a porta como se sua vida dependesse disso, e dependia. Atacava com suas chamas cada um que ousava se aproximar. Sua iris estava vermelha, sua pele fervendo. Ouviam-se gritos e tiros. Mas por um momento, tudo silenciou-se. E então, a luz. O seu Cinco tinha ido embora. Ela parou um instante. Respirou fundo e correu em busca de seus amigos e, quando finalmente os achou, gritou:

"ELE SE FOI. O MEU HERÓI!"

~ ~ ~

Haviam-se passado duas semanas desde que Cinco se foi. Os irmãos seguiram seus caminhos sozinhos, assim como Carter. Voltou a morar com a sua irmã, no casarão no meio da floresta. Queria ficar perto para quando ele voltar, estar ali, próxima. Foram os melhores momentos de sua vida. Ela manteve contato com todos e sempre os visitava quando podia. Até mesmo passou o Natal junto de Klaus.

Ela realmente sentia falta de seu namorado. Cada segundo, minuto, hora, dia passava pensando naquele que um dia retornaria. E sempre que a mesma derrama uma lágrima, ela olha para o seu anel que seu amado — agora sabe lá onde estaria — lhe deu e lê as seguintes palavras.

"Eu não quero te ver chorar."

Idwsyc - Number FiveWhere stories live. Discover now