"Alpha, venha aqui." Harry deu tapinhas em suas coxas e chamou a pequena Lolla, que veio correndo desengonçada com as pernas roliças, louca para sentar no colo do alpha.
"Você está engordando." ele a pegou pelo bumbum, raspando o nariz pelo pescoço pálido. "Sua mãe te alimenta com o quê? Pedra?"
"Pedra." a pequena respondeu, sorrindo, alheia a implicância do alpha.
Harry riu, beijando o topo da cabeça da filha.
"E você, ômega? O que está fazendo?"
Pat estava brincando com seus dinossauros no tapete da sala. "O que?"
Harry arqueou a sobrancelha. "É assim que se fala, ômega?"
O pequeno balançou a cabeça. "Desculpa, papai. O que você quer?" ele reformulou a pergunta, convicto de estar sendo educado.
Harry desistiu. "Você viu que lançou um novo boneco?" ele atiçou a criança que olhou para ele com olhos arregalados e esperançosos.
"Vou ganhar?"
"Não." o alpha se divertiu.
"Não vai dar pra mim?" o ômega fez um biquinho. "Sou seu ômega."
"E daí?"
"Alpha." Louis apareceu na sala, rindo. "Para de implicar com os meus filhotes." ele passou a mão nos cabelos de Pat e se aproximou de Lolla, beijando-lhe a testa.
"Mama." a alpha esticou os bracinhos para ser pega.
"Não está confortável aqui, alpha?" Harry tirou o dedo que a pequena chupava e o escondeu atrás de si.
"Dá." ela pediu, rindo, achando que Harry começara uma brincadeira.
"Só se você disser papai".
"Mama." a alpha olhou para Louis, com a língua de fora.
O ômega riu para a filha. "Meu bebê." ele a acariciou.
"Mama."
"Não." Harry afastou a pequena do toque de Louis. "Papai. Diga, papai. Não é tão difícil, sim? Papai."
"Diga papai, meu amor." Louis instruiu a filha, de longe, encorajador. "Papai."
"Mama."
Harry e Louis se entreolharam e riram.
xx
"Alpha, você vai me dar o boneco do dinossauro?" Pat perguntou a Harry.
"Peça a sua mãe." o alpha respondeu sem tirar os olhos da tevê.
"Ela disse pra pedir pra você." o pequeno encarou o alpha confuso. "Isso é um jogo? Na verdade vocês já compraram pra mim e estão me enganando?"
Harry riu pelas narinas. "Claro que não." ele disse sério.
"M-mas."
"Mas o que, ômega?"
Pat colocou a mão na cintura, pensativo. "É meu aniversário."
"Seu aniversário é daqui a dez meses." o alpha finalmente olhou para o filho.
"10 meses?" o ômega perguntou. "Quanto tempo é dez meses?"
"Hm." o alpha olhou para seu relógio de pulso. "Muitos minutos."
"Quantos minutos?" curioso, Pat se aproximou do alpha, observando os ponteiros do relógio.
"Sua missão é essa: você tem até amanhã nesse mesmo horário para me dizer quantos minutos são 10 meses. Se você conseguir, eu te dou o boneco do dinossauro." o alpha estendeu a mão e o pequeno ômega a apertou, selando o acordo.