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"O que é isso?"

Louis se assustou ao ouvir a voz do seu filhote e quase se desequilibrou. Ele respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos, colocando uma mão sobre o peito.

"Você não faz mais barulho, alpha?" ele questionou, surpreso.

Quando seu filhote havia ficado tão sorrateiro assim?

Léo se aproximou da mãe, que estava em pé de frente a janela. Ele olhou para a pequena mão que segurava o objeto flamejante. "O que é isso?" ele voltou a perguntar.

O ômega suspirou, derrotado. De nada adiantava mentir. "Isso é um cigarro." ele disse simples, então levantou um pé para apagar o cigarro contra a sola do sapato. "Não conte para o seu alpha."

Léo balançou a cabeça. "Por que está fumando?" ele se aproximou do ômega e cruzou os braços no peito.

Louis observou seu filho por alguns instante. A semelhança com Harry eram tantas que nem sabia por onde começar a enumerá-las. Desde que havia se revelado como alpha, Leo começou a pegar pequenos hábitos do pai. Um deles era falar pausadamente e inquisitivo. Ele já sabia a resposta, mas fazia a pergunta do mesmo jeito. Apenas pelo prazer de estar certo.

"Me acalma, às vezes. Faço isso quando vocês estão na escola. Acho que me esqueci que você não tinha aula hoje." o ômega respondeu, sorrindo fraco.

"É errado? Por isso você não faz quando estamos em casa?" o alpha arqueou uma sobrancelha.

O ômega limpou a garganta. "Não é errado, faz um pouco de mal à saúde, embora."

"O cheiro..." o filhote começou sem ter certeza sobre o que queria dizer. "Não sentimos o cheiro."

Louis sorriu largo, ele sabia que estava dando um mal exemplo para o seu filhote, mas permitiu se relaxar por um momento apenas. "Aromatizo a casa, mas shhh, isso é um segredo."ele pôs o indicador sobre os lábios partidos pelo sorriso.

O alpha riu. "Posso fazer isso, então?" ele estava esperançoso. Talvez agora que ele era um alpha, ele pudesse começar a fazer coisas de alpha. Como sua mãe ainda não permitia que ele se transformasse, ele queria fazer as outras pequenas coisas que seu pai fazia.

"Aromatizar a casa ou me aromatizar?" o ômega perguntou levemente confuso.

Ele notou o pequeno desconforto do seu alpha, quase como ele estivesse envergonhado.

"Eu li em um livro..." o pequeno disse depois de um tempo. "Papai não costuma fazer isso com a gente, parece que é algo para pessoas atadas?" Louis sabia que ele não tiveram a intenção de soar duvidoso, ele estava constatando algo, mas sua voz estava cheia de incerteza. "Como explicar? Posso, mamãe?" Léo gesticulou o espaço entre ele e a mãe, pedindo permissão para se aproximar.

"Claro, alpha." o ômega sorriu, já tendo uma ideia do que o filhote queria fazer.

Léo se aproximou ainda mais da mãe, ele teve que ficar na ponta dos pés e Louis teve que se curvar alguns centímetros, mas assim que seus rostos estavam alinhados, o alpha esfregou a bochecha na bochecha do ômega repetidas vezes para então passar o nariz pelo mesmo local e por último, embora ele estivesse em dúvida se arriscava ou não, ele lambeu próximo ao maxilar do ômega.

Louis não pôde evitar sorrir largo, ele estava tão orgulhoso do seu alpha, para dizer a verdade. Léo havia sofrido muito, ele só podia imaginar o tanto de coisas que passava na cabeça do seu filhote. Vendo todos ao seu redor desabrochando, descobrindo suas raças e podendo render aos seus instintos e agir conforme eles.

O próprio ômega havia passado pela mesma experiência e não foi em nada legal.

"Você é um alpha tão bom, meu amor." o ômega pronunciou, maravilhado pelo seu filhote. Ele segurou o rosto do pequeno antes que o mesmo se afastasse. "Você está tão empenhando em ser um bom alpha para mim, e para o seu irmão, eu estou muito orgulhoso de você. E bem." ele deu um delicado beijo na ponta do nariz do alpha. "Isso não é algo que só fazemos com nossos companheiros, atados ou não. Na verdade isso se chama marcar território. É algo que fazemos principalmente quando nos sentimos ameaçados na presença de outras pessoas."

for him | l.s aboWhere stories live. Discover now