for him | l.s abo

cheerish u

"Sente aqui, ômega, nós precisamos conversar." o alpha chamou o marido, dando um tapinha ao seu lado, na cama.

Louis se aproximou hesitante, olhando uma vez para trás a fim de ver seus filhotes. Eles estavam todos na sala brincando, distraídos. Ele se sentou ao lado do alpha, de cabeça baixa.

"Você pode me explicar o que está acontecendo? Eu estou ficando preocupado." Harry foi direto ao ponto.

Era a terceira vez apenas naquela semana que Louis acordava assustado no meio da noite. Da primeira vez, ele disse que, por estar chovendo demais, ele estava com medo de que a casa deles fosse desabar, e que ele e Harry precisavam levar os filhotes para fora naquele momento ou todos eles iriam morrer.

Da segunda vez, ele apenas ficou soluçando baixinho, implorando para Harry fazer seu coração bater mais devagar, suando na testa e nas mãos, sem conseguir ficar parado em um só lugar, até Harry aromatizá-lo.

Da terceira vez, ele acordou às três da manhã dizendo que estava sentindo cheiro de gás, e que se ele não resolvesse, a casa iria pegar fogo e então todos iriam morrer. Ele gritou com Harry que ele e os filhotes precisavam se enfiar debaixo do chuveiro e se molharem, pois eles teriam que rastejar para sair de casa caso começasse a pegar fogo. E então dormiu, pensando que iria morrer.

Aceitando que iria morrer.

"Pesquisei sobre tudo isso, falei com algumas pessoas no meu trabalho e isso é grave, ômega. Nós temos que procurar um médico, você precisa descobrir qual é o motivo para esses medos irracionais que você está tendo." O alpha disse tenro, apoiando a palma da mão na coxa nua do marido. " Olhe para mim, ômega." ele pediu, Louis balançou a cabeça. Harry podia ver seus olhos enchendo-se de água. Partia seu coração que Louis estava em dor. "Precisa fazer isso por você, meu amor, pelos seus filhotes, por mim, mas principalmente por você. Você quer acordar assim todas as noites?"

O ômega fungou, balançando a cabeça de um lado para outro, negando.

"Então, por favor." Harry implorou, ainda não obtendo nenhuma resposta do ômega. Ele ergueu o rosto de Louis com um dedo em seu queixo, imediatamente limpando uma lágrima que escorreu. Ele nunca vira o seu ômega daquele jeito, tão pequeno e desorientado. "Vamos fazer isso, sim? Vou marcar um horário com uma psicóloga e então vamos ver o que podemos fazer para você melhorar. Tudo bem pra você, ômega?"

O alpha estava usando o tom que ele usava para falar com seus filhotes, como se ele estivesse na posição de protetor. E ele estava.

Tudo o que seu ômega mais precisava naquele momento era de proteção, se sentir seguro e amado.

Harry estaria ao seu lado, para sempre. Ele prometera.

Na alegria e na tristeza.

Na saúde e na doença.

x

"Na na na na."

O alpha enrugou o nariz. "O que está cantando, alpha?"

"Na na na na na naaaaa." A pequena cantarolou, distraída, rindo para seus brinquedos. Brinquedos de Pat, na verdade. Aqueles malditos bonecos dinossauros que irritavam Harry profundamente.

"É uma canção." Pat ergueu os olhos para o alpha, como se explicando algo importante. Harry revirou os olhos. "Ela está cantando uma canção." Ele repetiu, balançando a cabeça.

Harry respirou fundo. "Sempre tão sábio, ômega." ele implicou com o filhote.

"Obrigado." Pat respondeu satisfeito, voltando sua atenção para seus bonecos.