Quase 9 mil palavras porque eu também estava morrendo de saudades deles :)
Agora, queria deixar uma coisa clara. Sei que tem algumas pessoas que ficam chateadas porque em certos momentos Léo não está junto de todo mundo e têm a impressão que ele é excluído, bem, ele não é. Eu gosto de escrever personagens que eu possa desenvolver conforme o andamento da história e ainda que não pareça, Léo é um dos personagens mais complexos dessa fic. Creio que depois desse capítulo vocês entenderão melhor.
É isso. Boa leitura!
xx
"E como você se sente sobre isso?"
Louis odiava essa pergunta. Ele odiava que tudo o que ele falava era suficiente para que seu psicólogo a fizesse.
Como se ele soubesse o que ele sentia! Por isso que ele estava fazendo aquelas malditas sessões.
Antes que ele pudesse respondê-lo, Harry saiu do banheiro com somente uma toalha amarrada na cintura. O alpha tinha seus cabelos molhados pingando água pelos seus ombros e escorrendo em direção ao seu peito.
Louis engoliu em seco admirando o corpo bonito do seu alpha, hipnotizado pela sua beleza até que o mesmo pigarreou, chamando a atenção do ômega com um sorriso nos lábios.
"Não devia estar na sua consulta ao invés de estar me consultando?" ele provocou, indo tão lentamente até o armário para pegar uma peça de roupa.
O ômega piscou os olhos, voltando sua atenção rapidamente para a tela do notebook apoiado em seu colo.
O doutor Hein o julgava do outro lado da tela.
"Desculpe." o ômega pediu sem jeito, se ajeitando na cama. "Bem, eu não sei como me sinto, para falar a verdade. O número de alphas é realmente superior ao número de ômegas mas sou respeitado igualmente, nunca tentaram usar do status para me oprimir, eu acho."
Ele viu quando o psicólogo anotou algo em um pequeno caderno apoiado em seu joelho. "E amigos? Você tem algum?"
Seu olhar foi para o redor do quarto mais uma vez, com Pat abrindo a porta com força.
"Oi, mamãe." o filhote sorriu para Louis, andando em direção a mãe mas sendo levantado no ar na metade do caminho.
"Você quer quebrar a porta?" Harry perguntou, ajeitando o filhote em seu colo e batendo com um dedo em sua testa.
Pat se remexeu, gargalhando. "Não tenho forças, alpha." ele riu, circulando o pescoço do alpha com os bracinhos curtos.
"Sua mãe tá ocupada, o que você quer?"
"Queria comer biscoitos mas está muito no alto e Leo não quer pegar pra mim." Pat apontou para a sala.
O alpha balançou o ômega para cima e pra baixo, só pra implicar. "Por que está pedindo pra sua mãe? Ele também não alcança."
Louis, que ainda estava completamente desatento com sua sessão, revirou os olhos para o alpha.
Pat fez um biquinho. "Alpha, pegar biscoitos?"
Harry seria capaz de plantar o próprio trigo se Pat pedisse.
"Ok, chato." ele bagunçou os cabelos do filhote. "Vamos lá."
Seria difícil, Louis sabia. Desde que ele começara com as sessões a duas semanas, ela já sabia que seria difícil. Não só porque ele era mãe de três filhotes e ser mãe demandava atenção e paciência, mas porque parecia que ele não conseguia mais focar em algo sem ser distraído com tudo o que acontecia em casa.