capítulo vinte

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Saint

-Você está mesmo duvidando de mim, Saint?

-Não, agora você pode parar de agir como uma louca lá fora?

-Não, não posso. Eu quero saber o o porquê dela estar aqui e cheia de mãos encima de você. Ela é o quê? Um polvo. -ela tira os meus braços da sua cintura e se afasta, abrindo a porta do banheiro.

-Por favor, Pérola... -eu seguro o seu ombro e a puxo contra o meu peito. Ela se vira para mim.

-Você acha o quê? Que eu vou colocar as minhas mãos nessa Tiffany? Pois bem. Você está errado. -ela revira os olhos e da de ombros. -Não vou me rebaixar a isto. Se ela quer você, que fique.

Fico chocado quando os seus olhos se enchem de lágrimas. A puxo contra mim e a abraço. Os seus ombros tremem levemente, denunciando o seu choro.

Hoje é aniversário da minha mãe, então ela decidiu que um jantar para os íntimos, seria uma boa opção para comemorar. Estão algumas das minhas tias e primas, Jen e algumas das amigas da minha mãe. Inclusive Anne.

Mãe de Tiffany.

A minha ex namorada que veio acompanhar a mãe. Sem ser convidada.

Tiffany estar à minha volta o tempo todo foi o suficiente para que Pérola se sentisse estranhamente insegura. Os seus dedos me segurando a todo segundo, me assegura disso.

-Calma, meu amor. -eu acaricio as suas costas e a sua cabeça se levanta e ela seca os olhos.

-Eu estou calma.

-Não precisa ficar irritada comigo, também.

-Se você não desse motivo, eu não estaria.

-O que eu fiz? -eu arregalo os olhos, incrédulo.

-Você nunca faz nada. -então mais lágrimas caem dos seus olhos. Hormônios.

-Pérola...

-Não. -ela soluça. -Não me venha com "Pérola" -ela faz uma careta adorável para mim. -Para de sorrir.

Dou risada do seu ciúmes adorável e a abraço mais uma vez.

-Você sabe que só tenho olhos para duas pessoas. -ela levanta o rosto que estava escondido no meu pescoço.

-Duas? -ela morde o lábio inferior e me encara.

-Sim. A minha mulher e a minha filha. -ela me dá o seu mais lindo sorriso e eu devolvo.

-Filha?

-Sim.

-Não acho que vai ser uma menina. -ela nega com a cabeça.

-Por que?

-Intuição. -ela dá de ombros e abraça minha cintura com força.

-Então você é a primeira mãe da história com intuições erradas. -eu rio e toco a sua barriga. -Aqui está crescendo uma garotinha de olhos verdes e cachinhos.

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