capítulo vinte e três | pérola

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Pérola

—Eu sinto muito... muito mesmo. -as lágrimas descem pelo meu rosto e eu passo as mãos tentando, inutilmente, pará-las.

—A culpa não é sua e de ninguém além daqueles monstros. -ela sorri para mim e no fundo daqueles olhos eu vejo dor. Uma dor não expressada. Uma angústia. O sentimento de se procurar e não se encontrar, eu reconheço aquilo porque eu já estive assim. Eu sei bem como é sentir a respiração travar no meu do caminho pelo simples motivo de você não saber se expressar porque as suas feridas são profundas demais para que você consiga alcança-las. Tudo parece mais escuro e infeliz. Os dias, horas, minutos e segundos se arrastam.

Então você pisca.

E se vê em uma profunda depressão.

Eu precisei de um amor para me tirar dali. Eu precisei de uma nova família e saber que algo lindo cresce em meu ventre. E Dallilah? Quem ela tem?

A partir de agora, ela tem a mim.

—Bem vida à família, você não está mais sozinha. -eu toco a sua mão e desabo. Os meus ombros tremem com o meu choro. Sinto seus finos e pequenos dedos passarem carinhosamente por toda as minhas costas em uma tentativa de me acalmar. Olho o seu rosto e, pela primeira vez, eu vejo algo além de uma trsiteza profunda. Eu vejo esperança.

*

A casa está tranquila e silenciosa quando eu e Saint acabamos de acomodar Dallilah em seu quarto. Sento-me no sofá e suspiro pensando em como a minha vida se transformou de um tempo pra cá. Tudo está diferente, eu me sinto diferente.

Eu tenho uma irmã.

Vou ter um filho.

Eu tenho um... Saint?

—Qual a graça? Quero rir também. -Saint se acomoda ao meu lado e eu descanso a minha cabeça em seu ombro, suspiro e lhe lanço um sorriso travesso.

—O que nós somos?

—Como assim?

—Você é pai do meu filho? Meu namorado? O que você é meu? -dou de ombros e sinto o seu corpo tensionar ao meu lado. Acho graça do quão nervoso ele fica com rótulos bobos.

—Bom... porra, Pérola! -ele passa a mão pelos cabelos e sorri nervosamente. Eu toco o seu joelho e sorrio para ele.

—Relaxa, eu não ligo para essas coisas.

—Agora eu ligo.

—O que importa é o quanto eu te amo. -eu sorrio e, gentilmente, toco os seus cabelos completamente bagunçados.

—E o quanto você me ama? -eu sorrio travessa.

—Não tanto quanto amo seu pau. -sem precisar de um convite, Saint ergueu o meu corpo e seguiu em direção à escada. Ao chegar ao nosso quarto, deu um chute na porta e deixou o meu corpo pousar sobre o colchão macio da cama. O seu corpo ficou sobre o meu e os seus lábios atacaram os meus com fome.

A mão de Saint agarrou a minha camisa, levantou-a e repentinamente deixou uma mordida em meu ombro, logo depois uma lambida, aliviando a ardência gostosa. Seus dedos calejados exploraram toda a minha pele completamente arrepiada. Eu solto um gemido alto dentro de sua boca e a mão subiu para acariciar seu seio.

—A sua irmã está aqui. -ele me lembra com um sussurro e eu concordo.

As suas mãos pressionam os meus seios sensíveis de uma forma desigual e completamente gostosa, fazendo-me contorcer sobre a cama. Saint reagiu imediatamente, endurecendo, e o seu pau pulsante se pressionou ainda mais forte contra a minha coxa.

Ouço um gemido alto e sôfrego e me dou conta que saiu de mim mesma. Sinto um tapa arder na minha nádega e eu prendo um grito. A boca de Saint se afasta da minha e seus olhos me repreendem.

—Não grita. -o seu tom de comando é o suficiente para quase me fazer gozar. Prendo o lábio inferior entre os dentes e suspiro concordando.

—Você gosta, meu amor? -eu faço que sim com a cabeça e sinto um tapa arder mais uma vez. —Responde.

—Sim, Saint. -ele sorri para mim.

Arqueio os meus seios contra a palma da sua mão e sinto o calor das suas mãos descerem pelo meu abdômen. Sinto-me completamente excitada e meu corpo começa a latejar com o tesão  que sinto. Fecho os olhos quando sinto a sua respiração quente tocar a pele sensível do meu seio. Saint abre a boca e passa a sua língua pelo mamilo duro. Ofego sentindo uma nova onda de calor se espalhando entre as minhas pernas já encharcadas. Meu nível de excitação é quase insuportável. Meu corpo todo formiga.

Estico a minha mão entre os nossos corpos e toco o seu pau duro, sentindo-o pulsar em minha mão. Seu suspiro é alto e o seu corpo arrepia quando minha mão entra em contato com o seu pau.

Seus dentes roçaram o meu seio duro, intercalando com chapadas fortes por todo o meu peito, fazendo meu clitóris pulsar como se loucamente.
As mãos dele passaram rudemente por todo o meu corpo, levando quaisquer vestígios das minhas roupas.

—Saint, por favor...

—Ok, baby.

Sem mais delongas, o seu pau invade a minha entrada molhada e pronta para ele. Seu pau investe com força, tornando impossível que eu não grite mais alto que o normal.

Passo a unha com força sobre as suas costas e enrolo as minhas pernas em torno do seu quadril, puxando-o mais contra mim.

Abro os olhos e o vejo me observar enquanto se move sobre mim. Seus olhos, apesar de todo tesão, demonstra amor e carinho. Meu coração se aperta só de imaginar que um dia posso perder isso. Eu não quero perdê-lo jamais. Nunca.

—Por favor... -eu sussurro e eu nem sei o porquê.

—O quê, meu amor? -as sua estocadas diminuem o ritmo e ele coloca o seu rosto em meu pescoço arrepiado.

Não me deixa.

Eu me tornei tudo o que não queria. Dependente de Saint.

—Nunca.

Então nós alcançamos o ápice juntos.


BurnWhere stories live. Discover now