Capitulo 17.

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Capitulo 17.

Gustavo.

Chegamos em casa e eu limpei os machucados da Giovanna. O olho direito dela já estava mais roxo e a boca inchada, to com tanta raiva daquele filho da puta que se ele passar por mim um dia eu mato ele, não acredito que ele bateu na minha Loirinha, mas ele vai se arrepender por isso.

- Gustavo? – Ela me chama.

- Oi. – Respondo.

- Ta muito bravo comigo? – Pergunta.

- Não meu amor, porque estaria? – Digo olhando nos olhos dela.

Ela não responde e desvia o olhar, pego no queixo dela e faço ela olhar para mim.

- Giovanna? – Chamo.

- Não sei. – Ela fala.

- Posso te fazer uma pergunta? – Falo.

- Uhum.

- Porque você não denuncia o Marcos?

Ela não responde, desvia o olhar. Pego nos dois lados do rosto dela e faço-a olhar para mim.

- Meu amor, você precisa me falar. Só assim eu vou poder te defender dele, só assim vou poder te proteger. – Digo olhando nos olhos dela.

- Ta, eu vou te dizer. – Ela respira fundo. – Só não sei se depois disso vai querer ficar comigo ainda, mas é melhor eu falar agora antes que seja tarde demais.

- Eu sempre vou querer ficar com você, não me importa seu passado me importa o que você é hoje. – Digo e os olhos dela se enche de lagrimas.

Ela respira fundo e se senta no sofá ficado de frente para mim.

- Quando eu era criança minha melhor amiga morreu, ela se chamava Paloma, sofri muito na época pois nos éramos amigas desde que eu me conheço por gente. – Ela respira fundo e continua. – Meu pais não agüentavam me ver sofrer tanto e decidiram se mudar, nos viemos para São Paulo onde meu pai tem uma empresa. Eles queriam que eu voltasse para a escola, mas eu não queria eu só queria que a Paloma voltasse mas eles me obrigaram e então eu aceitei. No primeiro dia conheci a Sophia, gostei dela logo de cara mesmo ela não sendo igual a Paloma, mas foi ai que eu descobri que ela não vai volta e eu tenho que aceitar isso. No segundo dia conheci Marcos, irmão adotivo de Sophia ela nunca gosto dele, falava que ele era perigoso, lógico que eu não acreditei, tinha apaixonado por ele logo de cara. – Ela começa a chorar. – Depois de alguns anos nos três já éramos muito amigo mesmo a Sophia não gostando, ela já sabia que eu era apaixonado por Marcos ate me aconselho a me afastar, mas não aceitei isso. Então quando eu tinha 16 anos o Marcos me levou para cama, tirou minha virgindade e me fez dele. – Ela começou a chorar mais e eu a abracei.

- Não precisa termina se não quiser. – Digo.

- Não eu tenho que terminar. – Ela diz se soltando e ficando de frente para mim novamente. – Depois ele me pediu em namoro, no começo ele era calmo, perfeito comigo, perfeito namorado. Mas depois de 1 ano ele começou a ficar violente, começou a me proibir de sair de casa, mas eu não aceitei falei que ele não mandava em mim e nesse dia foi a primeira vez que ele me bateu. – Ela começou a soluçar, mas eu queria saber o resto. – Mas depois ele transava comigo, e eu gostava. Depois de alguns messes ele não parava mais de me bater, toda vez que me via no celular ou falando com alguém ele me batia, eu não conseguia terminar com ele, eu era apaixonada por ele. Quando eu fiz 18 anos ele começou a me ameaçar, a falar que se eu denunciar ele para a policia me mataria, mas antes mataria todos que eu amava então não terminei com ele e nem denunciei. E então minha mãe descobriu, mas não fez nada porque ele é rico. Ela queria que eu me casasse com ele, e quando meu pai descobriu isso separou dela, falou que ele era só uma puta e interesseira, pedi para ele não denunciar Marcos para a policia, não poderia deixar que matassem todos que eu amava, ele aceitou mas se eu terminasse com Marcos. – Ela abraçou as pernas e continuou. – Eu aceitei pois não era mais apaixonada por Marcos, todo meu amor virou ódio, e então assim fiz, terminei com ele, ele não quis de primeira mas falei para ele se ele preferia a liberdade ou o meu amor, e ele preferiu a liberdade. Hoje quando ele me bateu falou que se eu não terminasse com você ele te mataria. – E ela começou a chorar mais.

Abracei ela com força. Se antes eu estava com ódio dele agora eu to prestes a mata-ló, sem do ou piedade.

- Mas eu não quero terminar com você. – Ela diz baixinho me abraçando forte.

- E nem precisa, não vai acontecer nada comigo e nem com você. – Digo alisando seu cabelo.

Ficamos abraçados não sei quanto tempo. Percebi que Giovanna já estava dormindo, levei ela para cama. Tomei banho e me deitei no lado dela de conchinha, adormeci.

Você é o meu limiteWhere stories live. Discover now