Capítulo 27: Do deserto, um jardim...

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-acho que de nada mais, Deus tem sido o suficiente porque se não fosse por Ele, eu já teria feito uma besteira só Deus sabe.

-então pare de ficar vendo dificuldades onde existem oportunidades, faça do seu deserto um lindo jardim filha.

-eu vou tentar mãe.

Nós caminhamos em silencio após aquela conversa, eu sabia que ela tinha razão e já havia percebido que Artur não era um home ruim, mas ainda sim estava preocupada. Qual era o motivo dele não querer voltar para seu país?

Nós almoçamos com os reis e eu mostrei um pouco do castelo para minha mãe, ao fim da tarde ela e a rainha se trancaram no escritório e Artur me levou para cavalgar, aliás, ele teve que me ensinar antes de montarmos de verdade, e assim ele o fez. Artur era muito paciente e cuidadoso comigo, mas depois do nosso beijo ele estava ainda mais, eu porem não sabia como agir, pois sabia que o beijo havia sido precipitado...

Depois de duas horas tentando eu consegui andar a cavalo de uma forma mais surtiu, então fomos para um pequeno lago que havia no castelo, eu nunca havia ido para aquela parte do castelo alias toda vez que saia com Artur eu conhecia uma parte nova do lugar, eu me perguntava como um lugar que parecia ser tão simples escondia lugares tão bonitos. Nós sentamos na frente do lago olhando para alguns peixes e pássaros que tentavam come-los.

-você está feliz? -Artur me perguntou puxando a grama.

-eu sou feliz, apenas estou passando por um momento difícil. - olhei para o céu.

-eu não queria tira-la daqui, principalmente agora. - ele jogava as gramas entre as suas penas no chão.

-porque agora?- olhei para ele.

-sua mãe não vai retorna ao Brasil, o lugar dela e aqui. - ele olhou para mim.

-e a minha irmã, meu pai, ela vai deixa-los sozinhos?-falei exaltando um pouco a voz.

-eles virão também. - ele me respondeu calmo.

- e porque já não vieram? Estou com saudades deles.

-e a lei princesa, eles só viram após a nossa partida.

-para que eu não tenha como para fugir?!- disse em voz baixa confessando meu desejo.

-isso mesmo. -Artur pareceu sentir forte as minhas palavras.

-eu só gostaria de entender quem disse que eu tentaria fugir. - disse irritada.

-e não vai? -Artur estava curioso.

-não conseguiria passar pela porta. - abaixei a cabeça.

-isso é bom. - Artur levantou meu rosto, segurando em meu queixo.

Uma Rainha sem CoroaWhere stories live. Discover now