Capítulo 95: Lágrimas, palavras da alma...

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-Artur?- bati na porta.

Ele não me respondeu, então decidir entra mesmo sem a sua permissão ele estava no escritório sentado de cabeça baixa eu caminhei lentamente até ele e me abaixei em sua frente acariciando seus cabelos.

-como ele pode fazer isso Alice? -Artur chorava.

Eu nunca tinha visto qualquer homem chorar, ainda mais da forma como Artur estava é claro que aquilo era compreensivo afinal ele acabou de descobrir que o homem que ele considerava como pai havia matado a sua mãe.

-eu não sei, mas acredito que ele não sabia como tirar a dor que ele estava sentindo também. - tentei justificar aquela ação que para mim também não havia explicação.

-isso não justifica nada, ele matou a minha mãe você entende isso?-ele me disse indignado com as lagrimas ainda descendo em seu rosto caindo no chão.

-com toda a clareza que você pode imaginar. -sequei suas lagrimas.

Artur abaixou a cabeça e chorou em meus ombros por um bom tempo, acredito que ele só parou, pois já não havia mais lagrimas.

-meu amor, eu acho que nesse momento você precisa ficar a sós com Deus, pois só ele vai poder tirar essa dor enorme que está dentro de você. - falei após um tempo, mas disse com a voz mais suave e branda que existia em mim.

-você está certa, eu preciso falar com Deus.

-eu vou para o nosso quarto, assim você vai poder ficar mais a vontade. - me levante de cima da mesa que havia sentado após minhas pernas começarem a ficar com câimbra.

Artur segurou em minha mão. - vá com os seguranças, já tem dois guardas na porta do quarto.

-tudo bem. -sorri.

Eu subi para o quarto com os dois seguranças o rei me esperava no fim da escada.

- o que deseja? -perguntei educada, mas áspera.

-como o Artur está?-o rei pareceu realmente preocupado.

-como o rei acha?- as palavras apenas saíram da minha boca sem que eu pudesse pensar nelas.

-ele precisa aprender a virar homem. -o rei pareceu pensativo e realmente preocupado.

-ele é homem, mas acha certo o que fez?-disse rispidamente, eu realmente estava irritada com aquele homem.

-eu fiz o que era necessário. -sua pose dura de ser havia voltado.

- o que fez nunca foi necessário em lugar algum, um erro nunca justifica outro. -disse indignada.

-eu fiz o que deveria ter feito. -o rei se defendeu.

-pois bem, eu farei o mesmo. - sai da sua frente sem dizer mais nada

Eu fui diretamente para o meu quarto onde dois guardas já me esperavam na porta.                      

Uma Rainha sem CoroaWhere stories live. Discover now