Uma Rainha sem Coroa

Capítulo 48: Quando tudo parece que vai melhorar...

- eu só entendi que não poderia culpa-lo, eu não pude escolher estar aqui, mas tive dezoito anos livre para fazer o que quisesse, mas você nem isso. - respondi para Artur.

Artur não disse nada, mas vi a dor de reconhecer o quanto as minhas palavras eram verdadeiras.

Caminhamos em silêncio sobre o local que em breve seria um lindo jardim, eu não fazia ideia de como faria aquilo, mas era certo que deveria ser impecável.

-se a princesa quiser posso ajudar no jardim. - Artur quebrou o silêncio.

- seria ótimo, mas não vai atrapalhar o treinamento que você faz? - perguntei.

- não, estamos apenas com um grupo de novos guerreiros, treinamos apenas pela manhã. - ele me respondeu.

- mas desde quando cheguei não vi você treinando ninguém. - disse sem rodeios.

- eu só posso voltar a treinar quando fizer um mês que voltei, é uma cortesia que o rei deu aos recém-casados. -Artur fez entre aspas.

- entendi nesse caso a sua ajuda será bem vinda. - sorri.

-princesa, eu sei que tudo o que passou com o rei é muito recente. -Artur me olhou fixamente. - mas gostaria de saber algo e queria que fosse sincera comigo. -Artur cortou o clima tranquilo que estávamos.

-pois me diga o que deseja saber? - me sentei debaixo de uma árvore, meio preocupada.

- a princesa disse que não queria me dar esperança, e eu percebi que quando fui buscá-la seu amigo Eduardo ficou meio que desesperado, tanto quando alguém que está prestes a perder um grande amor. -Artur pensava bem nas palavras. - minha pergunta é: a princesa não pode me dar esperança por que não quer ou por que seu coração já tem dono?

Artur me olhava fixamente quase que tirando o meu ar, seus olhos eram muito lindos e a cor deles ajudavam a ter esse efeito sobre mim.

- Artur isso é mais complicado do que parece, mas saiba que eu e ele somos apenas bons amigos. -respondi com o máximo se sinceridade possível.

- isso significa que não tem interesse nele como homem? - Artur foi direto.

Olhei para Artur, mas as palavras não saiam de minha boca, eu não poderia mentir para ele e muito menos para mim.

-eu já entendi, não precisa dizer mais nada. - Artur limpou as mãos, uma delas estava apoiava sobre árvore e saiu me deixando sozinha.