New Reality - I.I

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Lalisa Manoban's Point of View

Tateei a estante, minha mão corria pelo aglomerado de livros que estavam enfileirados aqui, as cores mescladas e demais títulos atrativos, gosto de reler cada um deles, mesmo que eu já saiba até mesmo qual a página onde se encontra minha cena favorita, ou uma frase inspiradora.

Todos os livros nessa biblioteca me trazem um novo conhecimento, um novo mundo, sempre gostei de imaginar-me em demais histórias já lidas. Apesar de sempre haver algo que acaba por me irritar durante o enredo, por causa disso gosto de manter meus pensamentos em cenas que me são agradáveis, onde sempre costumo me focar em criar as mais diversas fantasias a respeito.

Os livros de romance as vezes me deixam, de certa forma, tediosa. Já estou tão acostumada a ler sobre uma princesa em apuros esperando por um príncipe encantado. Algo que obviamente não acontecerá comigo tão cedo.

Afinal, não me imagino esperando por um príncipe, na verdade, espero por uma princesa.

Esse talvez seja motivo suficiente para minhas constantes fugas de danças ou acompanhantes.

Minha gentileza é facilmente aplicada em qualquer situação, e felizmente meus pais não costumam misturar as coisas, afinal, nunca me interessei por alguém o suficiente para ser eu mesma perto dessa pessoa. O meu eu sonhador e pensativo.

Trazer alguém para a biblioteca comigo, é algo que não costuma ocorrer com frequência, eu diria que nunca aconteceu. Não trago pessoas para meu mundo particular. É claro, isso se eu ignorar duas pessoas em especial, que estão sempre me acompanhando para todo lado.

Não que eu esteja reclamando da companhia delas, apenas acho que... talvez elas devessem ser um pouco silenciosas, quando leio.

Afinal, é lendo que me encontro com meus diferentes mundos de fantasia criados. E talvez hoje seja o dia em que irei reviver minha fantasia preferida.

O sol hoje está tão radiante quanto consigo lembrar, meus olhos até mesmo se fecham caso tento mantê-los no céu, mas não é como se eu conseguisse evitar, as nuvens estão em formatos tão lindos.

E o gramado... alto demais, eu diria. Facilmente me perderia no meio das altas árvores que acompanham a alta grama. É como... um labirinto.

Perder-se em um labirinto pode ser considerado assustador, tedioso, mas para mim soa como um desafio. Um desafio intrigante. Talvez estar perdida em um labirinto possa ser até mesmo divertido, não sei dizer ao certo, nunca experimentei tal sensação, mas quem sabe um dia eu não possa desfrutar dos mistérios que iriam abranger minhas sensações ao perder-me em um labirinto.

Isso me recorda o dia em que Sorn me prometeu levar-me até a atração da aldeia, o enorme labirinto feito para diversão dos aldeões. Aquele talvez tenha sido o dia em que descobri que Chonnasorn não é exatamente a melhor pessoa em que se confiar, afinal, ela mal levantou de minha cama naquela tarde.

Estava nevando, o frio era tanto que Nicha chegou no castelo revestida com uma manta grossa em seus ombros. Não é de nosso costume aguentar um dia frio, considerando as altas temperaturas que costumam abranger meu reino.

Citando Sorn e Nicha, me recordo por breves segundos de algo. O silêncio evidente no cômodo chega a ser súbito, e apesar de preferir tudo como está, silencioso, eu conheço bem as amigas que tenho, a ponto de saber quando estão ou não em uma grande confusão, e algo que posso afirmar quanto à união de Sorn e Nicha em um cômodo fechado, é que esse cômodo nunca irá ficar repleto pela calmaria evidente se Chonnasorn Sajakul estiver respirando neste cômodo.

My Princess Where stories live. Discover now