NAS RUAS

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olhando as ruas, fico vendo cada movimento das pessoas e como elas se divertem. No centro da cidade parecem robôs programados para comprar alguma coisa, precisam por em prática as informações que as propagandas colocam nas mentes delas. As pessoas não parecem mais gente, mas números para serem usados para os prazeres doentios de empresários que precisam que comprem sempre. Eles aprenderam técnicas behavioristas de Skinner e usam sem piedade nelas. As pessoas não se pertencem mais, pertencem aos empresários, aos governantes. São apenas números. Talvez elas nem influenciam nas eleições, como imaginam. Será que não pode haver aí um exagero contra essas teorias da conspiração? Talvez a coisa seja tão absurda que não se pode acreditar.

Na faculdade as pessoas também parecem ser meros números; são ensinadas a não pensar mais, em um lugar onde deveriam aprender a pensar. Isso é roubado delas como se fosse algo perigoso. Querem nos fazer acreditar que elas são perigosas. As teorias são postas em práticas e ninguém parece perceber. Os absurdos são as coisas mais naturais do mundo. Parecem que esses governantes e manipuladores tornam as coisas absurdas para que não percebam a verdade, pois aquilo que parece absurda nem sempre é levado em conta.

Nas ruas as pessoas não são consideradas pessoas, são meros acasos andando no meio da multidão. Por que elas se submetem dessa forma? Esse medo de ser perigoso atrapalha muito quem quer viver. Isso pode ser perigoso para muita gente. Estão ensinando que pensar é perigoso.

Entram nas lojas, saem delas, ficam se expondo e expondo seus sentimentos diante das vitrines. As mulheres se entregam como mercadorias para que outras mercadorias cheguem em suas mãos. Apenas vêm as coisas sem precisar pensar. Os desejos as dominam e então elas ficam dando certas "pistas" sobre si mesmas. Precisam ser vistas como mercadorias para que se sintam desejadas. A mídia inconscientemente as tornam uma coisa. Elas falam que não gostam de ser objetos, mas pensam como um. Ser objeto é o sonho delas. Diante das câmeras elas falam contra a coisificação delas, por trás, buscam isso.


MEU SER AO VENTOWhere stories live. Discover now