Entro na sala e vejo o doutor me olhar preocupado.
- Eu deveria bater em você e em seu tutor! - Diz fingindo um sentimento bravo.
- Desculpe, teve um motivo para eu não vir as consultas e parar de tomar os remédios! - Me sento na cadeira.
- Qual o motivo? - Respiro fundo.
- É uma longa história, mas só pra resumir, eu fui sequestrada por um cara que é meio que obcecado por mim! - Ele me olha assustado.
- Bom, esse é um bom motivo! - Diz sem jeito. - Mas vamos fazer os exames, eu espero que a doença não tenha se agravado! Venha comigo! - Ele me leva até uma sala de tomografia, coloco uma roupa que ele me deu e me deito naquele tipo de cama, logo o exame começa, acho que se passaram umas duas horas naquele negócio, quando voltei a olhar para o médico sabia que boas notícias era a única coisa que não ouviria dele.
- Então doutor? - Digo ansiosa e preocupada. Ele olha nos meus olhos, bem triste.
- Infelizmente... - Ele tenta tomar coragem. - Sinto muito Senhorita Hale, mas o estado ficou bem mais grave do que antes e... - Ele olha para infermeira, a mesma eu conheço e me tornei amiga, mas quando olho em seus olhos vejo lágrimas e tristeza. - A única coisa que posso fazer por você é te dar essea remédios, para que você não sinta muitas dores, porém não as evita, o remédio as torna menos dolosas! Além disso não há mais o que fazer, Sinto muito!
Ele desvia o olhar para o chão. Tento me acalmar e não chorar. - Quanto tempo doutor? - Não consigo mais olhar em seus olhos.
- No máximo 4 meses! - Solto o ar que estava preso, eu não acredito que vou morrer, pedi tanto por isso, porque a morte só me escutou Quando eu me senti feliz?
Saio daquela cama e abraço os dois.
- Eu sei o quanto deve ser difícil para vocês, eu não devo ser a única e sei que já passaram por isso muitas vezes e ainda vão passar! Obrigada por terem tentado! - Me afasto e pego minhas coisas. - Vamos deixar isso entre nós por enquanto! - Eles assentem. - Adeus! - Saio dali, em direção ao banheiro para me trocar.
¥Autora: OBS: Eu não sei se as pessoas realmente morrem dessa doença, mas é um livro, então.
OBS2: Nem todos os livros tem um final feliz, mas vou tentar deixar feliz a história em geral! Eu realmente sinto muito! Mas por favor não parem de acompanhar, ainda acontecerá muitas coisas.¥
Troco minha roupa e me olho no espelho.
Como eu vou contar isso para eles? Como eu posso morrer quando minha vida está tão feliz? como tudo isso pode acontecer comigo? Porque? Porque a morte tem que me ver feliz antes de me levar? Porque ela só me escutou quando eu parei de clamar por ela?
Jogo uma água no meu rosto e o limpo, não podem me ver assim, vou esperar Carol se recuperar para dar a notícia. Sei que o golpe vai ser mais duro para eles do que pra mim vou tentar ser o mais forte possível, tentarei deixar esses últimos meses o mais feliz possível! Quero ir e deixar uma lembrança feliz, mas mesmo assim eu sinto muito.
Me olho mais uma vez no espelho e respiro fundo, saio do banheiro e coloco um sorriso no rosto, logo estou dentro do quarto de Carol!
- Como foi? - Diz preocupado.
- Foi ótimo, médico até diminuiu meus remédios, agora eu só tenho que tomar um! - Ela suspira aliviada, olho para Lucas e ele me repreende, ele sabe? Ele parece ler meus pensamentos e assenti sem que Carol perceba, sorrio fraco e volto meu olhar para Carol. - Então? Quando que vamos poder tomar sorvete e ir no parque de diversões? - Sorrio largo, mesmo com um nó na garganta.
- Eu não sei! - Ela rir.
- Vou falar com seu médico! Lucas, me acompanha? - ele assento triste. - Tudo bem por você Carol? - Ela assento animada, nós dois saímos do quarto e eu desfaço o sorriso a olhar para Lucas. - Como soube?
- Seu médico precisava falar com um adulto antes de falar com você! Você é uma grande garota, não merece isso, eu sei que não temos uma amizade porque quase não nos falamos, mas eu te vejo como a irmã da Carol, saber que você não vai mais estar aqui dói em mim também, mas não tanto quanto vai doer neles! Eu realmente sinto muito por isso! - Ele desvia o olhar para o Chão.
- Eu também sinto! Mas quero te pedir um favor! Não diga nada a ninguém, nem mesmo ao Carlos! - Ele me olha incrédulo.
- Mas... - O interrompo.
- Lucas, a vida é minha quem vai perder ela sou eu! Então por favor, deixe que eu decida o momento certo! - Ele assenti.
- Tudo bem! Eu só não quero que esconda isso por muito tempo, deixe eles preparados, o luto é menor!
- Não, não é! É maior, porque eles sofrem antes, durante e depois! Mas eu vou contar, só não sei quando! - Ele suspira e assenti. - Vamos falar com o médico dela! quem é?
- Eu vou, pode ficar aqui! - Ele saí de cabeça baixa.
Entro no quarto fazendo a mesma me olhar, me sento na cama ao seu lado.
- Cadê ele? - Pergunta animada.
- Não achamos o médico, então ele foi preocurar pelo hospital! - Sorrio.
- O que está escondendo de mim? - Pergunta calma.
- Nada, eu só ainda estou pensando no sequestro e em tudo isso! Tudo isso está acontecendo tão rápido, me mudar pra casa dele quando eu nem ao menos o conhecia direito, começar a namorar, a falar direito, ser sequestrada e essa doença! Eu estou melhor, mas pensar nisso me deixa preocupada! - Ela coloca a mão no meu ombro.
- Não fique pensando nessas coisas! Viva o agora! - Sinto mais um nó na garganta.
- Claro! - A porta se abre.
- Adivinha quem está de alta? - Nós duas soltamos um grito de animação, fazendo o mesmo se assustar, o que nos faz rir.
******
- Você já não comeu muito? - Carol chama minha atenção.- Só mais um! Eu juro! - O homem atrás do balcão me entrega o sexto milkshake. - Obrigada! - Agradeço e sorrio. - Vamos ver outro filme?
- Céu, já vimos todos os filmes do cartaz, vamos pra casa! Por que está assim? Até parece que nunca mais vai fazer isso! - Me engasgo com o milkshake.
- Não fale isso! - Lucas me olha.
- Acho melhor irmos, já está tarde! - Ele coloca o braço em volta da cintura de Carol.
- Eu vou pedir um táxi! - Sorrio.
- Não! Você pode ir com a gente! - Carol diz calma.
- A casa de vocês é para o lado oposto, eu vou ficar bem! - Beijo sua bochecha e me despeço dos dois, pego um táxi e logo estou em casa, abro a porta e ligo a luz, logo vendo várias roupas no chão, o que me deixa confusa, subo as escadas e entro no quarto dele. - DADDY? - Grito ao ver os dois na cama.
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Será que todos vão ficar tristes se ela morrer?????
ESTÁ A LER
My Baby Pinky! (CONCLUÍDA)
Romance- Eu amo você Baby! Não se atreva a me deixar! - Eu amo você Daddy! Mas será difícil se você me magoar! plágio é crime! crie sua própria história!