Tu és divina, ó mulher,
Tão bela. Tão sacra e bela!
Amo-te, minha doce Rafaela.
Amo-te, e não d'um sentimento qualquer!
Tu bem sabes, e tem consciência,
Dessa tua infinda - Infalível beleza! –
Como? - Como resguarda a doce essência? -
Essência mesma das musas de Veneza!?
Teus olhos são altas estrelas no céu;
D'um olhar tão. Tão desconcertante!
Assumo mulher, foi sempre um sonho meu
Ser do teu seio o único amante!
E senão, Vênus da paixão,
Ser para ti apenas um poeta;
Orfeu escravo da tua beleza terna,
Co'a poesia resguardada no coração!
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Um Jardim no Inferno - Antologia Poética
Poetry"Onde se plantaram tantas flores do mal nasce um Jardim, e onde se vivencia o torpor máximo do sofrimento se encontra o Inferno. Dito isso, o que é o Jardim no Inferno senão uma antologia de sofrimentos?". Trecho retirado do prefácio do livro. Insp...