II - Vênus Rafaela

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Tu és divina, ó mulher,

Tão bela. Tão sacra e bela!

Amo-te, minha doce Rafaela.

Amo-te, e não d'um sentimento qualquer!


Tu bem sabes, e tem consciência,

Dessa tua infinda - Infalível beleza! –

Como? - Como resguarda a doce essência? -

Essência mesma das musas de Veneza!?


Teus olhos são altas estrelas no céu;

D'um olhar tão. Tão desconcertante!

Assumo mulher, foi sempre um sonho meu

Ser do teu seio o único amante!


E senão, Vênus da paixão,

Ser para ti apenas um poeta;

Orfeu escravo da tua beleza terna,

Co'a poesia resguardada no coração!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaWhere stories live. Discover now