III - Soneto a um Amor Profano

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Na turgidez da falsidade,

O amor se torna canção - A CANTE! -.

Mesmo sendo o único amante,

Não se escapa da realidade.


O amor é um andarilho errante,

Banhado na saudade,

E na dor da ambiguidade,

Amar (te) é morrer a todo instante.


O amor é profano e sem virtude.

Enfermidade permanente;

"Fiz tudo o que pude".


Se chorei? Muito e amiúde,

Morri precocemente.

E na morte encontrei a plenitude!

Um Jardim no Inferno - Antologia PoéticaWhere stories live. Discover now