Townes: Glamour e Encontros

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Townes: Glamour e Encontros

Flashes eram o que não faltavam no final daquela tarde. Imperious nunca esteve tão enérgica. Em uma área destacada das moradias, conhecida como Reserva, havia um grande território cheio de belezas naturais; gramados, árvores e flores de todos os tipos. Palmeiras cercavam o caminho de cascalhos de espelhos até um gigantesco palácio no centro daquela dimensão. Refletores de várias cores estavam postos a beira do caminho entre as bordas das Sálvias brancas que formavam um estreito e reto canteiro.

O palácio era trabalhado em tons de branco e gelo com acabamentos de cristal. As pilastras redondas tinham pequenos detalhes em aço. A escadaria era feita de mármore branco. Nos fundos uma imensa piscina se estendia ao ar livre, ao redor dela havia bares, jardins, áreas de descanso com confortáveis estofados sob pérgolas de alumínio. Após uma vasta extensão gramada havia um gigantesco estacionamento. O luxo era grande ao lado de fora e ainda mais ostentoso ao lado de dentro. O lugar mais caro de Crosfilt, equivalente a 2 bilhões de filtz. O palácio da Reserva era a sedia oficial de Townes.

A agitação era constante por toda parte da Reserva. Equipes de produção; organizadores, fotógrafos, repórteres e buffet não paravam nem por um segundo. Havia até uma tenda para a equipe da Crosfilt Global.

Na televisão, nos jornais, na cidade inteira não se falava de outra coisa. Townes tomou o pódio, ofuscando o bafafá do caso Walker e a lamentável tragédia da Blue Moon. A grande maioria das pessoas só tinham olhos para o evento e toda suntuosidade prometida, e todas as fofocas presumidas. As expectativas para as apresentações dos projetos estavam grandes.

No Stump bar Joe instalou um suporte na coluna mais próxima ao balcão e colocou a televisão da sala de Patrick para quem quisesse acompanhar o evento. Os restaurantes da rua Combox, e o Carbana bar da rua Maxwell fizeram o mesmo. Na praça de alimentação do Central Backer haviam montado um telão. A boate Delanoche estava pronta para dar a famosa festa dos Barrados em Townes, criada como uma forma de satirizar o fato de as pessoas da baixa não poderem ir ao evento. A Blue Moon ainda estava fechada, faixas a mantinha isolada deixando um aspecto pesado e marcante na Rua Meristrip.

Os convidados se preparavam para o evento. Na mansão Black a animação era constante entre os parentes, entretanto Simon era o único que tinha um olhar hostil enquanto ajeitava seu terno casaca branco frente ao espelho. Quem roubou a correspondência que Leto lhe enviou, não devolveu como o ordenado e isso estava mexendo com os seus nervos.

Na mansão de vidro, Ray terminou de ajeitar sua gravata antes de deixar o quarto e traçar o caminho para as escadas. Ele havia trocado a tradicional cor cinza pelo preto. Russel que o esperava na sala se impressionou ao vê-lo aparecer no topo da escada.

Na mansão Way, Donald estava vestido com um de seus antigos smokings bege já que não passou pelo alfaiate. Ele terminava de por um broche na barra da manga, quando Diana o ultrapassou no corredor deixando um aroma adocicado para trás. Ela usava um belo vestido vinho com um vistoso decote nos seios e um sensual rasgo na frente que apresentava suas pernas bonitas e os maravilhosos saltos de camurça que usava. A barra de seu vestido arrastava no chão. Ela não olhou para o irmão, pelo contrário, empinou o nariz e seguiu em frente. Donald se sentiu mal por um momento por tê-la deixado chateada na noite anterior, porém não estava arrependido do que havia dito.

— Eu não sei para que toda essa produção. Será que ela não tinha uma roupa menos extravagante? — abordou Trajano caminhando em direção ao filho. Usava um tradicional smoking preto que o deixava cortês em sua postura exímia.

— Um dia ela vai encontrar um pretendente, pai. — disse Donald.

— Não fale bobagens. — Trajano parou ao lado dele e o analisou brevemente. — Tem certeza de que quer ir?

TLIAC (Fanfic)Where stories live. Discover now