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«————————»CAPÍTULO 19Especial Alec Volturi

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CAPÍTULO 19
Especial Alec Volturi.
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6 anos e alguns meses antes.

– VAMOS ALEC, ESTÁ NA HORA DE IRMOS – Jane entrou no meu quarto. Hoje iriamos até um clã que desrespeitou as regras, nada de novo, iriamos mata-los como sempre acontece. Só mais um dia normal.

Fomos o caminho todo correndo, chegaríamos no final da tarde provavelmente. Estou ficando cansado dessa rotina tediosa, tudo bem, sou temido e com razão, mas minha vida se resume em: servir, matar, me alimentar e servir de novo, isso depois de todos esse anos, tem se tornado um tédio.

Quando chegamos, o clã dos Cullen estava com um exército a nossa espera, não preciso nem dizer que Aro ficou uma fera, ele não esperava por isso. Eu não estava dando a mínima bola para o que estava acontecendo ao meu redor, só queria saber de voltar para Volterra e encontrar duas humanas para me divertir, nada de novo.

Até que eu a vi.

No meio de uma confusão que eu não me dei ao trabalho de entender, seus lindos olhos bicolores me prenderam, todo meu mundo começou a girar em câmera lenta, o cheiro do seu sangue invadiu minhas narinas, minha boca começou a salivar e meu coração, pela primeira vez desde que me transformei, se aqueceu. Senti minhas mãos formigarem e meu peito inflou em uma confusão de sentimentos. Eu não acredito que isso seja real, ela...

Ela era minha La Cantante.

Tão pequena, tão linda, tão delicada, com seus lindos olhos vidrados em minha direção. Eu a queria para mim, ela era minha! Sem me conter dei um passo em sua direção, porém Jane foi mais rápida e me segurou. Meu coração se apertou quando ela se distanciou, eu a queria comigo, queria protegê-la de tudo e todos. Eu precisava e deveria tira-la do meio desse caos. Eu precisava protegê-la a todo custo.

Durante todo o tempo em que os demais conversavam eu não parava de olhar para ela, eu nem se quer sabia seu nome. Quando todos se retiraram, não me contive, sabia o que poderia acontecer, mas eu precisava vê-la de perto. Precisava sentir seu cheiro e confirmar se ela era real ou uma invenção da minha imaginação.

Eu parei em poucos passos na sua frente e todos ficaram em posição de ataque, porém ela deu um passo em minha direção, eu levei minha mão em seu rosto e meu corpo ficou leve, quase como se flutuasse, meu coração estava aquecido, como se a qualquer momento pudesse voltar a bater. Ela é minha luz. Meu mundo estava resumido a ela, todo meu ser implorava por ficar com ela, ela precisava de mim, da minha proteção e eu precisava dessa pequena joia preciosa para viver. Eu não consigo imaginar minha existência sem ela. Como eu pude viver todo esse tempo sem ela? Como?

Quando voltamos para Volterra todos da guarda sabiam o que havia acontecido, eu tentei permanecer na guarda por causa de Aro e de minha irmã, porém tudo se resumia a ela, aquele pequeno arco iris, era só o que eu pensava, precisava ver ela novamente, ver seus olhos que me prendiam como ninguém, seu olhar inocente para o mundo, seu olhar curioso sobre mim.

Como não consegui viver sem ela, duas semanas depois Aro me dispensou da guarda, dizendo que eu sempre teria meu lugar lá e que se, no futuro, eu quisesse voltar, minha pequena La Cantante seria bem-vinda.

Eu passei anos observando ela, cuidando dela de longe, vi quando ela começou a estudar, vi sobre seu poder magnífico e como ela sabia usa-lo perfeitamente, quando ela brigou com Jacob por causa de sua irmã – o que eu achei hilário, vi ela fazendo pegadinhas com seus tios, ela sorrindo, ela se divertindo, até aprendendo a lutar e usar armas, nesse último eu fiquei muito apreensivo mas ela se mostrou muito boa, na verdade desde sempre ela foi esperta e aprendeu tudo em uma velocidade impressionante, Aro ficaria surpreso.

Com o passar dos anos, eu não consegui mais ficar somente observando, havia muitos meninos que se aproximavam com intenções nada boas e eu me segurava para não matá-los, ou ao menos tentava, houve uma ou talvez duas vezes em que eu não me contive, ela era minha e eu não suportava saber que outro homem a tocou e ficaria livre.

Quando eu finalmente decidi me expor, o jeito em que ela me olhou, eu não sabia que poderia desejar tanto algo como desejei que ela não parasse de me olhar, nunca.

Crystal era difícil, me aproximar dela foi muito difícil, mas eu entendia, ela viu desde pequena como era para Renesmee, Jacob não saia do lado dela, não dava espaço para ela. Eu entendia o receio de Crystal em me aceitar, mas eu não desisti e nunca desistiria, aquela mulher era minha, eu a amava mais que a mim mesmo, afinal, ela era meu mundo.

Flashback On

– Rose, preciso de ajuda – Falei assim que desci as escadas, Crys e Nessie tinham saído com Alice, Esme e sua mãe, eu tinha que planejar logo, pois Crystal não demoraria muito para chegar.

– O que você aprontou? – Perguntou Emmett já se levantando e erguendo as mãos em punho.

– Ainda nada, Emmett – Sorri para ele, que me olhou desconfiado e gargalhou, as brincadeiras dele só tem graça para ele mesmo.

– Então em que você quer minha ajuda, querido afilhado? – Sim, ela me chamava de afilhado, me apeguei a família Cullen, seria impossível não se apegar com o jeito que me tratam, como se eu fosse um deles, o que é quase certo.

– Eu queropediraCrysemnamoro – Falei rapidamente olhando para os lados.

– Você quer...?

– Rose, você entendeu – Suspirei cansado, Emmett segurava a risada assim como Rose, é, eu estava me enrolando, só um pouquinho – olha, eu queria, am, sabe, pedir a mão da Crys, em, err, namoro?!

Isso foi pior do que eu pensei, pareço um maricas.

– Isso foi uma pergunta ou afirmação? – Rosalie eu vou te esganar.

– Uma pergunta – Passei as mãos em meus cabelos, estava nervoso – eu quero fazer um gesto romântico, quero que seja especial e bonito, quero que ela saiba o quando á amo, mas eu, preciso de ajuda.

Os dois me olhavam surpresos e Emmett abriu um sorriso enorme.

– Você tem a minha bênção, afilhado – Dei um aperto de mão nele e agradeci, isso significava muito para mim.

– Nós todos vamos ajudar – Chegou Alice com muitas sacolas e com um sorriso enorme, arregalei os olhos procurando pela Crys e ela não estava – deixei elas em casa com a Bela, agora vamos conversar sobre o que você pensou...

– E aonde você quer que seja... – Rose continuou sorrindo, mas parou e pensou um pouco – Porém vai ter que ser depois da guerra, ou você pensou antes...?

– Não, eu pensei depois também – Quando respondi as duas começaram a tagarelar novamente, vai ser uma tarde longa.

Fashback Off

Crystal CullenWhere stories live. Discover now