42° Sangue

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-Gaby distrai eles. -Diz Mena, referindo-se dos paparazzis. -Vou tirar o Murilo daquela sala ou ele mata o homem.

Gaby puxou Emílio para um beijo, o que de fato os distraíram. Enquanto isso Mena e um outro homem tiravam Murilo e Nicolas da sala.

-Você está doido? -Pergunta Mena ao enfiá-lo dentro de um dos quartos.

-É esse desgraçado. Agora tudo faz sentido. -Murilo disse.

-O que está falando?

-Esse homem, meu primo, ele é fissurado na Thaís, me odeia, e um tempo atrás, vi ele de conversar com a Lisandra.

-Não? Voce está dizendo que...?

-Aha. O beijo que ela me deu, foi a pedido dele.

-Que bom que a Thaís saiu então.

-Não, eu tenho que ir atrás dela, ela não pode confiar nesse cara, mas ela não atende.

-As vezes ela não quer atender você, deixa eu... -Mena é interrompido por Gaby.

-Gente. -Fala assustada. -Eu estava falando com a Thaís, ouvi um barulho ela não me responde.

-Eu vou atrás dela.

-Mas você nem sabe onde ela está, Murilo. -Diz Mena.

-Eu preciso ajudar ela.

Saio depressa, literalmente, corro e pego um dos carros que nos trouxeram aqui e começo a dirigir. 

Eles estão certos, não tenho ideia de onde Thaís possa estar, mas resolvo ligar pela sexagésima vez.

A voz é desconhecida, mas o número é da Thaís.

Ligação On

D: Alô.

Eu: Oi, quem fala?

D: Não vem ao caso, você está atrás da moçinha?

eu: O que fez com ela?

D: Nada.

Eu:Então o que faz com o celular dela?

D: Eu só peço para você parar de ligar, esse celular agora é meu.

Eu Você roubou?

D: Tchau.

Ligação Off.

Tudo bem, as coisas só ficam mais estranhas, a cada passo que dou atrás dela, isso chega a parecer até um livro de romance, a diferença que meu medo e aflição são reais. Quando a Thaís está de cabeça quente, ela costuma não prestar a atenção nas coisas ao seu redor, isso me deixa aflito, pensar que ela possa se machucar, por minha culpa... Correção, da Lisandra...

POV Thaís.

Eu estava dirigindo, vi uma bela praça e resolvi parar. Um lugar realmente encantador, já estava intatedecendo e de lá, eu podia ter vista para o por-do-Sol.

Depois de um tempo, fiquei cansada de ouvir o celular tocar várias e várias vezes, a maioria era Murilo, resolvo colocar no mudo:

-Tira a senha do celular, moça. -Ouço uma voz masculina. Eu fiquei congelada. -Passa o celular, não ouviu?

-Por favor, não me machuca. -Falo.

-Não vou, se você passar o celular.

-Eu posso ao menos pergar o ship?

-Vou dar um descinto para você, mas vai logo.

Entrego o celular, sem virar para trás, quando percebo que o homem foi embora, coloco o ship no bolso. Depois de um tempo pensando e refletindo, apoio os cotovelos sobre meu joelho e meu rosto em minhas mãos. Dessa forma não pude contê-las. Lágrimas desceram pelo meu rosto, antes eu já estava com o rosto avermelhado, mas agora, agora parece que derramei uma cachoeira.

Nunca imaginei ser traída novamente, esse virou meu drama pessoal. Sou a donzela que luta para ter um amor correspondido, mas depois descobre que não passa de uma farsa o romance que viveu.

Primeiro o Sávio agora o Murilo, pior, o Murilo e a Lisandra. Eu realmente pensei, nem que por um minuto, que eu poderia construir uma vida com o homem que eu amo, mas a vida me deixou apenas tapas na cara.

Fiquei chorando, pensando, chorando, me remuendo, fiquei brava, enfim, todas as formas que eu puderia estar, estive. Foi então que senti o toque delicado sobre meus ombros, suas mãos eram delicadas:

-Murilo eu... -Paro de falar ao ver que não se tratava de Murilo. -O que você está fazendo aqui?

Além do Profissional.Where stories live. Discover now