Capítulo 22

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HANSEONG — D. JOSEON,
HÁ CERCA DE 600 ANOS

Não houve um momento sequer durante os sete dias que se passaram em que Park Jimin afastou-se do elfo enfermo

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Não houve um momento sequer durante os sete dias que se passaram em que Park Jimin afastou-se do elfo enfermo. Mal conseguiu descansar, não foi capaz de pregar o olho — pelo menos, não mais do que poucos minutos —, embora tentasse relaxar em uma cama improvisada ao lado da maca de Jungkook. As olheiras eram perceptíveis em sua face. A preocupação jamais deixou seu interior, por mais que soubesse que as condições do namorado estavam melhorando aos poucos. Os ferimentos cicatrizavam em um bom ritmo, como deveriam, sem mais sinais de infecções. Havia umedecido cada parte do corpo dele com um tecido molhado em água fria, esfregando-o todas as manhãs. Isso ajudava a melhorar suas condições, prevenindo a febre, além de higienizá-lo.

No entanto, o cansaço lhe vencia cada vez mais. Não suportava a dor por ver seu amor desacordado por tanto tempo. Era terrível, a pior sensação do mundo. Sentia-se solitário, ainda que vários colegas viessem visitar o jovem enfermo, dizendo-lhe palavras de conforto e incentivo, torcendo para o seu bem-estar, mas seria realmente um fato normal? Sete dias praticamente em coma, inconsciente? Torcia para que sim, afinal, às vezes o ser místico dormia por longas 24h apenas para recarregar suas energias. No seu atual estado, 168h talvez eram mesmo necessárias para recuperar os ferimentos e sua fraqueza.

Era o seu dia de sorte. Os deuses não tardaram mais em lhe dar respostas. O elfo estava acordando, finalmente. A primeira coisa que viu foram os olhos avermelhados serem revelados diante de si. Seu coração acelerou, caloroso de felicidade.

Jungkook piscou as pálpebras lentamente, acostumando-se com a claridade pouco a pouco. Assim que fitou o loiro ao seu lado, segurando sua mão com firmeza, abriu um sorriso. Estar diante daquilo lhe fez sentir-se mais feliz do que nunca; um sentimento de euforia inigualável e único. Todo mal que preenchia seu ser esvaiu-se de forma tão rápida como se nunca tivesse penetrado em seu corpo. O alívio lavou sua alma como uma onda repentina do mar.

— Jimin-ssi. — O ouviu murmurar, com a voz ainda rouca, exatamente com o sotaque perfeito que tanto adorava. Era maravilhoso, uma sensação única. Seus olhares se conectaram e tudo entrou em órbita como deveria. Os planetas se alinharam. Os garotos apaixonados estavam juntos mais uma vez e isso era suficiente para que tudo voltasse ao normal. — Obrigado por estar sempre ao meu lado quando acordo — agradeceu. Apertou a textura da pele macia da palma do amado, fazendo carinho ali com os dedos longos.

— Onde mais eu poderia estar? — o outro respondeu, quase indignado. Levantou o dorso da mão quente de Jeon até tocar seus lábios vultosos, deixando ali um selar prolongado e cheio de emoções.

O garoto deixou toda a tristeza de uma semana sofrida fluir do seu corpo, com toda a preocupação esvaindo-se em forma de lágrimas que passaram a transbordar dos seus olhos. Era um misto de alívio com uma pitada de raiva. Sim, poderia estar sendo idiota, mas não achava certo o de orelhas pontudas ter sofrido tanto por sua causa.

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