four! in room 505 it all started

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JUNGKOOK:

Com o andar apressado e os corações afoitos, corremos até o taxista que mostrou estar disponível; ele entrou primeiro e eu tentei controlar minha própria respiração, em seguida observei a mão pequena acomodada à minha e senti algo extremamente familiar.

Não foi vergonhoso passar o endereço do motel preferido do garoto para o taxista, afinal ele estava bêbado e eu já estava acostumado com esse tipo de coisa. Sentia tanta vergonha de mim mesmo que de repente era como se não sentisse mais nada, eu simplesmente fazia.

Durante o caminho, banhado apenas pelas luzes dos postes da rua, precisei manter-me firme com o garoto tão enérgico me encarando à todo momento, secando minha boca com o olhar faminto e as mãos desejando tocar onde não devia à todo custo. Eu me permiti até mesmo sorrir quando senti a mão pequena deslizar por minha calça sentindo o couro cada vez mais apertado.

Empurrei os dedos com cuidado, mas eles teimavam em voltar e tirar os últimos resquícios de sanidade em seu corpo. Ele conseguia me tirar do sério com um simples sorriso de canto e o olhar destemido.

Quando chegamos no motel, entretanto, ele já estava mais do que ruim. Eu precisei carregá-lo com o braço esquerdo apoiado em sua cintura até chegarmos no quarto 505 e trancar a única porta presente ali. Sem equilíbrio e rindo de tudo, o garoto-problema caminhou até o frigobar e escolheu uma garrafa de vinho rosé antes de se jogar na cama sem se lembrar de pegar as taças, dizendo:

— Ei, venha beber comigo.

— Você já está ruim demais...— eu sussurrei, mas em contrapartida me aproximei. Era a chance perfeita para me aproveitar do garoto; completamente alterado, com a carteira recheada caindo do bolso e à ponto de dizer todas as senhas dos cartões de crédito.

Entretanto, naquele momento eu só quis colocá-lo sob um edredom quente depois de um banho frio e demorado, fazer cafuné em seus cabelos azuis e beijar a testa que se exibia à cada vez que os fios flutuavam conforme ele se movia.

— Beba, eu pago. — ele riu sozinho. — eu pago tudo que quiser, garoto...só precisa me prometer uma coisa.

— O que? — tentei relaxar um pouco o corpo tenso, sentando-me na beirada da cama enquanto os olhares queimavam em circunstâncias absurdas.

Que não vai me deixar sozinho essa noite. — sorriu. Ele pareceu querer apenas esquecer todos os problemas; preso num quarto com um garoto de programa desconhecido, parecia tentado a ignorar a faculdade ou quem sabe até um emprego ou problema familiar, não sei, apenas para foder gostoso durante a madrugada inteira.

Talvez nossas vozes poderiam harmonizar o ambiente num momento de deleite, eu o ouviria gritar quando acertasse fundo e de uma forma deliciosa, e então tudo ficaria bem por uma noite.

Os gritos externos eram menos sufocantes do que aqueles que suplicavam por dentro.

— Deita aqui comigo, vem. — ele convidou sorrindo, observando o teto enquanto me lembrei das estrelas adesivas que brilhavam no teto do orfanato muitos anos atrás. Fazia tanto tempo, por que ainda queimava por dentro? Por que ainda sentia que uma parte de mim estava perdida por algum lugar?

Eu aceitei, engatinhando com cuidado até chegar ao seu lado, deitando de lado para ficarmos cara a cara, dizendo: — Se você me disser onde é sua casa, posso te ajudar.

— Oh não, você está me rejeitando. — o garoto riu sozinho, encarando-me com certo valor, admirando o brilho contido em minhas íris. — por que não quer ficar e foder comigo, hm? Eu sei fazer gostoso...

NEPTUNE • jjk x pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora