twenty three! sunflower theory

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Já era a terceira ou quarta vez que Peter ligava.

O homem estava ficando impaciente porque mesmo oferecendo uma boa quantia em dinheiro e uma ótima proposta, ainda não tinha Jeon em mãos.

Jongin sabia que, entretanto, ele não era de esperar ou aguentar muita merda. Queria logo e queria do jeito dele, mas Jungkook não parecia colaborar. O celular tocou de dez a quinze vezes, e nada do garoto mostrar algum sinal de vida.

E quando o aparelho vibrou sobre a mesa de cabeceira devido à mensagem, ele se mexeu irritado deitado próximo ao peito de Jimin.

Havia dormido daquela forma, todo embolado no corpo do menor enquanto sua destra passeava pelo abdômen desnudo fazendo carinhos involuntários. Já estava quase acordando, o Sol conseguia entrar por uma fresta e ele definitivamente não conseguiria dormir com aquela luz incômoda.

A próxima mensagem de Jongin fez com que resmungasse e finalmente abrisse os olhos, sentindo-se a pessoa mais sortuda do universo porque Park dormia com o rosto virado para si. As bochechas levemente amassadas, os fios azuis espalhados pelo travesseiro e a boca tão carnuda um pouco entreaberta como era de costume.

Jimin era surreal até mesmo dormindo.

Moveu-se cuidadosamente até abraçá-lo um pouco mais, sentindo o cheiro gostoso do corpo alheio mesclar-se com o seu numa mistura de fragrâncias que no fim das contas era gostosa demais.

Não demorou muito para que Jeon percebesse que estava deitado sobre a tatuagem recente, por isso sentiu um aperto diferente e precisou raspar a pontinha do nariz pela pele morna em busca de ainda mais contato, todo emocionado logo pela manhã ao se lembrar da surpresa que o garoto havia preparado na noite anterior.

Park Jimin realmente existia?

Às vezes Jungkook ficava ponderando se não era tudo apenas um delírio da sua cabeça. Era muito bom para ser verdade.

Deixou um beijo lento ali, encarou um canto qualquer do quarto todo preocupado e esperou que ele acordasse. Nem sabia a razão de sentir aquele aperto no peito, mas sentia e não era nada agradável.

Entretanto, com o apartamento lotado, alguma merda provavelmente aconteceria. E aconteceu quando Taehyung praticamente arrombou a porta, e aí percebeu que Jeon arregalou os olhos e o repreendeu porque Jimin estava dormindo, então moveu as mãos no ar, arrependido.

Os dois começaram a gesticular coisas indefinidas, confusos, e foi nesse momento que Jungkook resolveu levantar com cuidado e arrasta-lo dali, Park merecia descansar um pouco mais.

Puxou-o pelo punho para fora do quarto, contestando-o logo no corredor:

— Que foi, hein? Caiu da cama?

Com um semblante aterrorizado, Taehyung não levou na brincadeira e acabou respondendo:

— Eu beijei o Hoseok.

— Sim, eu também. — Num estalo de consciência, Jungkook arregalou os olhos. — Caralho, eu beijei o Hobi hyung! Puta que pariu!

— Jungkook, Jungkook... Eu não sei como agir. Eu beijei ele, né? Tipo, finalmente beijei. Será que preciso fingir que nada aconteceu? Ou posso cumprimentá-lo com um beijinho quando ele acordar? — Era cômico, mesmo que patético.

Kim andando de um lado para o outro, amedrontado, sentindo um frio gostoso na barriga porque aquilo finalmente havia acontecido.

Só que aí, para piorar, San ouviu o barulho e saiu do seu quarto também, coçando os olhos enquanto observava Taehyung quase abrindo um buraco no chão e Jungkook com os braços cruzados em frente ao peito, encostado na parede.

NEPTUNE • jjk x pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora