Capitulo 9: O beijo

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Nossos lábios se tocaram, nossas línguas finalmente se encontraram e eu senti uma espécie de cosquinha no estômago que fez eu rir durante o beijo. Pelo menos beijando tive a oportunidade de afagar seu cabelo e era macio e bem gostoso de fazer um cafuné.
Me sentei em seu colo e eu sentia seu dedão da mão direita acariciar minha barriga e a mão esquerda dele segurar minha costa. Minhas mãos seguravam sua nuca e eu não queria sair daquele beijo, daquele beijo incrível e gostoso.
Demos alguns selinhos e paramos o beijo, estávamos ofegantes e ele estava com lábio inferior vermelho de tanto que havia chupado e que boca macia e gostosa de beijar.
- Eu... não sei o que dizer, Mel. Não sei o que dizer.
- Então não diz nada não, me beije mais que eu gosto.
Se beijamos de novo e eu dei uma mordiscada no seu lábio e eu ouvi o gemido dele baixinho. Ainda sentada no colo dele, resolvi me encaixar no colo dele, fazendo que minhas pernas abraçassem seu quadril.
Sentia uma das suas mãos apertarem minha coxa e eu soltei um gemido, nossa e como eu estava querendo. Ele foi beijando meu queixo, depois meu pescoço e eu gemia entre dentes. Beijei seu pescoço também, dava leve mordidas e ouvi ele arfar e gemer. Sentia suas mãos acariciarem a minha barriga e eu também apertei sua coxa.
- Melina... baby! — Sua voz estava até um pouco fraca.
- Humn. — ainda beijando seu pescoço.
Seus olhos enconcontraram com meu e ele ainda deu mais dois selinhos em meus lábios.
- Melhor pararmos, sério! — depositei mais um beijo em seu pescoço.
- Não está gostando?
- Estou, não vou negar, mas acontece que não pode se repetir e eu estou um pouco confuso.
- Com o que?
- Sou seu professor, porra! É outra tem a Mary na minha vida ainda.
Sai do seu colo e foi aí que minha ficha caiu, eu beijei um cara comprometido e para piorar era meu professor, precisava ir embora dali. Não queria que ele visse os meus olhos que estavam a ficar marejados.
- Será que Freddie estava certo?
- Sobre?
- Você só serve para seduzir suas alunas, com certeza não fui a primeira e nem serei a última.
- Do que você está falando?
- Quer saber? Foda-se! Eu vou embora.
Levantei-me e eu estava chateada, muito mais muito chateada.
- Entenda por favor, Mel!
- Entenda você, Brian! Você namora com uma mulher lindíssima e eu sou essa aqui, acontece que eu não tenho saco pra isso. Foi muito bom o que aconteceu agora, mas eu queria saber o seguinte, Mary foi sua aluna também?
- Não! Você pensa que eu saio com as minhas alunas e eu vou para cima delas ? Sério que pensa mesmo isso?
- Na verdade, eu nem sei o que pensar, Freddie me falou isso e  isso não sai da minha cabeça. - Lágrimas finas começaram a escorrer do meu rosto.
- E o que você pensa sobre mim?
- Que você é um cara legal e... que eu estou começando a me arrepender, sua namorada não merece, ok?
- Por isso estou confuso, Melina! Na minha cabeça tem um turbilhão de coisas.
- Me leva embora!
- Mas já?
- Me leva, agora!
- Eu vou pegar a chave do carro.
Enquanto ele se encaminhou para pegar a chave eu saí assim mesmo, para meu azar começou a chover bem forte, mas não ligava, eu já estava chorando e super arrependida. Me coloquei no lugar de Mary, o quanto ela iria sofrer.
- MEEEL! — Ouvi ele gritando e acelerei os passos.
Relampiava e eu ainda acelerava mais os passos e eu senti uma mão segurando meu cotovelo.
- Melina, por favor!
- Já entendi, Brian! Acontece que eu fui sua amante nessa noite e eu não quero que se repita.
- Melina você vai adoecer nessa chuva.
- Foda-se a chuva e foda-se tudo.
Continuei andando e ele vinha andando ao meu lado.
- Eu achei que não tinha problema em lhe beijar até por que ela e eu demos um tempo, é isso que está confundindo minha cabeça.
- Brian, me erra!
- Não, me ouça, eu tô confuso, porra! Eu desde quando te vi pela primeira vez me senti atraído por você e de alguma forma você veio se tornou especial para mim.
- Se conhecemos a quatro dias, Brian! A PORRA DE QUATRO DIAS.
- O tempo é relativo, baby.
Ele me puxou pela minha cintura e eu senti seu corpo rígido colado ao meu, sua respiração pesada combinou com a minha. Seus olhos fixavam nos meus e eu era apaixonada por aqueles olhos cor de avelãs, sua segunda coisa mais bonita pois a primeira era seu sorriso.
- Eu não posso fazer nada se você está confuso, Brian! Sinto muito, não sou mulher de metades, comigo ou é 8 ou 80... — mal terminei a frase e ele me beijou.
Ouvi um relâmpago, senti borboletas no estômago, senti ele abraçando minha cintura, senti seu corpo ensopado colado no meu corpo que também estava ensopado. Parecia até cena de filme clichê, mas era só ele, eu e a chuva grossa daquela noite e eu queria congelar aquele momento.
O empurrei e continuei andando com pressa naquela chuva e vi o campus estava bem próximo e então acelerei os passos. Não olhei para trás, apenas segui em frente. Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos, queria ligar para o Freddie e contar tudo e já imaginava ele dizendo um "Eu te disse, darling! Ele só queria dar em cima de você." Também pensava em que a Veronica fosse dizer e as lágrimas escorriam em meu rosto.
...
Cheguei rápido no alojamento e corri para chegar no meu quarto o mais rápido possível, precisava da minha cama quentinha e do meu travesseiro, precisava de um abraço do Roger, um conselho de John e precisava da risada do Freddie. Eu precisava de várias coisas e infelizmente as únicas coisas ao meu alcance eram a minha cama e o meu travesseiro.
...
Tomei um banho bem quente, lembrei de tudo que tinha acontecido nessa noite. Da massagem, do cheiro de lavanda no carro dele e dos seus lábios tocando aos meus. Sentia uma confusão de sentimentos, era como se eu estivesse em um labirinto e eu não saberia quem ia ter no final.
...
Sai do banho e eu ouvi o telefone tocar, quem ligaria às 01h10 da manhã?
- Alô?
- Melina... Meu Deus onde você estava ? - reconhecia aquela voz aguda em qualquer lugar.
- Roger?
- O próprio!
- Porra eu pensei que você tivesse me esquecido. - Dei um sorriso.
- Esquecer ? Como vou esquecer a minha protegida?
- Três dias que tu não liga, cara! Três!! Tens noção, seu merda ?
- Eu fico muito grato que você tenha saudades de mim. — Ele gargalhou no telefone e eu ri junto.
- Eu estava mesmo, mas e aí como está Paris?
- Está tranquila, tá um frio do cacete aqui.
- Aqui também e ainda está chovendo para completar o pacote.
- E como você está?
- Eu tô bem... Aí amigo .— comecei a chorar, sentir meu castelo se desmoronar.
- Ei que houve ? .— sua voz ficou um pouco mais forte.
- Roger eu acho que estou completamente fodida. — E eu sentia as lágrimas escorrem e molharem meu rosto novamente.
- Por que ? Pode me contar se você quiser!
- Eu acho que estou apaixonada pelo sr. May!
- Pelo sr May?
- Sim, amigo. Eu tô me sentindo péssima nesta noite.
- Amiga o que posso te aconselhar?
- Amigo eu tô perdida sinceramente, ele me chamou para a casa dele e eu fui e daí... — comecei a chorar.
- Como assim você foi pra casa dele? Ele se aproveitou de você? Meu Deus o que ele fez com você para estar nesse estado ?
- Não, ele não se aproveitou de mim... Acontece que nesses dias além das aulas se aproximamos e ele se tornou meu amigo, daí ele me chamou para a casa dele, comemos, bebemos e daí ele me beijou.
- Daí não vi nada de mais, Mel!
- Acontece porra que ele tem namorada e eu tô me sentindo muito culpada agora . — limpava as minhas lágrimas.
- Que porra de escroto!
- Mas amigo ele disse que o relacionamento dele está numa fase ruim, entende? Eles deram um tempo.
- Agora estou ficando confuso! Amiga se eles deram um tempo, significa que eles querem curtir a vibe sozinhos e esse tempo é o tempo que eles querem colocar a cabeça no lugar, pois se está frio o relacionamento e desgaste significa que eles não vão aguentar, essa corda vai arrebentar.
- Desde quando entende tanto de relacionamento?
- A Dom está me moldando. - Ele começou a rir e que fez eu rir e depois continuou. — Meu bem não se sinta culpada ou até mesmo não se crucifique, se você está se apaixonando por ele é natural isso acontecer, só será ruim se não for recíproco e ele voltar firme com a namorada dele.
- Roger, eu te amo!
- Eu sei, amor! Eu também me amo.
Rimos muito e era disso que eu estava precisando, conselhos e risadas do Roger. Ele era praticamente meu irmão, juntamente com John e Freddie.
- Vai se foder! - Disse a ele e ele continuou rindo.
- Entendeu o que quis dizer ?
- Entendi, baby! Ele ainda me convidou para um concerto de ópera, será que ainda vou?
- Deve, daí vocês conversam com calma.
- Okay! Como está Dominic ?
- Olha lembra que tinha que conhecer os pais dela? Pois bem, foi tudo tranquilo, comi horrores, acho que minha sogra quer me engordar.
- Ótimo.— Ri no telefone e imaginava que ele também estivesse com sorriso no rosto. — Mande um beijão a ela e ah propósito o Freddie não sabe disse e eu vou contar depois, okay?
- Minha boca é um túmulo!
- Ok! Vou dormir, Roger! Obrigada por ligar meu amigo.
- Por nada, tchau, baby!
- Tchau.
Desliguei o telefone e eu me senti mais em paz com os conselhos do Roger e mesmo que eu não tivesse o abraçado, mesmo com as palavras ele me abraçou e eu me senti em paz.
...

Notas da autora: Como escrevo pelo celular ai sempre demora um pouco, gente. Obrigada por lerem 💞 qualquer coisa estou no Twitter @Oopselarry

O professor Where stories live. Discover now