Capítulo 20: Bem vinda de volta

93 9 17
                                    

Eu abri os meus olhos com um pouco de dificuldade e parecia que eles estavam muito pesados por sinal. Será que tinha dormido no apê de Freddie ? Tentei me levantar só que tinha um tubo em minha garganta me impedindo até querer falar.
Olhei para o lado e eu estava cheia de fios, mas pera ai, onde eu estava? Olhei para os lençóis e li " Hospital Metropolitan Daniel's" e que diabos estava fazendo em um hospital, comecei a chorar e eu senti uma vontade de querer vomitar.
Percebi que ao meu lado esquerdo tinha uma pessoa dormindo sentada com um livro em seu rosto, mas eu reconhecia aquele cabelo e aquelas pernas. Bati palmas bem forte e ele deu um pulo do sofá se assustando. Escorria lágrimas finas do meu rosto.
- Melina, finalmente! Vou chamar o médico! —

Volta aqui pelo amor de Deus, tire essas coisas de mim. Dizia eu em meu pensamento
Brian retornou com um cara de jaleco, supondo que seria o médico e eles sorriram para mim. Veio também mais duas pessoas e eles foram conferindo algumas coisas no monitor e depois tirando o tubo de minha boca, só que teve reação de mim: vomitei alguns líquidos que ainda estavam no meu estômago.
Brian massageou minha costa e eu fiquei até um pouco aliviada e em seguida me reconstei novamente na cama.
- Bem vinda novamente, Srta Stewart! - Disse o cara de jaleco.
- Por que bem vinda ? — Uma icognita na minha cabeça formulava na minha cabeça.
- Você estava desacordada por 12h, Srta Stewart! Um profundo sono chamado coma alcoólico!
Me assustei e olhei para Brian que prestava atenção em cada detalhe que o médico dissera. Senti minha barriga roncar e a fome que estava sentindo era gigante.
- Cadê o Freddie? Preciso do Freddie!
- Ele foi...
Entrou o Freddie do nada e eu meu coração parecia que ia explodir de excitação e de euforia
- PUTA QUE PARIU, MELINA! VOCÊ ACORDOU! —Disse aos berros o meu amigo.
- Shiii! Estamos em um hospital e precisamos falar mais baixo. - Repreendeu o médico.
Freddie veio e me abraçou forte, tive vontade de chorar, sinceramente pois pareceu que não o via por uma eternidade.
- Mais tarde volto para fazer mais exames, até breve. - Saiu o médico e Brian me olhava abraçada com o Freddie um pouco ruborizado.
- Vem cá, Brian!
Ele se aproximou mais e o beijei na bochecha.
- Então o que perdi?
Meu estômago roncou mais uma vez e os dois me olharam e riram.
- Bom, vou comprar alguma coisa para você, Mel! Espera aí. - Disse Freddie me separando de seus braços e saindo do quarto e me deixando com Brian.
- E então, Brian? — Sua mão apertava a minha e eu queria beija-lo só por ver seu rostinho preocupado comigo.
- Parece que hoje não poderei te dar aulas, Melina!
- Hum, poderia me dar água?
Ele pegou um copo e uma jarrinha despejando o líquido.
- Desculpa, May! O Freddie tinha voltado de viagem e eu queria dar atenção a ele. - Ele me entregou o copo e eu tomei a água.
- Já entendi, Mel!
- Não fica irritado comigo, por favor! — Peguei na sua mão e ele apertou a minha.
- Eu não estou mais irritado com você, Mel! Fiquei muito preocupado, você consumiu drogas e somado com álcool e por isso você está aí!
- Acho que tinha na bebida do Jim!
- Freddie me disse, quero que você se cuide! Você tem 23 anos e não 15.
- Já sei!
Eu puxei pelo colarinho e o beijei como se nunca mais tinha feito isso. Sua língua entrando e saindo de minha boca me deixava arrepiada e estava me excitando pois me lembrava do nosso momento juntinho ali na casa dele.
- Brian, humnn querido?
- Oi, Mel! — Ele me fitou e eu se pudesse o agarraria naquele momento.
- Eu quero ir no banheiro, por favor!
Ele me ajudou a sair da cama e eu ainda estava com aquele equipamento no meu braço que parecia um bracelete. O removi e a máquina deu um apito e depois parou.
Fui caminhando lentamente para o banheiro e ele foi segurando minha mão e o ferro que ficava meu soro. Com certa dificuldade me sentei na privada e Brian virava o rosto como se nunca tivesse me visto nua, mas eu vi o quanto ele me respeitava.
- Me ajuda a me limpar, por favor! — realmente era impossível, pois meu braço estava cheio daqueles bagulhinhos e eu tinha medo da agulha do acesso sair da minha veia.
Ele gentilmente retirou uma boa parte do papel higiênico e eu me apoiei em seu ombro, abrindo a minha perna e ele me enxugou. Ri um pouco por que me fez cócegas.
- Que foi? — Perguntou ele jogando o papel na lixeira.
- Nada, só achei bem fofinho você cuidando de mim. - Abrir a torneira para lavar as mãos.
- É o que a gente faz quando a gente gosta de alguém, a gente cuida. - Senti um tremor em meu corpo.
- Gosta?
- Claro que gosto, Mel! Não está óbvio?
Dei um selinho na boca dele e ele sorriu para mim que fazia meu coração acelerar.
- Eu dormi por 12 horas e eu não lembro de nada.
- Eu conversei muito com você! Teve uma hora que seu coração acelerou muito.
- Eu ouvia a sua voz bem distante, mas bem distante mesmo. Era como se você tivesse a muitos metros de mim.
- E o que eu disse?
- Não lembro, meu bem! — Ele deu um sorriso que beijou a ponta do meu nariz.
Dei um beijo nele e ele segurou na minha cintura que fez eu aprofundar mais o beijo. A excitação vinha junto com a saudades dele.
- Eu quero você, Brian! — Sussurrando no seu ouvido e ele deu um beijo em minha tempora direita.
- Aqui? — Ele ainda sussurrando de volta e eu assenti positivamente.
Ele deu um riso e me beijou novamente me erguendo e me colocando em cima da pia. Fui desabotoando sua calça e para a minha surpresa ela já estava volumosa e fiquei surpresa.
- Uau! — Ele achou graça e abriu mais a minha perna com todo cuidado.
Retirei sua cueca boxer preta e o seu membro rígido com aquelas veias deixava tudo mais bonito. Passei a mão nele e estava quentinho.
- Ouh, Mel! — Gemeu Brian.
- É todo meu ? — Interessante que aquele membro dele estava me dando água na boca e eu não conseguia desviar os meus olhos dele.
- Todinho seu. — Ele dava um sorriso fraco e mordia o lábio inferior.
Dei um beijinho na glânde e eu ouvia ele arfar de puro desejo e luxuria.
- Você me deixa doidinho, Melina! — Disse ele beijando meu pescoço.
Segurei seu membro e o masturbei de leve e eu ouvia ele gemer baixinho em meu ouvido. O larguei e ele me penetrou devagar que me deu um leve arrepio na nuca.
- Tá tão gostoso, Mel! Puta merda. — Ele ainda sussurrava no meu ouvido.
Agora entendia que Veronica disse para mim uma vez "o errado sempre será o mais gostoso" e de fato era verdade. Meus pensamentos estavam focados naquelas leves estocadas de Brian para dentro de mim, havia esquecido até que Freddie havia saído para comprar comida para mim.
- Oh honey, tá tão bom! — Ele acelerou um pouco seus movimentos e eu segurei no ferro do meu soro para eu não poder cair ou me machucar.
- Brian! — Sussurava seu nome e ele já estava um pouco suado.
- Eu tô quase, Mel! — Ele deu mais três estocadas e deu um gemido um pouco mais forte.
Dei um beijo em sua boca e ele retirou o seu pênis de dentro de mim que ainda pingava o sêmen recém ejaculado dentro da minha e aquilo me arrepiou inteira.
- Você foi incrível, Brian! — Ele sorriu e suspendeu sua cueca junto com sua calça. — Precisamos sair desse banheiro o  Freddie pode chegar a qualquer momento.
- Havia esquecido dele!
- Eu também. - Dei um sorriso e ele beijou minha testa.
Ele me ajudou a descer e fomos para o quarto que já estava o Freddie com uma latinha de Pepsi e um saquinho marrom em mãos. Seus olhos estavam vermelhos e molhados.
- Freddie, tá aí a quanto tempo? — Perguntei e ele me fuzilou com os olhos.
- O suficiente, quer saber ? Você não precisa de minha presença aqui, ele já cuida de ti o suficiente! — Ele largou as coisas no sofá e foi embora me deixando um gosto amargo na boca.
- Brian, vai atrás dele, por favor!
Brian correu e foi atrás de Freddie e eu me sentia numa sinuca de bico. Brian retorna sem o Freddie e eu senti meu coração ficar pesado e com aquela vontade de chorar.
- Freddie tem que aprender a lidar a ver nós dois, ainda vai ser um processo lento e um pouco doloroso. — Disse a ele e lembrando um pouco das coisas que ele havia me dito.
- Eu não entendi, Melina!
- O Freddie é afim de mim, Brian! — Me deitei novamente na cama e eu comecei a chorar.
- Vocês tem muito que conversar, Melina! Muito!
- Já conversei com ele e ele parece que não entende, acho que essa cena era puro ciúme.
Brian me entregou o que Freddie havia comprado. Eram dois sanduíches de atum e a latinha da Pepsi.
- Perdi até o apetite depois dessa, se você quiser pode comer, Brian!
- Oh sim, você me cansou nesse banheiro. - Ele riu um pouquinho e eu não estava nenhum um pouco animada e sim um pouco triste.
...
Já estava anoitecendo e eu ainda não tinha notícias de Freddie e então me deu a ideia de ligar para ele. Haviam me transferido de quarto e no meu novo quarto tinha um telefone na cabeceira que ficava em cima de um pequeno armário.
Disquei os 7 dígitos e começara a chamar e uma voz feminina atendeu.
- Alô! — Disse a pessoa.
- Oi, quem é?
- Kash!
- Kashimira?
- Sim!!
- Kash, sou eu a Melina! A amiga do seu irmão, lembra?
- Oi, Mel! Tudo bom ?
- Agora estou, graças a Deus.
- Meu irmão me contou que houve com você, bem chato, né?
- Muito e a propósito, o Freddie está aí?
- Bom... — escutava umas vozes do outro lado da linha. — Ele está, só que ele está dormindo.
- Certeza?
Eu ouvi ela respirar fundo e depois deu um pequeno chiado no telefone.
- Mel ele está aqui sim, acontece que ele não quer falar com você e pediu para que eu mentisse.
- Diga a ele que preciso falar com ele amanhã, caso de vida ou morte e se ele não vier, diga para ele me esquecer como amiga.
- O que ele fez ?
- Burrice, mas Kash, fica bem, okay?
- O.k.
Desliguei o telefone e eu me debulhei em lágrimas. Estava sozinha pois Brian precisava ir para a casa dele trocar de roupas e tomar banho.
Liguei então para alguém que jamais ligaria. Meu pai.
...

O professor Onde histórias criam vida. Descubra agora