[0.7] me ajude, hyung

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                                🚬

Quando eu era pequeno mamãe me disse que era apaixonada por dias chuvosos, ela gostava de pintar também. Meu quarto era cheio de quadros sobre chuva e ambientes que aparentavam ser frios. Ela me ensinou a usar os pincéis com 12 anos, eu comecei a me esconder no sótão e passava horas pintando.

 Naquela época eu tinha conhecido um menino, ele era órfão, estudava na mesma escola que eu. Foi meu primeiro amorzinho da escola, a gente até chegou a usar anéis de plástico. Os meus quadros, todos eles eram sobre o garoto. Sempre os fazia com a vontade de mostrar para minha mãe, achava que ela iria gostar. 

Até o dia em que eu resolvi apresentar para ela meus desenhos, e foi aí que eu percebi que o sorriso dela poderia se tornar a coisa mais sombria já vista por mim. Me questionou a noite toda. "Quem é ele?", " Jungkook por que você está abraçado com ele nesse desenho?", " O que essa coisa fez com você?".

São frases que eu carrego até hoje, além das marcas em minhas costas. Com 13 anos perdi o amor de meus pais, virando apenas o viadinho vagabundo da família. 

E hoje, eu digo sem vergonha: eu sou viado e vagabundo mesmo! 

Desculpa mãe, mas seu filho não vai mudar quem ele é por você. 

— Jungkook? Rápido meu bem, vamos nos molhar. — Jimin gritava na porta da sala. Eu estava arrumando minha mochila, esperando Jiwoo também terminar. Aparentemente, naquela tarde o jardim seria bem regado, já que belas gotas de água estavam por vir. 

— Hyung, se acalme! Nosso quarto é perto daqui. — sorri para ele, em seguida virei o corpo em direção a Jiwoo, ele já estava com a bolsa nas costas também me olhando. — Woo, tenho que ir. Cuidado com os corredores. 

Me despedi dele com um sorriso com um significado por trás da minha última frase, ele entenderia.

Jimin abriu o guarda-chuva, me puxando para si e abraçando-me de lado. Para que ficássemos os dois embaixo do objeto. Corremos para o nosso dormitório, eu acabei me molhando um pouco, já que de uma chuvinha virou de fato uma tempestade. 

Ventava forte e os pingos de água batiam forte sobre o teto, fazendo um barulho característico. Jimin não esperou muito para tirar suas roupas, ficando apenas de boxer. Analisei seu corpo. Park não era malhado como a maioria dos alunos esperava que fosse, sua barriguinha era fofa e eu amava morder. Com as tatuagens em suas costelas e uma frase em sua virilha. 

Porém a da virilha era minha favorita, sabe, no caminho da felicidade eterna.

Resolvi tirar minha roupa também, apenas para ir direto para o banheiro, me banhando e vestindo uma algo quente. Olhei para o lado do quarto que não me pertencia, o mais velho ainda estava sem roupas. Deitado de forma desleixada e mexendo no celular. 

— Jimin-ssi, não pode ficar sem roupa em um tempo desses. — disse calmo, rindo assim que ele soltou um grunhido cansado. 

— Venha me esquentar com seu corpinho, docinho. — abriu os braços em minha direção, fazendo uma expressão fofa. E eu, tolo, burro de amor, não consegui resistir. 

Me joguei sobre ele, o abraçando sentindo suas mãos em minha cintura. Escondi meu rosto em seu pescoço, ele estava cheiroso ainda. Seu perfume forte e amadeirado me fez ficar zonzo. Sorri contra sua pele. 

— O que foi? — ele disse, após um suspiro meu. 

— Seu cheiro me deixa louco. — apenas deixei as palavras saírem da minha boca. Entre nós não existiam segredos mesmo, nem a tal da vergonha. Eu amava sentir aquela liberdade de expressão quando estava com ele. 

Erva, love e você | JikookWhere stories live. Discover now