Cap - 12.

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          Eu realmente quero está errada, quero mesmo. Naquele dia no telhado da escola, ele me olhou diferente quando disse "seu olhos não tem o mesmo brilho que antes." pensei que ele realmente gastasse de mim, talvez até mais que uma amiga. Mas depois ter visto ele beijando a garota, daquela forma, qualquer um poderia dizer que estão apaixonados.
           Eu só queria que uma vez, não duas, nem três.
           Mas apenas uma, uma vez as coisas dessem da certo pra mim.

      — Boa tarde, me chamo Holly. Tem hora marcada?.— perguntou uma moça de cabelos castanhos escuros, sentada atrás do balcão da recepção no lugar da Lizzy.

          Estou no andar certo?
          Quarto andar. Sim é o certo.

      — Sim tenho. Meu nome é Kim JiWon.

      — só um minuto.— pediu e logo autorizou minha entrada.

          Bati na porta da sala da Clark e não demorou e logo aberta pela mesma. Tudo está como sempre, os móveis, a visita da janela a não ser pelo cabelo da Clark, só a via de cabelo solto e agora está com uma trança raiz muito bem feita.

      — Aconteceu alguma coisa com a Lizzy??.— pergunto sentando no sofá, Clark dá um longo suspiro e diz.

      — sim, ela teve uma hemorragia e quase perdeu o bebê. Ela não vai vim trabalhar até se recuperar totalmente.

      — Eu não sabia que ela tá grávida.

      — ela está com quatro meses, a barriga dela ainda está pequena.

      — já sabem o sexo?.

      — sim é menina. Ela queria surpresa, mas o médico acabou por dizer sem querer.

      — fico feliz que ela e a bebê estão bem.

      — também estou aliviada . Bom vamos começar!. Como foi seu dia?.— perguntou enquanto cruzava as pernas sentada em sua poltrona.

          Hum, a noite passada ouvi meus appas brigando, passei mais uma noite sem dormir. Na escola o professor me disse que estou falhando com as minhas notas, vi o garoto que amo beijar apaixonadamente uma garota e por fim briguei com ele. Só isso. Mas o que vou dizer e:

      — foi normal.

      — me diga como e o seu dia normal.

          Ouvir brigas, desapontar as pessoas e ver que o garoto que gosto não gosta de mim.

      — acordo, vou para a escola, estudo, vou almoçar e venho pra cá.

      — mesmo?.

          Não, eu tô cansada de tudo.  
          Quero parar de sentir o que eu sinto.
          Por ao menos um tempo, quero poder respirar, dormir sem sentir tudo o que eu sinto.

      — sim. Foi uma manhã normal.

      — ótimo, então quer continuar de onde paramos ontem?.

      — pode ser.

          Depois de conversar com a Clark, vou para o trabalho. Mas hoje vou por outro caminho, mas longo. No caminho passo pelo Park de diversões. Tae e eu costumávamos a vir muitas vezes, o primeiro brinquedos que íamos era o carrossel.  Sempre escolhiamos os mesmos cavalos, o favorito do Tae e o cavalo preto com a trina cinza. Mas sempre desconfiei que o Tae só gostasse dele porque fica ao lado do meu. O meu favorito e branco com a trina loira, esse cavalo tem uma coisa que nem um outro tem, um sinal. Abaixo da orelha esquerda tem três pequenos corações. Notei os corações na primeira vez que andei nele.
          Por alguns instantes, enquanto olhava para o carrossel. Tive a impressão de ver o Tae e a mim, crianças no carrossel. Acenando para mim, e em outro momento sumirem.
          Queria poder voltar a essa época, éramos tão inocentes. Apesar de não termos os melhores pais do mundo, tínhamos um ao outro.
          A vida era muito mais simples quando eu tinha seis anos.
          Tenho muito medo dos meus pensamentos. Meus pensamentos estão sempre me levando a mesma ideia.

          Depois de passa um tempo olhando as crianças brincando no carrossel, contínuo meu caminho para o trabalho.

      — boa tarde tia Mey. Me desculpe pelo atraso, me distrai pelo caminho.

      — está tudo bem. Hoje não foi muito movimentado. Filha...

      — sim tia?— digo tirando o casaco e o coloco no armário de casacos atrás do balcão.

      — no domingo não vamos abrir.

      — porque não?

      — vou ao médico.

      — a senhora está doente?.— perguntei já nervosa.

      — não é nada grave. E só um check-up.

      — tudo bem.

      — como está a senhora yamaso?.— tia Mey perguntou. A tia Mey ficou preocupada quando disse que a senhora yamaso havia esquecido do acidente do Tae.— está melhor?.

      — está sim. O Taito e a Yumi estão cuidando do restaurante.— decidi  não contar que a senhora yamaso havia caído da escada, falei apenas que a senhora yamaso estava com problema de aminesia.

      — eles são ótimos filhos, não são?.

      — são sim.

          Logo a hora do fim do expediente chegou e vou andando pelo mesmo caminho de sempre. No caminho vejo os primeiros flocos de neve caído do céu. A neve chegou cedo esse ano. E ainda estamos em agosto.

"Quando a gente cresce,
quer volta no tempo.
Mas o tempo e cruel."

Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).Where stories live. Discover now