Cap - 17.

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      — porque eu tenho que ir??.—pergunto sentando no último degrau da escada.

      — vc está no testamento da sua avó.

      — Estou?.— pergunto sem ainda acredita no que acabei de ouvir.

      — está, talvez ela tenha deixado dinheiro pra vc.— meu appa falou da sala.

      — Eu não quero dinheiro. — falo irritada.

      — Ok. Se não quer, eu quero.

      — Ótimo, vou me arrumar.

      — tem vinte minutos, não quero chegar atrasada para a leitura do testamento.

        Logo depois de me arrumar, mando mensagem para a tia Mey avisando que vou a leitura do testamento da vovó, mas que depois iria para o trabalho.
       A última vez que vim a casa da vovó, o Tae ainda estava vivo. Era aniversário da vovó, eu e o Tae havíamos feito uma bagunça na cozinha na noite anterior ao aniversário, havíamos feito bolo e brigadeiros.
         São muitas lembranças, é isso dói, dói muito.

      — já chegaram todos.

      — Sim. — falou minha omma.

       Vovó teve quatro filhos, três homens e uma mulheres que e a minha omma.

         O advogado da vovó começa a ler o testamento, o meu tio caçula ficou com a casa, e o dinheiro que a vovó tinha depositado foi dividido entre os quatro filhos. Até que chegou no meu nome, eu era a única neta no testamento e esse fato causou nós meus primos é prima presentes alí repulsa de mim.

      — Ela te deixou como herança a máquina de escrever e mais essa carta.— fala e me entregar a carta e põe a máquina de escrever sobre a mesa.— e uma quantia depositada em seu nome para com o intuito de pagar o acompanhamento psicológico. E com isso a leitura se encerra.

       Com a máquina preta a minha frente e a carta em mãos, a máquina de escrever um pouco surrada mas não deixa de ser linda. A carta, lacrada com um selo de cera vermelha, tem o cheiro do perfume da vovó.
        Depois que nós despedimos de todos fomos pra casa, o appa me deixou em casa e foi levar a omma no trabalho. Meu quarto ainda tinha muita coisa jogada no chão, do dia que... surtei.

       — Eu preciso arrumar isso.— falo colocando a máquina de escrever em cima do criado mudo ao lado da minha cama.— mas não agora.

       Sem coragem para ler a carta, eu a coloco na bolsa e vou para o trabalho. No trabalho sou recebida com um abraço, a quatro dias que não venho trabalhar.

      — Vc emagreceu. Já tomou café da manhã??.— perguntou já enchendo um copo com café.

     — Não, eu nem lembrei de comer.

     — Não pode continuar assim, pode ficar doente. Tem que se cuidar mais.— a mais velha me olhava decepcionada.

     — Está bem.

     — coma duas fatias de bolo.— ordenou.

     — Está bem, tia.

     — me diga, como foi a leitura do testamento??.— perguntou me servindo o prato com as duas fatias de bolo.

     — dividiram os bens, a casa ficou com o meu tio, ganhei uma máquina de escrever e uma carta.

      — O que dizia na carta?.

      — hum, eu... não sei.—falo e coloco mais um pedaço de bolo na boca.

      — Não a abriu?.

      — ainda não. Ela está aqui, não consigo abrir. — retiro a carta da bolsa. — Tia, a senhora pode lê pra mim.— pedi e a mesma sorriu doce.

      — Claro filha.

       Com a carta em mãos, tia Mey a abri com cuidado sem quebrar o celo de cera vermelho.

      — Pronta?.

      Não.

       — Sim.

      — Minha doce Kim JiWon.

      Lembra das histórias que contei a vc e o seu irmão, sobre a magia dessa máquina de escrever?.
      Sei que já é crescida, mas se acredita que ela tem magia, ela terá.   
      E por isso que lhe deixo a minha velha máquina de escrever.

Com amor, vovó.

    Aí vovó, que saudade de vc.

    — que histórias são essas.

    — A vovó nós contava que a máquina era mágica, não como que realiza desejos. Ela pode mandar cartas para os mortos. Pode parecer maluquice, mas eu acreditava.

      — Não acredita mais?.

      — não sei.

      — mesmo assim acho que deveria tentar, pode lhe fazer bem.

      — e talvez.

      — quando terminar de comer, guarda as tuas coisas e me ajudar a desempacotar algumas caixas que chegaram.

      — Claro.

       E sábado. O expediente acabou mais cedo, as sete em ponto já estávamos prontas pra ir para a casa.          Me despeço da tia Mey na frente da sua casa e segui caminho, na metade do caminho encontro com o Jimin que me acompanhou até em casa. Não conversamos muito no trajeto, mas isso não deixou um clima estranho.
       Já em casa meus appas ainda não tinham chegado do trabalho, resolvo tomar um banho quente demorado.

       — Ok. — falo depois de por uma folha de papel A4 na máquina de escrever.

       Respiro fundo e deixo meus sentimentos fluírem para a máquina.

Eu sinto sua falta.
Quando eu digo isso.
Eu sinto ainda mais.
Estou olhando sua foto.
Mas ainda sinto saudades.
O tempo é tão cruel.
A dor não passa .
Nunca passa.

Tudo é inverno aqui.
Mesmo em setembro, é inverno aqui.
Meu coração faz o tempo querer correr.
Como um Expresso Polar solitário.
Eu quero segurar sua mão.
E ir para o outro lado da Terra.
Para encerrar este inverno.
Quanto tempo mais?
Quanto tempo mais terei que ficar sem vc ?

Como um pequeno grão
De poeira
Que flutua no ar
Se eu fosse a neve que voa pelo vento
Eu poderia
Te alcançar mais depressa

Flocos de neve estão caindo
Chegando cada vez mais longe
Eu sinto sua falta
Eu sinto muito sua falta

Quanto mais terei que esperar?
Quantas noites mais terei que permanecer acordada
Até que eu possa te ver?
Até que eu possa te encontrar?

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Oiiie tudo bem ??.
Espero que sim.

Quem chorou?
🙋

Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum