Cap - 8.

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        Na manhã seguinte, um bater de panelas que vinha da cozinha me acordou faltando alguns minutos para o despertador tocar. O que deu nela?. Ela nunca, nunca acorda antes de mim.
        Deixo de pensar nisso e levanto indo fazer minha higiene matinal, depois do banho visto o uniforme da escola pego minha bolsa e desço.
Por educação, a educação que a minha vó me deu, eu falo:

      — bom dia.

      — bom dia.— a mais velha falou sem ao menos me olhar na cara, e continuou fazendo, o que eu acredito ser panquecas.

      — já tô indo.— falo pegando uma maçã na cesta de frutas.

      — não vai tomar café?.— perguntou?.

       O que tá acontecendo? Ela nunca se preocupou se eu como ou deixava de comer.

       — não. Quero chegar cedo na escola pra... Fazer um trabalho na biblioteca.— menti.

       — está bem.— a mais velha deu de ombros e voltou a fazer o que estava fazendo.

        Saí de casa, e tomei o rumo para a escola, no ponto de ônibus encontro com o jimin, até aí eu já havia terminado de comer a maçã.

      — Jimin-ah, Bom dia.

      — Bom dia, JiWon.— o mesmo diz e sorrir com os olhos.

      — bom, não sei. Tá mais pra "estranho dia".

      — porque "estranho dia" ?.

      —Primeiro, a minha mãe acordou primeiro que eu, e ela nunca acorda antes de mim. E segundo, ela perguntou se eu ia tomar café. Ela nunca se disponibilizou para perguntar se eu e o Tae estávamos bem.

      — de fato, é estranho. Talvez os fantasmas do Natal vieram adiantados e fizeram ela mudar.— o mesmo diz no seu tom brincalhão, e nós dois rimos.

      — é talvez.

        Desde ontem que o professor havia pensado que eu era uma novata, houveram muitos comentários sobre eu ter mudado o cabelo. Mais hoje é como se eu não tivesse feito nada, está tudo como antes, os mesmos comentários maldosos, uns falando que sou uma psicopata, que eu havia empurrado o meu próprio irmão na frente de um carro.
       No intervalo não fiquei do lado de fora do refeitório onde ficava de baixo da árvore lendo, me dói sentir que estão falando coisas horríveis do meu irmão, não me importo que falem mal de mim, não me importo mais, mas meu irmão não está aqui para se defender dos comentários sobre ele, eles poderiam ter pelo menos respeito pelos os mortos que não podem se defender. Por isso hoje resolvi ficar no terraço da escola, o silêncio, o sol quente, a brisa fria de outono, a cinco andares das pessoas que me maltratam, não sei porque eu não tinha pensado em vir para cá antes.

      — falei com a sua avó mais cedo.- minha mãe comenta depois que entro na cozinha e pego uma maçã.

      — como ela tá?.— perguntei, sei que a vovó amava o Tae, nas férias da escola sempre íamos para a fazenda da vovó, era muito divertido, nas noites frias a vovó sempre fazia chocolate quente e o Tae assava os meus marshmallow, ele tinha medo que eu podesse me queimar.

      — está bem. Mas tá preocupada com você.

      — Comigo?.— perguntei sem entender.

      — sim.

      — mas eu tô bem.

      — Ela não acha isso. E marcou uma consulta com uma psiquiatra amanhã depois da aula.

Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).Onde histórias criam vida. Descubra agora