Capítulo 2

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Acordo com uma pequena mão apertando o meu nariz e risinhos soando pelo quarto

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Acordo com uma pequena mão apertando o meu nariz e risinhos soando pelo quarto. Suspiro e sorrio olhando o relógio pendurado na parede, 5:25 AM. Sim, geralmente ela acorda muito cedo querendo seu leite.

-Bom dia, meu amor.- beijo sua testa e ela sorri.

Eu a pego no colo e caminho para o banheiro lavo seu rosto e penteio seus cabelos, que por sinal estão crescendo tão rápido quando ela. Ela sozinha, movimenta sua escova de dentes de ursinhos pelos dentinhos brancos.

Quando tenho que ir trabalhar ela fica com a minha vizinha, que tem sido uma grande amiga e me ajudado desde o início; antes mesmo de Alice nascer, a senhora Pam. Quando fui expulsa de casa pelos meus pais ao contar da gravidez, aluguei este apartamento e me mudei desnorteada, sem rumo e sem saber o que fazer. Conheci a Pam, que veio a minha porta se apresentar como vizinha de cima.

Ela mora sozinha já que é viúva e seu único filho Jackson seguiu a profissão do pai e é do exército, segundo Pam agora ele está em uma missão secreta e tudo o que sabe é que é no exterior, porém, não sabe o local ao certo. Assim, nós duas sozinhas, acabamos nos unindo. Quando contei sobre a minha vida, ela segurou as minhas mãos e disse: "Oh, minha filha... Espero que não se culpe por nada, você não fez nada de errado, apenas, agora terá uma vida para cuidar, além da tua. Seus pais irão se arrepender, só precisa da-lhes um tempo para pensar." E assim eu segui pensando mas meus pais ainda não querem saber de mim mesmo após esse tempo todo. Mas ganhei uma grande amiga, uma grande vizinha, e uma ótima segunda mãe.

Após por Alice no chão, ela vai para a sala assistir desenho, onde fica por um bom tempo enquanto eu preparo o meu café da manhã e o leite morno de Alice.

Como rápido após levar o leite para Alice e vou para o quarto arrumar a mochila de Ali que levo para a casa de Pam com roupas para que ela possa tomar banho depois, alguns biscoitinhos como lanche que ela adora, e uns brinquedinhos.

Pego uma muda de roupas para mim: calça jeans, camisa branca simples de manga, e um casaco fino para amarrar na cintura já que posso sentir frio depois no trabalho. Deixo a porta do banheiro entreaberta e tomo um banho rápido e me visto. Prendo meus longos cabelos em um famoso rabo de cavalo e calço meus tênis.

-Está com frio ?- pergunto voltando a sala e a vendo um pouco encolhida no sofá com sua mamadeira vazia na mão. Ela balança a cabeça que sim.

Realmente hoje está um dia chuvoso lá fora, o que fez o clima quente do Brasil acabar esfriando.

Visto um casaco em Alice e uma touca com orelhinhas de panda. O coração chega a saltar com tanta fofura. Pego a minha bolsa e a mochila de Alice e agarro sua mão indo para o elevador, tranco a porta e jogo a chave na bolsa. Pego meu celular para dar uma olhada na hora que já marcava 07:00.

Preciso me apressar, tenho que estar no trabalho às 08:00 AM em ponto, sendo que ainda preciso esperar ônibus já que não tenho um carro ainda.

Assim que as portas do elevador se abrem e caminho até a porta de Pam, lá estava ela, nem precisei apertar a campainha. Às vezes ela nos esperava na porta, o que era engraçado. Ela ama crianças, e se apegou a minha pequena Alice.

-Não está atrasada? - Pam questiona se abaixando para abraçar Alice, a qual vai correndo para seus braços.

-Sim! um pouco.

-Eu já estava preocupada com a pequena Ali. Deu 07:00 e nenhuma Alice me gritava e chutava a minha porta. - ela ri.

-Não estava preocupada comigo, Pam? - Faço biquinho fingindo estar triste.

-Claro, Claro... Eu estava preocupada com a senhorita Sophia também, mas principalmente com nossa Ali. - ela sorri e se levanta.- Vai se atrasar mais querida, pode ir e deixar tudo comigo agora não se preocupe, e certifique-se de tomar cuidado nas ruas e voltar em segurança.

-Sim, sim.- rio por ela sempre dizer as mesmas coisas sobre "voltar em segurança", "ter cuidado" e coisas do gênero.

-Tchau minha filha, mamãe volta logo. Seja uma boa menina para a Pam, está bem ? - Me inclino para abraça-lá. - Tchau Pam, obrigado por tudo, se cuide também. - Eu a abraço também com certa facilidade por ela ser mais baixa que eu.

-Mande beijo para a mamãe, Alice. - Pam pede fazendo o gesto e Ali a imita.

-Tchau amores da minha vida, estou atrasada. - sorrio, e retribuo o beijo no ar antes de sair as pressas e entrar no elevador.


(***)


-Você realmente não tem jeito. Se atrasar após um dia de folga senhorita Sophia Diniz. - Minha amiga de trabalho dizia negando com a cabeça.- Você teve sorte que o chefe irá se atrasar hoje.

-Não foi intencional mas acho que demorei demais pensando em qual roupa pôr na mochila da Alice hoje. -respondo indo me sentar a minha mesa e ela me segue sentando na dela logo ao lado.

-Ooh a Alice... - Ela olha para o nada parecendo se lembrar. - Quando a verei novamente ? eu realmente não aguento tanta fofura em uma criança só.

-Você viu a minha filha na semana passada, Camilla. - Respondo sem olhar seu rosto, pegando o papéis com nomes dos livros que eu terei que começar a traduzir do inglês para português.
Sim, sou tradutora em uma editora de livros, onde é dividida em o segundo andar: designers de capas e o primeiro andar, onde trabalho: tradutores. Não é um trabalho ruim, apesar de exigir tempo e atenção, é bom já que o inglês fica sempre fresco na minha cabeça assim eu acabo sempre praticando o que não me deixa esquecer das palavras em inglês, e sem contar que posso conhecer mundos novos, idéias novas e diversas visões diferentes sobre o mundo; tudo isso sem sair de uma cadeira de escritório.

-E daí ? Eu quero ver de novo não seja ruim. - ela reclama brava e eu rio. Se eu não soubesse a sua idade, com certeza eu acharia que é uma criança sua aparência e seu rosto daria perfeitamente para enganar, sem contar suas ações repentinas e mania de ficar brava atoa.

-Logo a verá novamente não se preocupe. -Ela sorri, e rimos.

Me concentro no trabalho, e me ajeito na cadeira macia, onde ficarei até 17:00 da tarde.

-Vamos começar a trabalhar logo. - Digo e Camilla assente com a cabeça. E assim foi mais um dia de trabalho, apenas parando para o almoço ao qual fui a um restaurante em frente.

Dear, DaddyWhere stories live. Discover now