Dear, Daddy

Capítulo 30

-Querida, que bom que não se atrasou. - Minha mãe se aproxima assim que passamos pelo portão da casa acompanhada pelas minhas tias logo atrás.

-Ai. Meu. Deus. Como você cresceu minha Soph. Eu estava doida para te ver. - Tia Lúcia me abraça fortemente e eu sorrio para ela.  Ela encara com emoção nos olhos e as mãos no rosto Alice  no braço de Jason, antes de correr para pegar ela do colo do pai. Ela cumprimenta Jason e diz - finalmente pude te conhecer, estava muito curiosa e nunca havia visto nenhuma foto sua.

Eu ainda pude escutar o que ela cochichou para mim cobrindo a boca "Minha menina, você se deu bem em. Que homem." Não consegui evitar e ri fazendo todos olharem.

-Oi. - Minha tia Isadora diz ainda de longe e acena .

Depois de muitos abraços da tia Lucia e flertes dela com Jason, minha mãe finalmente diz para entrarmos.

-Cadê o papai? - questiono estranhando ele não ter ido ao nosso encontro no portão também.

-Ele está no quarto lendo um livro.

Deve ser um livro muito interessante para ser mais importante que ir ver sua filha e neta chegando.

Minha mãe e tias caminham na frente e tia Lúcia sem largar Alice do colo. Eu e Jason caminhávamos lentamente atrás deles.

Pego a bolsa de Ali de sua mão esquerda que ele insistiu segurar e ponho a alça em meu braço.

-Pode deixar que eu levo agora. Obrigada.

-Tá nervosa ? - ele se inclina para falar baixo perto do meu ouvido para que ninguém escute.

-Não. Eu não estou nervosa. - Respondo no mesmo tom baixo.

- Não é o que parece. Não ia dizer nada mas, suas mãos estão tremendo e você não para de suspirar. Sem contar que esse sorriso que está fazendo agora é totalmente forçado.

-Droga. Você me conhece tão bem. -Suspiro,  provavelmente pela milésima vez no dia. - Para de reparar em mim.

Ele ri.

-Tá tudo bem. - Ele entrelaça nossos dedos e balança nossas mãos juntamente por um tempo antes de levar até a boca e beijar o topo da minha mão. -Vai dar tudo certo, ok? Para de pensar demais em tudo.  Namorada.

-Você é o namorado mais bobo do mundo mas também é o mais aconselhador.

-Que papo furado é esse? Eu sou perfeito em tudo. E nem um pouco bobo.

-Só um pouquinho.

-Não vale. Sua voz faz eu me render "pequena Sophia". - Jason diz repetindo como minha tia havia me chamado.

-Eiii. - Digo e ele me da um empurrãozinho com o ombro, o que faz nossos braços se esticarem mas nossas mãos não desgrudarem.

Jason pediu para esperar que havia esquecido algo no carro e levou Alice. Parei para espera-lo enquanto respirava o ar gelado olhando para as árvores ao lado no vago da escuridão. Minha mãe mostrava algo no celular para minhas tias já na porta de entrada, que riam exageradamente. Jason voltou segurando a mão de Alice e em sua outra mão havia uma garrafa de champanhe envolvido por uma embalagem aberta de madeira. Não tenho tanto conhecimento sobre champanhes mais aquele realmente me parecia ser algo caro e importado.

- Esqueci que trouxe isto. é para o jantar. Ele combina perfeitamente com qualquer comida, é fantástico. - Ele estica a garrafa para minha mãe, que o encara e pega a garrafa com cuidado.

-Muito gentil da sua parte. Obrigada. Bem, vamos logo entrar ? 

-A senhora primeiro. -Jason sinaliza para dentro e ela entra encantada com o cavalheirismo do meu falso namorado.

-Vamos, filha. - Agarro sua mão e entramos, logo depois deles.

Este lugar me trás um certo desconforto ao qual quase não consigo lidar. Mas está tudo bem, pois estou com minha Alice que eu amo mais que tudo e todos, e Jason que, querendo ou não sei que realmente se importa comigo. Eu também me importo com ele porque eu amo ele, mas claro que ele não precisa saber disso.