Conversas - parte I

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Ele sai dessa visão em sua mente com a voz barítono profunda ressoando no ambiente:

- Elas fizeram exemplarmente o seu trabalho. Eu preciso recompensá-las pelo exímio trabalho. Você está tão lindo e... comestível. – ele fala o final em um tom que o jovem não compreendia, embora tenha enviado calafrios prazerosos em sua espinha.

O Faraó observa a confusão no semblante fofo, confessando que apreciava o tom carmesim nas bochechas, enquanto desejava passar os dedos naquelas bochechas coradas.

A usual voz gentil do jovem o desperta de sua contemplação, observando-o virar a cabeça para o lado de forma fofa, enquanto perguntava, com o imperador confessando que adorava ver aquela face curiosa:

- Como assim, "comestível"? É um canibal?

O governante observa os olhos se arregalarem no final, enquanto o jovem se afastava, com o soberano arqueando as sobrancelhas frente a reação inusitada e a voz repleta de puro medo no final, sendo que os olhos grandes e expressivos revelavam com clareza essas reações.

Atemu ri levemente, sendo que havia ficado maravilhado e igualmente surpreso com o nível de inocência do seu amado, chegando a questionar a si mesmo se ele sabia o que era sexo, sendo que acreditava piamente de que Yuugi não conhecia quase nenhum termo relacionado a intimidade entre duas pessoas.

O monarca para de rir ao vê-lo fazer beicinho, que em sua opinião era fofo, enquanto controlava o desejo intenso de tocar aquelas lábios que deviam ser mais doces do que o mais puro mel.

Então, ele pigarreia, para depois falar, enquanto não conseguia deixar de sorrir com a linha de pensamento do jovem a sua frente:

- Não sou canibal. Portanto, não é no sentido que você está imaginando, Yuugi. Pode ficar tranqüilo.

O jovem suspira aliviado, para depois, perguntar com visível curiosidade em seu semblante:

- Então, o que você quis dizer com "comestível"?

- Um dia desses, eu explico. Mas, pode ficar aliviado que não é canibalismo.

O jovem dobra os braços na frente do tórax e vira a cabeça de lado, com as bochechas infladas, enquanto fazia biquinho por estar emburrado com a resposta do Faraó. Ou melhor, a ausência de resposta do mesmo, pois, havia ficado curioso, enquanto que Atemu havia ficado maravilhado com aquela expressão, achando-a fofa, para depois, chegar a agradável conclusão que Yuugi era belo e igualmente fofo como um gatinho, além de apreciar a inocência dele. Por isso, não explicou o que ele quis dizer com "comestível".

Então, o rosto do jovem fica ainda mais carmesim, se era possível, enquanto seu coração batia freneticamente em seu tórax ao observar o Faraó despertando como veio ao mundo e em toda a sua glória, assim como imponência, com movimentos dignos de um tigre majestoso, fazendo a boca do ex-sacerdote ficar aberta como um peixinho fora d'água, conforme observava o corpo do imperador que era exibido como veio ao mundo, passando os olhos pelos músculos e abdômen definido, para depois, corar intensamente, conforme os olhos baixavam para a virilha, com o adolescente fechando momentaneamente os olhos ao sentir um intenso calor em todo o seu corpo, procurando desviar o olhar daquela parte em específico, se recordando do quanto era grande e grosso, mesmo em um estado relaxado e frente a esta recordação, ele esbofeteia a sua mente traidora e igualmente inoportuna por lembrar-se disso.

Com um olhar indolente e igualmente faminto que fazia o jovem tremer de desejo, embora Yuugi não compreendesse o que eram esses sentimentos e os outros que o tomavam, o imperador pergunta:

- Gosta do que vê?

Gaguejando, enquanto controlava os tremores prazerosos em seu corpo e as borboletas esvoaçando em seu estômago, juntamente com o calafrio prazeroso na espinha, ele fala, sendo que estava surpreso consigo mesmo por não ter tapado os olhos, uma vez que era o esperado:

Dois corações e um destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora