Um Perfeito Cavalheiro?

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Liz

Enquanto o garçom deposita nossos pratos sobre a mesa a nossa frente, eu olho embasbacada para Dominic que mantém um sorriso polido no rosto.

Agradeço o simpático garçom e volto minha atenção a fera.

-Acho que não entendi direito. - Digo entre dentes

-Eu disse que você se casará comigo, o que há para entender?

Sinto meu rosto esquentar e quero pular no pescoço do homem.

-Você é maluco? O que ganha com isso?

-Além de uma bela esposa? - Ele arqueia a sobrancelha em um gesto proposital - Bom, terei alguém para administrar minha casa e me dar um herdeiro.

Ele leva uma garfada de comida a boca e fixa os olhos felinos em mim como se eu fosse escapar após sua declaração.

Por acaso ele está pensando que sou algum tipo de decoração ou parideira?

- Eu não sou um objeto de decoração, Mackenzie. Não pode simplesmente chegar e dizer que vamos nos casar, é absurdo.

Ultimamente tenho começado a acreditar em vidas passadas pois não é possível que eu tenha feito algo nessa vida para merecer tanto azar.

-Não precisa casar comigo se não quiser, Brad ficará feliz em ter a noiva novamente.

Não! Ele não está fazendo isso. Não pode.

-Por que está fazendo isso comigo? - Pela segunda vez essa noite sinto vontade de chorar.

-Porque simpatizei com você, pequena deusa. Pense dessa forma: seu pai te obrigaria a se casar de uma forma ou de outra. Se não com Brad, seria com outro ainda pior.

-Está mesmo insinuando que você é minha melhor opção?

Esse ego inflado me irrita.

-Eu ao menos serei fiel a você, o que você não pode esperar do Brad, querida.

-Isso é o mínimo que um casamento requer, QUERIDO. - Estou puta. - Eu deveria poder fazer as coisas que tenho vontade. Eu quero trabalhar e não cuidar de uma casa.

Ele parece ponderar sobre o assunto, o que me irrita pois não estou pedindo permissão.

-Eu prometo que poderá ter o que quiser se me der o que eu quero. Uma troca justa.

-E o que você quer? - pergunto intrigada e de mal humor.

-Já não está claro? - Ele leva sua mão até a minha que está em cima da mesa e a puxa para si - Eu quero você Liz. Toda você.

Meu coração entra em um ritmo frenético e descompassado, um frio se instala no meu ventre e a pele onde ele toca parece queimar.

- E-eu...

O que há com esse homem que me deixa sem reação? Vamos Liz, fale alguma coisa para esse sujeito de ego inflado chantagista!

Meus olhos estão presos no seus e o clima que paira entre nós é denso e perigoso.

-Eu quero você na minha cama dobrada a minhas vontades e gritando meu nome porque ele será a única coisa que lembrará em meio aos orgasmos que irei te proporcionar, entende?

Quero sua pele macia e alva marcada de vermelho enquanto você pede por mais - ele acaricia minha mão lentamente - e só isso não será o suficiente, você irá implorar que eu te marque como minha e o mais prazeroso disso tudo é que você será. Inteiramente minha.

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