M A R Ç O - part 2

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L O U I S

– Por favor – digo, tocando sua face.

Acaricio seu pescoço. Ele parece tão perigoso, no limite, e eu preciso puxá-lo de volta, porque sei que esta decisão, neste momento, é crucial. Não posso ficar com Harry se ele não me deixar lutar minhas próprias batalhas. Ele cobre a minha mão com a dele e a segura entre o pescoço e o ombro. Eu adoro os olhos dele, adoro a forma como ele me olha, o que ele vê em mim, o que somos juntos.

– Detesto não poder fazer nada por você – lamenta ele.

– Você está fazendo tudo por mim apenas sendo você. – Dou um beijo nele. – Prometa.

A respiração dele contra a minha boca é um suspiro e uma renúncia.

– Prometo.

– Obrigado.

Faço mais um carinho em seu pescoço e lhe dou mais um beijo. Ele ainda está quente, ligado, animalesco. E também está sem camisa. Quando sua língua invade minha boca, me desmancho nele. O beijo fica profundo, mais rápido. Minhas costas vão de encontro à parede e ele segura atrás da minha coxa.

– Vamos para casa – digo.

Nem chegamos ao estacionamento e ele está me empurrando contra uma árvore, a casca do tronco ferindo a minha cabeça até ele protegê-la com a mão. Então, muito calor e mãos agitadas. Estou excitado, já estava excitado no corredor, e estou ainda mais quando abro a porta do carro e ele me empurra para dentro, agarrando minha bunda do jeito mais sacana.

– Para casa – digo, arfando.

– É.

– Você dirige.

– Me dá as chaves.

Eu as tiro de dentro da bolsa, embora não saiba muito bem como. Harry não ajuda. Está com as mãos em cima de mim.

– Aqui.

Preciso balançá-las na frente do rosto dele para chamar sua atenção. No apartamento, Zayn e Liam estão nos esperando.

– E aí, como foi?

– Você arrasou com ele?

Harry nem me deixa falar. Vai me empurrando na frente, diz Esperem só um minuto e bate a porta do quarto diante dos rostos surpresos dos dois.

– Que grosseria.

Ele está ocupado demais desabotoando a calça para responder. Uns pulos rápidos, um empurrão em cima da cama, uma camisinha de dentro da gaveta e ele já está em cima de mim, abrindo minhas pernas e checando com os dedos se estou duro o suficiente. Quando sente que estou, faz aquele som hmmm que me deixa louco.

– Rápido – digo a ele.

Não dura muito, mas, ah, meu Deus, é incrível. Uma estocada confiante e ele me preenche, nossas línguas dançam, a fivela do cinto dele tilinta enquanto ele entra em mim, forte e profundamente. Não falamos. Não sei nem se respiramos. Ele precisa de mim, assim como eu preciso dele, com seus defeitos e sua raiva, com aquela bobagem de machão protetor, sua promessa, seu corpo e a forma como ele é, frustrante e imperfeito, maravilhoso e gostoso, violento, inteligente e real.

Ele suga meu mamilo, percorrendo com a língua do jeito que sabe que me deixa louco. Enfia as mãos por baixo de mim e levanta meu quadril para aumentar a fricção onde eu mais necessito. Não é preciso muita coisa. Estou perto. Tão perto, e ele parece maior, mais duro e mais profundo do que nunca, rápido, com a respiração áspera no meu pescoço.

ProfundoWhere stories live. Discover now