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ChanYeol soltou do ônibus no ponto mais perto da casa do Byun. Reconhecia os fatos que já estava com BaekHyun há um tempo, e "estava" podia ser entendido como namorado com o Byun, mesmo sabendo que o tampinha não usaria aquela palavra para rotular o que tinham, porém, ainda assim, ficava nervoso e se o permite pensar, nas nuvens, toda vez que vivenciava qualquer situação com aquele pedaço de gente.

Bateu na porta dos Byun e enfiou as mãos nos bolsos da calça enquanto pedia aos céus para BaekBeom não estar em casa, porque Deus o livre aguentar o Matleta quase cheirando seu cangote de tão perto que ficava para supervisionar seus momentos com BaekHyun.

E como se os céus pudessem o escutar – mas nem tanto – a porta foi aberta por BaekHyun, aquele projetinho de gente com cara de sonolento como se tivesse acabado de levantar da cama, o cabelo apontando para todos os lados por trás do headband de coelho e a boca vermelha ainda com resquícios de baba.

— O que diabos você pensa que tá fazendo na minha casa essa hora da manhã? – Byun levantou a mão, a colocando no peito do Park o impedindo de se aproximar.

— A gente combinou de ir cedo pro asilo, lembra? – ChanYeol tirou a mão do menor de seu peito, entrelaçando-a com a sua.

Foi aí que percebeu. Byun BaekHyun estava usando seu moletom azul que ficava batendo quase nos joelhos do garoto. ChanYeol já havia até esquecido da existência do casaco, a última vez que havia o visto foi no dia em que beijou o Byun pela primeira vez, e depois não teve tempo para pensar no que havia acontecido com a roupa. Mas agora, vendo BaekHyun sonolento e o usando, ChanYeol não se importou nem um pouquinho com a perda do moletom, na verdade, tudo que sentiu foi o corpo liquefazer de tão precioso que o garoto estava.

Até quando o coração iria falhar várias batidas com qualquer coisinha que BaekHyun fazia? Não que estivesse reclamando, na verdade já estava começando a se acostumar com o fato de que nunca estaria emocionalmente preparado para lidar com BaekHyun. Nunca mesmo.

Levou a mão livre até a boca e prendeu a respiração.

— Você está usando meu casaco pra dormir?

BaekHyun – ainda que dorminhoco – arregalou os olhos e puxou a mão, soltando-se de ChanYeol.

— Ah, então é seu? Achei que era do meu irmão – entrou em casa fingindo demência.

A mão de ChanYeol foi para o coração enquanto ele seguia o garoto e fechava a porta. Tão fofo.

— Claro, você com certeza não lembrava que te emprestei quando te beijei bem aqui na frente da sua casa, não é?

BaekHyun parou no alto da escada e virou-se para ChanYeol arqueando as sobrancelhas. A boca ficou franzida numa expressão desafiadora, como se duvidasse que ChanYeol tivesse culhão para repetir a frase. O Park riu amarelo levantando as mãos dando-se por vencido, e não escondeu a felicidade ao ver que mesmo com a expressão de quem estava prontíssimo para o matar, Byun tinha as bochechas coradas quando seguiu o caminho até o quarto.

O maior sentou-se na cama observando BaekHyun apanhar outras vestes dentro do guarda-roupa. O de sempre, jeans e um moletom, dessa vez um do tamanho certo.

— Baek – ChanYeol chamou, Byun o olhou de canto de olho – Já te disse hoje que você é o cara mais legal que eu já conheci?

— Não, mas não precisa dizer, eu sei disso – sorriu voltando a atenção para as roupas.

ChanYeol riu baixinho. BaekHyun tirou o moletom, revelando o torso desnudo por baixo do tecido grosso. ChanYeol amava o corpo de BaekHyun, a barriguinha protuberante e o culote escapando para fora do elástico da calça do pijama de gatinhos. Sentiu as orelhas queimarem enquanto ficava com vergonha por não conseguir disfarçar que olhava para o garoto se trocando. – BaekHyun levantou o olhar e o pegou no flagra. M-e-r-d-a.