maybe, Josh!?

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Noah Urrea.

  Já tinham se passado uma semana depois de todos os acontecimentos, eu ainda não sabia o que tava rolando, na verdade, eu não estava me importando tanto, não queria mais tentar entender o Joshua, não queria mais tentar saber o que a Spencer era. Eu estava cansado de tudo. Eu estava cansado de aguentar tudo isso, e naquele exato momento, eu me encontrava deitado, olhando para o teto do quarto, enquanto imaginava algumas coisas. Tanta coisas vinha em minha mente, mas eu não podia colocar nada em prática, era quase impossível para mim. Eu tinha faltado, tinha faltado essa semana toda naquela academia patética, e ninguém se importou. Muito menos o Pepe.

   Ok, parecia tudo estar indo por água abaixo, mas tudo mudou, aos meus ouvidos escutarem três batidas suaves na porta. No início de tudo, tentei ler a mente de quem estava por trás da porta, ou seria a Spencer, ou seria o Pepe. Não poderia ser o Joshua, até porque ele não se importa com a minha existência, pelo menos não se importa quando a Spencer está junto. 
   Levantei da cama, indo diretamente até a porta e abrindo-a, me dando de cara com os olhos azuis, aqueles olhos azuis tão profundos, me fazendo rir. Eu estava tendo ilusões agora?

   — Boa tarde, Noah. — ele disse com um sorriso simpático no rosto. Quem é esse garoto e o que ele fez com o Beauchamp?

  — uhm, boa tarde, eu acho. — murmurei o olhando, ele estava com uma caixa na mão. Santo diabo, o que raios esse garoto quer?

  — será que eu posso entrar? — eu estava um pouco surpreso, pra ser sincero, mas dei um passo para o lado, deixando que ele passasse.

   e assim o fez, ele passou por mim, olhando para o quarto do hotel. O quarto era enorme, as paredes tinham a cor nude, com um papel de parede na metade. Os azulejos do chão eram bem brancos e enormes, a cama era enorme também. Tudo era em um grande tamanho, uh... inclusive a bunda do nosso colega.

   — o que te fez vir até aqui, Joshua? — fechei a porta, ele já estava sentado em uma das poltronas que tinham ali. Que abusado.

  — Não precisa me chamar de Joshua, parece rude. Talvez, Josh!? — o sorriso no canto dos lábios, o maldito sorriso no canto dos lábios. Eu preciso estraçalhar esse garoto. E como ele tem coragem de falar que eu sou rude? Ele já notou como ele vem me tratando até agora?

  — eu prefiro Joshua, não somos amigos. — disse com um sorriso debochado, então me sentei na cama, esperando que ele explicasse a razão de estar ali. Com certeza não era coisa boa e tinha alguma coisa a ver com a academia.

  — bom, a Spencer... — eu disse. — ela pediu pra a classe vir te visitar, ente contar a novidades.

  "a classe" e cadê o resto das pessoas? Fiz um gesto rápido com à mão, indicando que ele continuasse.

   — ela pediu para mim te entregar essa caixa, mas não disse o que tinha dentro e disse que só você poderia abrir. — ele estendeu a caixa em minha direção, me levantei para pega-la, ainda um pouco receoso. 

  a caixa era pequena, cabia um cupcake, mas com certeza não era um bolinho confeitado.

   — e você acha que eu vou acreditar que você não viu o que tinha aqui dentro? — arqueei uma das minhas sobrancelhas, ele fez uma expressão de surpreso, ou ofendido, daí eu soube que ele não iria me responder.
   — e então... as novidades? e o resto da classe?

   me sentei novamente na cama, esperando que ele me desse ótimas novidades, como: a academia vai fechar e as pessoas não vieram pra gente foder. Mas é claro que ele não falaria isso. Ele estava sentado de um jeito desleixado, provalmente tinha saído de uma aula de dança à pouco, seu cabelo estava bagunçado e espetado para os lados, as bochechas do rapaz tinham um certo rubor mais avermelhado que o normal, e ele estava um pouco suado. Puta merda, esse homem é o próprio pecado na terra, eu tenho certeza disso. Antes de começar a falar, ele passou a língua pelos seus lábios avermelhados e que me chamavam atenção, me fazendo suspirar e tentar não me concentrar naquilo.

   — bom, as novidades são que... vamos participar de uma competição estadual, e semana que vem terá um acampamento. E o resto da classe, a Sabina saiu com o Pepe... eles estão bem próximos, a Any está com raiva de você e as outras pessoas disseram que não tem muita intimidade com você.

   ele deu de ombros enquanto falava, e eu acabei soltando uma gargalhada.

  — você também não tem intimidade comigo, Joshua. — dava ênfase ao "Joshua". Sabia que aquele era um jeito ótimo de irrita-lo, eu poderia irrita-lo até criar uma tensão sexual.

  — mas como eu disse; Spencer pediu pra mim te entregar isso. — apontou para a caixa ao meu lado. Ele parecia curioso, e talvez não tivesse mesmo aberto a caixa.

  — terminou? — me levantei da cama, e ele se levantou rapidamente. Nos encaramos, como naquela vez no banheiro. Parecia que nossos olhares falavam a mesma língua.

   — terminei. — ele suspirou, como se estivesse frustrado. Eu também estava, Joshua, pode apostar. — deveria voltar às aulas, está perdendo muita coisa. E a Any sente sua falta.

   talvez não só ela, não é? Mas eu não podia fazer nada, até descobrir tudo, por mais que esse fosse o momento perfeito para beija-lo. Mas ele se afastou, indo em direção a porta, afastando-se mais e mais, parecendo ficar mais distante a cada segundo, mas ele estava. Então me aproximei dele, o deixando contra a porta, sentia a respiração dele pesando, eu queria beija-lo, eu podia ver nos olhos dele que ele queria me beijar.

   — vou abrir a porta pra você. — eu escutava o coração dele batendo, estava acelerado, ele engoliu em seco. Eu queria rir da reação dele, de como ele era tão sensível e como tinha se entregado à mim tão fácil, longe de todos, escondido de todos.

  Então girei a maçaneta, fazendo-o tropeçar para o lado, então ele saiu, já estando do lado de fora do quarto, acenando para me dar um tchauzinho. Ele parecia ainda mais frustrado, essa era a vingança perfeita. Assim que ele saiu, eu queria muito ver o que tinha naquela caixa, mas antes eu precisava resolver outra coisa. Peguei o celular no meu bolso, e pensei no número da Any, que logo apareceu discado na tela.  

   — Noah! oi meu bem. — a voz da menina parecia animada, sinceramente, a voz dela me irrita.

  — Oi coisa linda. Podemos nos encontrar hoje? — tentei ser ao máximo animado. Eu era um demônio mas ainda tinha a decência de terminar com alguém pessoalmente. "Terminar" já não tínhamos começado nada.

   — tudo bem! me passe tudo por mensagem. E obrigada por ter ligado, estava com saudades. — ela falava demais, eu cheguei até afastar um pouco o celular do meu ouvido, revirando os olhos. 

  — Ótimo! até mais. — desliguei a chamada, bufando. Então guardei o celular no bolso traseiro da minha calça de moletom, sim, eu vivia de calças de moletom. Logo voltei minha atenção para a caixa, um pouco preocupado. Mas iria abri-la, antes de encontrar a Any.












me desculpem por não ter o primeiro beijo de nosh 🙏🏻😔

o que acham que tem dentro da caixa????????? deixem suas teorias, eu amo ler o que vcs acham duahfjwjfu

gente, não é pra vcs odiarem a Spencer n ta!? ela é gente boa.

enfim, até o próximo! ♡

devilish - NJ. Where stories live. Discover now