memories.

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   Noah Urrea.

   Eu estava devastado. Depois de escutar tudo que a Spencer tinha à me dizer. Joshua é o herdeiro legítimo do trono do inferno. Isso não faz nenhum sentido. Talvez se eu tivesse ficado no céu não me meteria nisso tudo. Eu quis foder o príncipe do inferno. Céus, isso é péssimo.

   Mas nada faz sentido em minha mente. Enquanto eu me arrumava para encontrar com a Any, eu ficava repassando todos os acontecimentos. E nada pra mim se encaixava. Ok que a Lucy não sabia quem era o Josh hoje em dia, mas ela não se ligou na Spencer? Ou ela quer... Mas eu não posso contar pra ela, nem pra ninguém, mas eu não posso ficar sem fazer nada. Não posso deixar o Josh em perigo, não posso deixar que ele se torne a representação do mau. Mas, não tinham como realmente saber, ninguem vê a porra do futuro, o futuro não está escrito, ele pode mudar, talvez o Joshua não se tornasse igual ao pai.

   Terminei de ajeitar os anéis em meus dedos, podendo ver a tatuagem no meu braço, tinha feito asas de anjo. Irônico, não? Melhor assim. 19:30, em ponto. Me teletrasportei até o meu carro, que estava no estacionamento, então dei partida no mesmo, seguindo rumo ao local de encontro que havia marcado com a cacheada.

  eu ainda não sabia o que fazer, talvez eu devesse desistir. Ou... eu pudesse ganhar a aposta, tirando a Spencer de jogo, fazendo o Joshua ficar comigo e depois apagando a memória dele! Sempre fizeram isso com ele, porque não o deixam se divertir um pouco e depois apagam de novo? Acho justo. Assim todo mundo saí ganhando e a Spencer protege seu precioso... filho diabólico?

  Estacionei o carro, íamos apenas andar na Praça, conversar e tomar um sorvete. Nada muito exagerado. Desliguei o motor, então desci do veículo, olhei a Any de longe, estava sentada em um banco, ela estava com um vestido, decotado, e em sua mente pensava que ia me levar hoje para cama por causa daquilo, a garota não parava de encarar os seus seios, verificando se eles estavam atraentes; o que me fez rir.

   Caminhei em passos rápidos até a menina, tocando o seu ombro por trás. Ela tomou um susto, é claro. Mas se virou e abriu um sorriso no canto dos lábios.

   — Boa noite, Any. — meu tom de voz era sutil, ela se levantou, estufou o peito e me deu um abraço.

  — oi meu bem! Eu estava com saudades... Você está bem? não aparece à tanto tempo. — tagarela, parece um papagaio e não para de falar um minuto. Uma coisa por vez, por favor.

  — uhum... é que nós precisamos conversar. — segurei ambos os ombros dela, afastando-o delicadamente do meu corpo.

  — ah... mas antes. — um sorriso se abriu nos lábios da menina, e ela me puxou para um beijo. Seus braços rodearam o meu pescoço, e por puro impulso, os meus rodearam a cintura dela, retribuindo o beijo. Ela não perdia tempo com nada, tanto que já estava com a língua na minha boca, explorando cada parte da mesma, sua língua trabalhava bem, mas não conseguia ficar em sincronia com a minha.

   Interferi o beijo, a garota tinha me deixado sem o fôlego que eu nem precisava. Com certeza minha boca estava toda vermelha no momento, por conta do batom que a mais nova usava, o que me fez revirar os olhos disfarçadamente.

   — olha, isso aqui. — apontei para ela, e logo para mim com o meu indicador.  — não vai dar certo.

   pude ver as lágrimas enchendo os olhos da morena. Que garota emocionada, nos beijamos apenas duas vezes, faça-me favor.

   — tudo bem, Noah. — ela parecia ter aceitado bem, mas em sua mente passava que ela iria arranjar alguém melhor do que eu, e iria esfregar isso na minha cara depois, o que me fez soltar um riso. Ela saiu, sem dizer mais nada. Um problema à menos.

  Voltei caminhando até o meu carro, me deparando com o Pepe lá dentro. Talvez ele também não soubesse do Joshua, então eu tinha que bloquear os meus pensamentos.

   — Pepe! oi meu velho amigo... — tentei agir o mais normal possível, com um sorriso no rosto, um ar confiente e essas coisas.

  — não deveria ter feito isso com a Any. — ele parecia falar sério. Eu ainda não sabia como ler a mente de um demônio, então eu não poderia saber o que ele estava tentando me avisar.

  — era necessário. Agora eu preciso ir me divertir um pouco, quer me acompanhar? — meu tom de voz agora era sugestivo. Eu claramente estava tentando fugir de todos os assuntos que tivesse ligação com o Joshua. Não queria pensar no loiro nesse momento, muito menos perto de Pepe. 

  — se estiver apenas nós dois, acho que podemos fazer algo.. — ele disse com um tom de voz cínico. Eu não iria transar com ele, não mesmo.

  — não, eu estava pensando mais em uma balada, bebidas mesmo que a gente não possa ficar bêbados... que tal? — ele balançou a cabeça em negação, e em milésimo de segundos, a mão grande de Pepe estava repousasa na minha coxa, apertando-a levemente.

  — não gosto de barulho. — ele sussurrou, no pé do meu ouvido. Soltei um suspiro, pegando na mão dele que estava sobre minha coxa, afastando-a para perto do corpo dele.

  — esses são os meus planos para hoje. E se não quiser... — formei uma bola de fogo na minha mão, apenas com os meus pensamentos. Naquele momento eu estava pouco me fodendo se ele era irmão da dona do inferno, eu estava me envolvendo com o verdadeiro herdeiro, eles que tinham que ter medo do Joshua. — vai receber mais algumas queimaduras.  

   meu tom de voz estava sério, ele assentiu brevemente com a cabeça e sumiu. Não faço a mínima idéia para onde ele tenha ido, mas pelo menos eu tinha me livrado. Soltei um suspiro aliviado, minha mão estava tremendo então eu apaguei o fogo. Encostei a minha testa no volante do carro. Eu me sentia mais frustrado que o normal. Não sabia o que fazer. Não sabia se arriscaria tudo apenas para ganhar uma aposta... mas eu preciso senti-lo, preciso toca-lo. Com certeza a Spencer não me deixaria fazer o que eu tinha pensado, então eu teria que convece-la. Dá pior maneira possível? sim. Mas era necessário. 

   E seria pior para mim, pois eu teria que voltar para a maldita academia de dança. Bom, eu preciso convece-la antes do maldito acampamento, porque no acampamento os professores não estarão presentes, então será ótimo para fazer o que eu quisesse com o Joshua.

   Peguei o meu celular, discando o número da Heyoon. precisava falar com ela, ela era a única que eu confiava no momento. Até porque o Pepe estava muito estraho, ou ele era estranho. Mas muitas vezes o celular da Heyoon caiu na caixa postal. Para ser exato, 24 vezes, então eu desisti. Olhei para os lados, frustado novamente, até ver um anel no banco em que Pepe estava sentado.

  era um anel bem bonito, com uma pedra vermelha pequena no meio, como se tivesse algo agarrando a mesma citada. Parecia ser apenas um anel normal, então o guardei no bolso, para devolver ao Pepe depois.










hmkk oi galera.

gente, por Deus, o Noah é louco né, alguém controla esse guri.

o que acham do anel?

o que estão achanado do Pepe?

será que a Spencer vai ceder o seu ""filho"" para as trevas?

enfimkkk

até o próximo! ♡

devilish - NJ. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora