oh shit.

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Noah Urrea.

  O acampamento todo eu tive que bloquear os meus pensamentos para Drake não me ouvir, ele era irritante o tempo inteiro, e eu ficava preocupado. Onde estava Lucy? onde estava Heyoon? se Spencer amava tanto o Drake, como ela não percebeu quem ele realmente era? inferno.

  Finalmente o maldito acampamento tinha acabado, estávamos no ônibus voltando para a nossa cidade, eu sentava ao lado de Drake, e o olhar dele estava sobre o meu. As luzes do ônibus estavam apagadas, o ar condicionado ligado e já era bem tarde da noite, alguns humanos estavam dormindo.

   ─ Noah...? ─ escuto a voz dele em sussurro, meu corpo estremeceu mas meu olhar continuou parado olhando para frente. ─ ou posso dizer... babe.

  engoli em seco, lembrando que ele podia ouvir os pensamentos do Joshua. Abaixei minha cabeça, mas o lancei um olhar ameaçador, o que o fez rir.

  ─ a Lucy não tem irmãos, não é? ─ ele repousou a mão em minha coxa, me fazendo ficar um tanto descartável e soltar todo o ar.

  ─ não... mas ainda podemos nos divertir juntos. ─ a voz dele era sugestiva, acabei fazendo uma careta. Que repugnante. Respirei fundo, predendo a respiração que eu não precisava, e desviei meu olhar novamente.

  ─ isso não entra no assunto, Drake. ─ sussurro o nome dele, agora ele estava próximo demais de mim, sentia a respiração quente do mesmo batendo contra a minha pele, tinha vontande de bate-lo, mata-lo, apenas queria me livrar dele.

   ─ olha, até que você é esperto. ─ ele sussurrou um tanto surpreso, talvez não esperasse que eu já soubesse de tudo, mas eu ainda não sabia de tudo, precisava de respostas. eu sempre precisava de respostas. ─ mas você é um péssimo demônio! você se apaixonou... isso é decepcionante.

  ─ eu... eu não estou apaixonado. ─ murmurei, mais para convencer à mim mesmo do que à ele. Eu não tinha me apaixoando pelo príncipezinho do inferno, não é? Mesmo depois da morte eu só me meto em perigo.

  ─ você não? mas o meu filho está. ─ ele disse aquilo com certeza na voz, engoli em seco. O loirinho estava apaixonado por mim. Eu não poderia me sentir tão inútil como demônio iniciante se estivesse apaixonado, até porque o filho do próprio diabo estava apaixonado.

   ─ o que veio fazer aqui? cadê a Heyoon? a Lucy? o que você fez pra escapar de Eskur? ─ Eskur, era o nome dado a prisão mais perigosa, para os assassinos em série, assassinos a sangue frio, pessoas que não tinham piedade e acima de tudo, tiravam os poderes de demônio e os deixavam fraco, eu não tinha a medor idéia de como ele tinha conseguido fugir de lá.

  ─ bom, o Josh, meu filho... puxou o meu lado... daqueles negócio branco com asa de pena de ganso e coroazinna na cabeça. Mas a Spencer não sabe disso ainda, ninguém sabe disso ainda, só você. ─ eu não estava entedendo, ok, a parte que o Joshua tinha puxado à parte anjo do pai eu tinha entendido. Poxa, todos ao redor deles eram burros o suficiente pra não pensar na parte anjo do Drake?

  ─ e o que você pretende fazer? ─ perguntei hesitando e bem confuso, minha cabeça estava girando, dando voltas em um mesmo assunto.

  ─ eu não vou fazer nada. Você vai. ─ minhas mãos começaram a tremer, meu corpo ficou imóvel. ─ vai procurar lá no fundo a parte diabólica nele.

─ eu... eu não sei como fazer isso. ─ falei as palavras pausadamente, estava me sentindo tão nervoso.

  ─ que bonitinho... nem parece o demônio que me ameaçou dias atrás. Mas você vai fazer, ou todos à sua volta irão sofrer um destino muito pior que o inferno ou qualquer tortura de lá. ─ ele abriu um sorriso cínico e vitorioso, eu não podia fazer aquilo, o Joshua tinha salvação, e podia não decepcionar a sua estranha mãe, ele podia ser quem realmente é, e ninguém precisaria teme-lo.
   
   ele não falou mais nada, apenas se levantou e pegou suas malas já que tínhamos chegado. Continuei imóvel, eu não sabia o que fazer, se eu fugisse ele me encontraria, se eu não fizesse todos iriam sofrer. Me sinto perdido.

  ─ babe! ─ Joshua chamou a minha atenção, sentando a meu lado. Cacete, esse menino é perfeito. ─ você quer ir pra casa comigo... sabe... continuar o que íamos fazer na barraca.

   Aquela era uma ótima idéia, mas talvez aquilo despertasse o lado diabólico dele. Quando eu ia dizer algo, os lábios quente do loiro entraram em contato com o meu pescoço, a minha pele gélida, ele distribuiu alguns beijos molhados pela região do meu pescoço, o que fez meu corpo estremecer.

  ─ tudo bem... ─ o respondi com a voz rouca. Eu iria deixa-lo pensando que estava com as rédeas da situação, mas como ele não sabia de nada, eu estava no controle de tudo, e como o Drake tinha mandado, no controle dele.

  Ele se levantou, chamando-me para segui-lo para fora do ônibus. Peguei a minha mochila, a colocando nas costas e o seguindo e descendo do ônibus. O clima estava bom, não tão quente, não tão frio. Ou na verdade, o clima sempre estava bom para um demônio.

  eu e Joshua fomos juntos até a casa dele, e quando chegamos em frente a mesma, Josh soltou a minha mão para pegar o seu molho de chaves. Abriu a porta e assim adentramos na residência dele. Era algo solitário, ele não tinha ninguém, não tinha família, para ele, ele estava sozinho no mundo, eu tinha que ser diferente de todos e acreditar que o seu lado bom venceria o lado ruim, eu precisava acreditar que o amor podia muda-lo. Diferente de Drake, Josh estava apaixonado, e o reizinho que se achava dono de tudo não contava que ele poderia me amar. Mas sim, eu o faria me amar.

   ─ babe... o que acha de um banho? ─ ele colocou as coisas dele no chão, estendeu a mão em minha direção, e entreguei minhas coisas para ele, e o mesmo colocou ao lado das coisas dele.

  ─ uhm, um banho seria ótimo. ─ me aproximei dele, envolvendo os meus braços ao redor do pescoço dele, podendo deixar um selar demorado nos lábios alheios. Estavam mais avermelhados que o normal, talvez por conta do frio, ele ficava tão fofo todo vermelhinho.

  Ele segurou minha cintura, iniciou um beijo calmo, e caminhamos às cegas até o banheiro, batendo em poucos móveis já que ele conhecia bem a casa dele. Quando chegamos ao banheiro, finalizei o beijo com vários selinhos rápidos nos seus lábios e me virei de costas para o mesmo, ficando de frente para a porta do banheiro e abrindo-a. Adentramos no cômodo, era um banheiro grande, tinha uma banheira, um espelho no teto, alguns nas paredes e um na pia, esse garoto tem tara em espelhos?

   ─ gosta de espelhos, não? ─ ele ligou a luz, eu retirei a minha camisa e percebi o olhar dele sobre o meu abdômen e peitoral, tinha feito uma tatuagem no peitoral e o olhar dele estava focado ali. ─ gostou?

  ─ pessoas com tatuagens são atraentes. ─ ele mordeu o lábio inferior em um ato involuntário, o que me fez soltar um riso sem graça, e logo ele tirou a camisa dele. Eu estava certo, esse garoto é o próprio pecado na terra, ou melhor, o próprio demônio, demônio do bem.










fusjfndnwhdhahd sei que parei na melhor parte mas vcs ainda tem que esperar um pouquinho

#rançododrake quem vem?

vcs também acreditam que o josh pode ser bonzinho? eu não 🤭

até o próximo!! ♡

devilish - NJ. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora