Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔

Capítulo 15 | Part. 1

U.u eu voltei 😏😎. Tá um babado louco esse capítulo, sério mesmo. Boa leitura e não me matem kkkkk

LUKAS

Em certas questões consigo lidar com tudo, sou pulso firme, sei quando estou sendo enganado. Briar Ramadani, uma aspirante a mafiosa, que tem a ousadia de tentar me enganar. Jason e eu debatemos muito sobre as consequências de ter algum envolvimento com a máfia albanesa. De início eu já sabia que havia algo mais, albaneses e russos estão em guerra há anos, eu colocaria meu pescoço em risco por meros milhões de dólares?

Existia muito por trás de toda mentira. O almoço seria o momento em que eu cortaria todo o mau pela raiz. Pensei que por causa da chuva intensa ela não viria, mas ao ouvir a campainha coloquei um sorriso nos lábios e fui até a porta. Ela é uma mulher muito bonita, parece muito com Gabriela. Isso plantou uma sementinha na minha cabeça. Dei espaço para que ela entrasse e fechei a porta.

O lenço na cabeça distorcia totalmente da vestimenta provocante. O rosto pintado em tons escuros e batom vermelho.

Se aquilo fosse para me seduzir, pobre coitada. Meu pau agora só pertencia a uma boceta. E não era a dela. 

— Vamos para o escritório.

Meneei a cabeça e ouvi seus saltos batendo contra o piso. Abri a porta do escritório e quando ela passou por mim senti o seu perfume. Parei no mesmo lugar, em minha cabeça milhares de pensamentos.

— Algum problema?

Até a voz.

Santo Deus. Olhei para ela e para o corredor. Cogitei a possibilidade de ir até o último quarto e exigir respostas de Gabriela. Ou nem assim ela deveria se chamar. Ela mentiu... Seria possível? Senti cada pedaço se juntar e quebrar ao mesmo tempo.

— Nenhum. — respondo, me recompondo. — Sente-se por favor. Temos assuntos a tratar.

Fui até minha mesa e sentei na poltrona, esperei que Briar se acomodar e peguei alguns papéis. Tive dificuldade em processar todas as informações, nem mesmo terminei de ler as escrituras que Mason enviou.

— Quanto tempo até todo o carregamento ser enviado?

Ergui meu olhar para ela. Olhos azuis, pele clara, cabelos negros. A mesma manchinha perto da sobrancelha. Comecei a sentir algo diferente. Uma sensação de ter sido enganado? Podia ser isso.

— Não posso dizer, e provavelmente não posso dizer se teremos um contrato.

— O que?! — Seu tom aumenta. — Patrick disse que estava tudo combinado! O que está pensando, senhor Devonshire?

— Quando disser o real motivo de mandar armas para a Rússia, país que odeia você e sua corja de estúpidos, eu pensarei.

Suas mãos fecharam, uma veia pulsando no pescoço. Ficamos nos encarando, ela não cedia, mantinha a pose austera.

— As armas são um pagamento para respostas que preciso.

Frustração subiu à tona. Levantei e bati as mãos na mesa, Briar ficou assustada.

— Diga a porra da verdade, ou saia da minha casa imediatamente.

Ela também levantou, parecia que estava prestes a vomitar ou desmaiar. As mãos trêmulas abriram a bolsa. Depois de alguns segundos de procura ela pegou dois frascos laranjas.

— Preciso tomar a medicação, depois te explico tudo.

— A cozinha é depois da segunda sala. Não saia dos limites. — Digo.

Depois que Briar sai eu soltei um suspiro. A cabeça latejou, seria uma dor de cabeça daquelas. O que deixou tudo pior, foi o pensamento de Gabriela estar mentindo. São tantos questionamentos, tantos pensamentos incoerentes. Fui até o canto do escritório e servi uma dose generosa de uísque, o líquido desceu rasgando e nem assim consegui manter a calma. A porta abriu e Briar entrou. Olhei para ela, que sorriu em resposta.

— Uma foto da sua irmã, você tem? — pergunto.

Ela olhou-me com certa curiosidade. Outra vez abriu a bolsa e dela retirou uma foto. Se realmente fosse Gabriela, eu não saberia como agir.

— É por ela que estou te pedindo esse serviço. O informante na Rússia sabe onde ela está.

— Qual o nome dela?

— Erika, temos três anos de diferença. Somos muito parecidas. — Ela diz e entrega a foto. — Essa foi tirada há três anos, a última vez que tive qualquer informação.

Tive receio em ver a foto, mas era preciso. E quando virei, realmente minhas dúvidas foram sanadas. Era Gabriela, ou Erika. Os cabelos estavam castanhos.

— O que fará quando encontrá-la?

— O necessário para ter tudo o que quero.

A raiva está presente em cada palavra dita. Devolvo a foto para Briar. Preciso pensar antes que tomar qualquer atitude. Peço para ela ir embora, ela sorri e abre a bolsa.

— Disseram que você procura por Taylor Klein. Sabia que Erika tem algo com ele? Veja por si mesmo. E quem sabe você também me ajuda a procurar por ela. Dia vinte e oito de dezembro, ano de 2017. Isso te lembra algo?

Briar deixa a foto cair no chão e sai caminhando tranquila. Meu coração bate tão forte que penso que a qualquer segundo terei um enfarte. Pego a foto.

Meus olhos ardem, a dor crescendo, me rasgando por dentro. Gabriela e Taylor, juntos na mesma foto. A data no canto é a mesma do dia em que Amy morreu, o dia que arruinou minha vida. Amassei a foto, a fúria correndo por minhas veias. Meus passos pesados, a respiração turbulenta. Eu não via nada enquanto ia até o quarto de Victor. Empurrei a porta com raiva, meu filho estava sentado, lágrimas caiam por seu rosto. A janela está aberta, o vento balançando as cortinas.

— Desgraçada!

Puxei meus cabelos e tentei manter a calma. Victor começou a chorar mais alto. Peguei meu filho, juntei alguns pertences dele e coloquei tudo dentro de uma bolsa.

Eu iria encontrar Gabriela.

👀👀 eitaaaaa!
Imaginem só a segunda parte desse capítulo. Tá de arrasar o coração.

50 comentários. 100 votos. Bora lá? Moleza! A parte 2 tá pronta para ser postada. Depende de vcs.

Bjs