Capítulo 26

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Sem revisão*




Lukas

Suma da minha vida, é para o seu próprio bem.

Minha irritação beira ao limite. O caralho que vou me afastar, logo agora que a tenho tão perto. Nem mesmo essa vadia que se esfrega no meu pau consegue atiçar uma faísca no meu corpo. Sua falha tentativa de formar uma ereção começa a ser degradável. Afasto minhas pernas, ela sorri de maneira sensual, a saliva escorrendo pelos cantos da boca. Eu seguro em seu pescoço, apertando forte. Porra, estou voltando para a insanidade. Ela começa a arranhar minhas coxas, engasgado com meu pau. Empurro a puta para trás, grunhindo insatisfeito.

— Dê o fora daqui! Agora!

Ela pega as roupas no chão e sai correndo para fora do quarto. Puxo minhas calças para cima, inclinando o rosto para o teto vermelho. Imagens de Erika na cama, amarrada enquanto a fodo de todas as maneiras começam a surgir na minha cabeça fodida. Preciso descontar minha raiva em algo, ou melhor, alguém.

Espalho o pó branco sobre a mesinha, separo em carreiras e abaixo meu rosto, inspiro cada uma, meu nariz queimando. Balanço a cabeça, eu deveria ir para o apartamento, cuidar do meu filho e daquela menina. Inferno! Estou me tornando um péssimo pai, minhas ausências estão se tornando mais frequentes. Agora que Taylor está morto, eu deveria estar em paz.

Resignado com toda a situação de merda ao qual estou passando, saio para fora do quarto em direção ao bar. A música esquisita está alta demais, vejo mulheres e homens dançando de maneira extremamente colada. Aceno para o barman, duas doses de uísque e irei para casa. Sinto que logo o lado psicopata surgirá, e ninguém aqui sairá impune.

Mas eu não fui para casa, na metade do caminho mudo a rota para a casa de Danielle. Bati na porta várias vezes, pelo horário deveriam estar todos dormindo. Não foi surpresa quando o cano de uma arma tocou minha testa, a expressão furiosa de Ansel.

— O que está fazendo aqui? São três da manhã porra!

Abaixo sua mão e coloco um dedo sobre meus lábios.

— Shhhi... vai acordar todo mundo.

Ansel me segura pela gravata e sou puxado para dentro. Ele tranca a porta e me empurra contra a parede. Seu olhar está fixo no meu rosto, suas narinas infladas.

— Isso é cocaína? Seu desgraçado! Vem na minha casa com a merda de uma droga correndo em seu organismo. Me dê um bom motivo para não enfiar uma bala na sua cabeça agora mesmo!

Sorrio de lado, inclino meu rosto para frente e beijo o nariz de Ansel.

— Eu amo você, Ansel. Te amo muito.

O rosto dele começa a ficar vermelho, ouço o clique do gatilho.

— Pode ir parando com isso agora Ansel! — Danielle puxa o marido para trás e toma a arma. — Vá ficar com o Dustin, ele está tendo pesadelos outra vez. — agora ela olha para mim. — Eu fico com ele.

A contra gosto Ansel sai. No primeiro degrau da escada ele me olha, uma promessa silenciosa de que mais tarde eu terei o que mereço. Mando um beijo no ar para ele, Danielle bate na minha mão.

— Na sala de cinema. Agora!

— Que isso, paixão?— pergunto.— Está ficando chata igual o seu marido.

— Chata eu vou ficar se você não ir para a sala de cinema agora, Lukas. E não estou brincando.

Dou de ombros e sigo para onde ela mandou. Acendo as luzes, jogo-me em uma das diversas poltronas que tem no grande espaço. Tiro o celular do bolso, a foto da tela de bloqueio é uma recente que tirei de Victor durante seu sono.

Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔Onde histórias criam vida. Descubra agora