O restante daquele dia se seguiu normalmente e de noite eu me recolhi no meu quarto e depois de tirar minha calça e minha blusa eu vesti minha bata branca e me deitei pra dormir. De manhã eu acordei sentindo uma mão subindo pelas minhas pernas até chegar na minha bunda e eu abri os olhos vendo o Frederich sentado na minha cama, antes que eu pudesse gritar ele avançou em mim e tampou minha boca.
Frederich - Agora vosmicê não escapa mucamo.
Sua mão pressionava a minha boca com força, enquanto a sua mão que estava livre passeava pela minha bunda.
Frederich - Para de fazer charminho escravo, vosmicê quer que eu sei.
Ele tirou a mão da minha boca e rasgou a minha bata me deixando completamente nú na frente dele e então eu gritei pedindo por ajuda e ele acertou um tapa na minha cara.
Frederich - Cale-se!
Anastácio - Por favor seu Frederich, eu não quero.
Frederich - Vosmicê não é nenhum virgem, já está até prenho, não sei porque fazer tanto doce.
Foi então que nós ouvimos uma voz diferente de mulher chamando pelo Frederich.
- Frederich?
Frederich - Alicie? Disse num sussurro.
Ele se recompôs rapidamente e se levantou.
Frederich - Não pense que escapou. Disse saindo e eu pude respirar um pouco mais aliviado.
Eu vesti minha roupa e decidi sair e fui até o rio tomar um banho, precisava tirar a sensação do toque daquele homem do meu corpo. Desde que eu saí da fazenda do Baltazar eu jurei a mim mesmo que só deixaria outro homem me possuir caso eu amasse esse homem.
3 Meses Depois
Quem apareceu naquela manhã no momento em que o Frederich estava prestes a me violentar foi a esposa dele Alice, ela e os dois filhos mantinham o Frederich bem ocupado, fora os afazeres dele tendo que administrar a fazenda e graças a Deus ele não tem mais me procurado.
Diferente do marido a Alice era uma mulher simpática assim como os filhos dela Fernanda de 10 anos e o Eliot de 8. Eu levantei naquela manhã de segunda-feira e me vesti. Minha barriga já estava bem grande e todos na fazenda já sabiam que eu estava prenho.
Eu lavei o rosto, escovei os dentes, prendi o cabelo e então fui até a cozinha e comecei a preparar o café da manhã junto da Joana e logo Eliot e Alice entraram na cozinha.
Eliot - Tio Anastácio porque a sua barriga tá assim?
Fernanda - É porque tem um bebê dentro seu bobão.
Eliot - E ele vai sair quando? Quero conhecer ele.
Anastácio - Ainda vai demorar alguns meses. Digo me virando pra tirar o bolo de coco que eu tinha feito do forno.
Eliot - Ebá, bolo.
Alice - Importunando o Anastácio de novo crianças. Disse entrando na cozinha.
Anastácio - Imagina dona Alice, eles são uns anjos.
Alice - Mas se deixar vão falar no seu ouvido o dia todo. Aliás depois do café eu vou a cidade fazer compras. Gostaria de ir comigo?
Cidade? Eu nunca tinha ido a cidade, era o meu sonho conhecer lá, dizem que tudo é tão grande e agitado, mas eu não poderia.
Anastácio - Eu adoraria senhora, mas só quem tem autorização para sair são os escravos de ganho.
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Anastácio
Historical FictionAnastácio é um jovem escravo em 1800 na época colonial, após uma tentativa de fuga é capturado e violentado pelo seu senhor e então é vendido para a fazenda de café Ouro Verde e lá que Anastácio se descobre grávido de seu mal feitor. Anastácio sempr...