Antepenúltimo

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Já haviam se passado alguns meses desde o meu casamento com o seu Humberto e nós não poderíamos estar mais felizes, ele havia ganho a ação na justiça que o Damião tinha aberto contra ele, a última notícia que eu tive deles era de que ele e Mariana estavam morando em uma pensão.

Eu já estou com nove meses de gestação e os gêmeos estão com onze meses de vida e Júnior já está com quase dois anos. Desde cedo eu estava sentindo umas dores, mas só depois que a minha bolsa estourou é que eu fui ter certeza. Meu bebê iria nascer e eu já estava no quarto junto com a Joana que realizava o parto enquanto todos esperavam do lado de fora.

Joana - Vamos Anastácio força.

Anastácio - Ahh! Grito fazendo força.

Joana - Mais uma vez, o bebê já está quase saindo.

Anastácio - Ahh!

Eu empurro fazendo força mais uma vez quando um choro de bebê é ouvido pelo quarto.

Joana - É um menino. Disse a Joana.

Algum tempo depois eu já estava amamentando o Antônio em minha cama enquanto o Humberto babava no filho caçula.

Humberto - Ele é a sua cara amor.

Anastácio - É tão lindinho e pequeno.

Humberto - E ele tem cara de Antônio mesmo, bem o nome que escolhemos.

Logo todos puderam conhecer o Antônio inclusive os seus irmãos Junior, Henrique e Anastácia.

Humberto - Olha o irmãozinho aí.

Os dias foram se passando e eu estava cumprindo o meu resguardo, a Anastácia e o Henrique dormiam juntos em um quarto e o Júnior dormia sozinho em outro Antônio dormia em um berço ao lado da minha cama e da cama de Humberto como ele era muito pequenininho ainda e sempre requeria cuidados a noite.

Naquela noite eu acordei no meio da madrugada com uma sensação estranha, não sei porque, mas me deu uma vontade de olhar as crianças. Primeiro eu olhei o Antônio no berço e me certifiquei de que ele estava bem e depois eu fui até o quarto dos gêmeos Henrique e Anastácia, eles estavam bem também eu apenas ajeitei a coberta deles e em seguida eu fui até o quarto do Júnior, mas ao me aproximar da porta eu ouvi uma voz de lá de dentro, uma voz que eu conhecia muito bem.

- Foi tu seu bebê maldito o motivo da minha desgraça, eu vou acabar com isso é agora!

Então eu entrei no quarto imediatamente e vejo Damião tentando sufocar o meu filho com um travesseiro então eu parto pra cima dele e nós começamos uma luta corporal ali mesmo.

Anastácio - Larga o meu filho!

Nós continuamos lutsbdk até que eu o derrubei no chão, subi em cima dele e comecei a acertar vários tapas na sua cara, logo Humberto, Emília e Joana entraram no quarto assustados e se surpreenderam ao ver o Damião ali.

Humberto - O que tu estás a fazer aqui Damião? Perguntou nervoso assim que separaram a gente.

Anastácio - Ele estava tentando sufocar o Júnior com o travesseiro estava tentando matar o nosso filho!

Humberto - O que?

Emília - Seu animal! Dessa vez foi Emília que partiu pra cima do Damião, mas Joana a segurou.

Humberto - Damião não sairá daqui enquanto a polícia não chegar, Joana peça pro capataz ir até a delegacia por favor.

Joana - Sim senhor. Disse descendo.

Damião - Se chamarem a polícia eu conto a todos que o pai de Júnior é o Baltazar! Pensam que eu não sei!

Humberto - Isso é mentira, Anastácio e eu tínhamos um caso antes mesmo que eu o trouxesse para essa fazenda, o pai de Júnior sou eu.

Damião - Isso é mentira vosmicê não seria capaz!

Humberto - Não sei porque a surpresa, tu sabe que eu nunca fui fiel a vosmicê, Júnior é o meu filho.

Damião - Seu canalha tu e esse maldito me pagam!

Emília - Se controle Damião que a coisa já não está boa pro seu lado.

Algum tempo depois a polícia chegou e nós demos nosso depoimento por sorte tinha testemunhas e Damião foi preso por invasão e também tentativa de assassinato, mas essa ainda seria investigada.

Anastácio - Graças a Deus que esse pesadelo acabou.

Humberto - Sim amor, se acalma. Disse me abraçando.

Humberto - Pedirei para que reforcem a segurança da fazenda.

Depois de todo aquele susto nós pudemos dormir sossegados e em pensar que aquele maldito poderia ter matado o meu filho.



              2 Meses Depois



Esses últimos dias na fazenda tem sido tranquilos, o meu resguardo finalmente acabou, Humberto e eu não andamos tendo muito tempo para nos vermos de dia pois eu estou sempre ocupado com as crianças e os afazeres da casa e ele com a administração da fazenda e das outras empresas dele, por sorte eu tenho ajuda da Joana e da tia Emília. A noite jantamos a família toda junta e no quarto Humberto e eu fazemos amor pra matar a saudade.

Humberto também estava negociando a compra da fazenda ao lado para expandir seus negócios, ele também pretendia dar liberdade a todos os seus escravos e os que assim desejarem poderão ser funcionários da fazenda e receberem um salário e ganhar um pedaço de terra para ter sua própria casa também, mas isso não era uma tarefa simples já que a Inglaterra pressiona cada vez mais o Brasil a abandonar a escravidão e o governo tentava impedir que Humberto desse liberdade a tantos escravos de uma vez com medo de que os outros fazendeiros se sentissem ainda mais pressionados, mas hoje era um dia importante, seria o dia do julgamento do Damião e todos nós estávamos lá para assistir.

O julgamento já estava no final e todos aguardavam a decisão do juíz.

— Declaro o réu culpado pelos crimes de invasão e tentativa de assassinato!









Continua...



Olá meus bebês, espero que tenham gostado do capítulo. Como sempre peço que votem e deixem seu comentário se possível. A história está em sua reta final, mas ainda tem muita coisa boa para acontecer. Beijão a todos e até o próximo capítulo.



😘😘😘

AnastácioWhere stories live. Discover now