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Eu pedi pro seu Humberto que ele me deixasse cuidar do Júnior, não sei porque, mas eu sentia a necessidade de estar perto daquele bebezinho, talvez seja a carência de ter perdido o meu filho.

                1 Mês Depois

Eu estava cuidando do Humbertinho Júnior, na verdade eu ficava mais tempo com ele do que o próprio Damião que mal via o menino, o seu Humberto tem ficado pouco na fazenda esses dias, tem resolvido muitas coisas na capital. Era uma segunda-feira a noite e o seu Humberto não havia jantado em casa mais uma vez, depois que Mariana e Damião se retiraram da sala de jantar Joana e eu tiramos a mesa e enquanto ela levava a louça eu secava os pratos.

Damião - Sinhozinho Damião jantou e foi direto pro quarto, nem pra dar uma olhadinha no filho.

Anastácio - Pois é, ele mal vê o garoto, mas não tem problema eu posso cuidar do Humbertinho.

Joana - Tu tá é muito apegado a esse menino, ele não é teu filho Anastácio.

Anastácio - Eu sei que não é... o Benzinho disse que meu filho e eu não seríamos escravos, ele deve de ter se enganado, o meu filho morreu e eu continuo sendo um escravo.

Joana - Vosmicê não devia dar atenção a tudo que o Benzinho fala. Ele acha que vê o futuro.

Depois de terminarmos eu fui pro quarto do Júnior, era lá que eu dormia agora em uma cama confortável ao lado do berço dele, era bem melhor que o meu antigo quartinho, tem até um banheiro só nosso. Assim que eu cheguei no quarto eu olhei o bebê que estava acordado com os seus olhinhos azuis espertos olhando o brinquedinho que girava pendurado no berço. Estava bem calor naquele dia então tirei meu short e vesti a blusa que o Humberto havia deixado comigo, a mesma que ele usou pra me socorrer. Logo o Júnior começou a resmungar então eu amamentei ele e em seguida o coloquei pra arrotar e ninei ele até que ele dormisse e então eu me deitei e dormi também.

Já de madrugada eu acordei e levei um susto ao ver o seu Humberto ali no quarto, ele estava de costas olhando para o seu filho.

Anastácio - Seu Humberto? Pergunto me levantando.

Humberto - Oi Anastácio, desculpa ter te acordado, queria ver como o Júnior está.

Ele estava um pouco estranho e cheirando a bebida e seus olhos desceram para as minhas coxas que estavam desnudas.

Humberto - Será que poderia esquentar o jantar pra mim? Tô morrendo de fome.

Anastácio - Tudo bem, só deixa eu me vestir.

Humberto - Vosmicê já está vestido, além do mais só nós dois estamos acordados.

Meio envergonhado eu desci com o seu Humberto me acompanhando e esquentei o jantar do seu Humberto que me pediu pra sentar ao lado dele na mesa.

Humberto - Foi vosmicê que fez o jantar não foi? Eu conheço o tempero da Joana?

Anastácio - Está ruim? Perguntei nervoso.

Humberto - Está ótimo, você tem mãos de fada. Disse pegando uma das minhas mãos e a beijando o que me deixou extremamente envergonhado.

Após o jantar nós subimos e ao entrar no quarto do bebê eu pude respirar mais aliviado, estar perto do seu Humberto me deixava nervoso, mas não um nervoso de medo como eu sentia com o Baltazar, era um nervoso diferente.

No dia seguinte eu acordei cedo com o choro do bebê, ele tinha feito xixi, eu tirei a sua fralda de pano e passei um paninho úmido nele trocando a sua fralda e a calça dele também e desci para a cozinha onde a Joana estava lavando a louça.

Anastácio - Ué que louça é essa mulher?

Joana - O sinhozinho Damião e a mãe dele tomaram café logo cedo, foram pra cidade fazer compras.

Anastácio - Que bom, só assim deixam a gente em paz. E o seu Humberto?

Joana - Tá no quarto, deve de estar dormindo ainda, nem ví a hora que ele chegou ontem.

Anastácio - Eu vou levar o Júnior pra tomar um sol e já venho.

Joana - Vai lá meu filho.

Eu me sentei num banco no jardim da casa e abri a parte de cima da minha blusa começando a dar de mamar pra ele. Eu estava ali distraído quando senti aquele perfume amadeirado, era o seu Humberto que tinha acabado de se sentar do meu lado.

Humberto - Bom dia Anastácio.

Anastácio - Bom dia senhor.

Humberto - Está fazendo um dia bonito hoje.

Anastácio - Verdade.

Eu percebi que o Humberto não olhava para o meu rosto enquanto conversávamos e só então ví que o Júnior tinha parado de mamar e o meu peito estava exposto para o seu Humberto que o olhava vidrado. Envergonhado eu fechei a minha camisa e coloquei o bebê para arrotar e ele ficou sonolento novamente.

Anastácio - Vou levar ele pro quarto agora, com licença.

Eu fui pro quarto levando o Júnior no colo e o seu Humberto foi junto e então eu pus o bebê no berço e fiquei nervoso ao sentir que o seu Humberto estava bem próximo de mim

Humberto - Vosmicê cuida dele com tanto carinho. Disse no meu ouvido enquanto suas mãos estavam na minha cintura.

Anastácio - Seu Humberto. Digo ofegante e me virando de frente pra ele.

Eu não tive tempo de dizer mais nada, ele me pegou pela cintura e tomou a minha boca com um beijo, o melhor beijo da minha vida.









         Continua...

Oi amores, espero que tenham gostado do capítulo. Não se esqueça do seu voto e seu comentário pra ajudar a história e  até logo.

Beijos 💗💗💗☕😘





AnastácioOnde histórias criam vida. Descubra agora