XV

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Eu subi as escadas e fui até o quarto, eu sabia que ele estava com fome então troquei a sua fralda que estava molhada e então me sentei na cama e pus o meu mamilo pra fora começando a amamentar ele.

Anastácio - Tão lindo, nem parece filho daquele ruivo azedo, ainda bem que tu não puxou ele. Digo conversando com o bebê que mamava com pressa.

Anastácio - Júnior, acho que logo logo tu vai ganhar um irmãozinho. Digo fazendo carinho nos seus cabelos loiros.

Eu tenho certeza que estou prenho do Humberto, tenho sentido os mesmo sintomas da outra vez em que eu estive prenho, eu estava feliz, mas ao mesmo tempo cheio de dúvidas, será que o Humberto vai assumir o meu bebê mesmo sendo casado? E Damião e Mariana? Minha cabeça estava cheia de dúvidas.

Anastácio - Tomara que dê tudo certo.

Depois que o Júnior já estava com a barriga cheia eu o coloquei pra arrotar e desci com ele pro jardim da casa grande e forei um pano no chão e pus uma almofada atrás dele, agora com três meses ele já conseguia ficar sentadinho desde que houvesse algo pra ele por as costas dele atrás.

Anastácio - Que bebê lindinho. Digo beijando a barriga dele que sorri.

Jão - Esse que é o filho do seu Humberto?

Anastácio - Sim, ele se chama Humberto Júnior, tem o mesmo nome do pai.

Jão - Estranho ele não parece muito com nenhum dos dois, apesar de ser loiro do olho azul igual o seu Humberto. Será que o sinhozinho Damião pulou a cerca? Disse rindo.

Anastácio - Não diga essas besteiras alto se ouvem isso vosmicê vai pro tronco.

Jão - Eu sei me cuidar. Estou indo no celeiro agora. Vai querer alguma coisa?

Anastácio - Traga leite e ovos por favor, vou preparar um bolo.

Jão - Deixa comigo.

O Jão foi para o celeiro e eu fiquei ali brincando com o Júnior. Eu não entendia a ligação que tinha com o Júnior eu o amo como o meu filho, só de estar perto dele e poder cuida-lo, amamenta-lo já me deixava feliz. Depois que o Jão voltou eu fui até a cozinha onde ele deixou o balde a garrafa de leite e a sacola com ovos.

Jão - Aqui, ovos e leite.

Anastácio - Obrigado Jão, levarei bolo pra vocês na senzala também.

Ele se despediu de mim e eu ajeitei o Júnior no carrinho dele e logo a Joana entrou na cozinha.

Joana - O seu Damião e a dona Mariana não vão almoçar aqui hoje, acabaram de ir lá pra capital.

Anastácio - Vou preparar alguma coisa só pra nós dois então.

Joana - Tudo bem, enquanto isso eu limpo lá em cima.

Antes de começar a preparar o almoço eu fiz a massa do bolo de laranja e o coloquei no forno e em seguida fiz uma carne ensopada pra mim e pra Joana que almoçamos juntos enquanto o bolo assava. Mais tarde depois que o bolo já estava pronto e a louça lavada eu amamentei o Júnior novamente e ele tirou a soneca da tarde dele e eu levei o bolo pro pessoal da senzala também, eu esperei até o fim da tarde, pois sabia que eles estariam retornando da lavoura.

Jão - Opa chegou a hora boa.

Anastácio - Fiz bastante dessa vez.

Mile - O cheiro tá ótimo.

Anastácio - E o Benzinho onde está?

Jão - Ele já está vindo da lavoura, vou guardar o pedaço dele.

- Opa quem é o belo rapaz?

Eu não o conhecia, devia servo tal escravo novo, ele tinha um corpo forte e rosto com traços marcantes.

Mile - Já arrumou um pretendente Anastácio.

Jão - Esse é o Zelbir, ele é novo aqui.

O tal Zelbir me comia com os olhos e eu fui salvo pela chegada do Benzinho.

Anastácio - Oi Benzinho, trouxe bolo pra vocês.

Benzinho - Oba, bem que eu senti o cheiro assim que eu entrei deve estar muito gostoso.

Zelbir - Pelo visto não é só o bolo. Disse me olhando de cima a baixo.

Zelbir - Pena que não pode ver não é Benzinho?

Benzinho - Realmente eu não posso, mas se tem uma coisa que eu enxergo é o coração das pessoas e no seu só tem merda, assim como na sua cabeça.

Zelbir - Qual foi ceguinho tá querendo apanhar? Disse indo pra cima do Benzinho, mas por sorte o Jão entrou na frente.

Jão - Qual foi cara? Vosmicê mal chegou e já quer causar problemas?!

Zelbir - Pode me soltar, tô tranquilo.

O clima tinha ficado meio pesado ali, eu me despedi deles e fui caminhando pra casa grande, eu não tinha gostado nenhum pouco desse tal Zelbir, ele me causava arrepios.

Eu cuidei do Júnior o restante do dia e por volta das 22 horas eu já estava deitado na minha cama, eu estava feliz que amanhã o seu Humberto já estaria de volta. De manhã eu acordei enjoado novamente, mas não vomitei dessa vez, depois de lavar o rosto e escovar os dentes eu troquei a fraldinha do Humbertinho e me sentei na cama e comecei a amamentar ele e depois que ele terminou eu o coloquei pra arrotar e desci com ele pra cozinha onde eu tomei meu café da manhã com a Joana, ela já tinha colocado a mesa do café pro Damião e pra Mariana.

Joana - A tal festa que a sinhá Mariana inventou vai ser depois de amanhã.

Anastácio - Mas já?

Joana - Sim, o seu Humberto chega hoje a noite e amanhã de noite já é a tal festa.

Anastácio - O menino vai ficar assustado com tanta gente, seria melhor esperar ele fazer 1 ano.

Depois do café da manhã eu fui pra varanda fazer crochê enquanto o Júnior descansava no carrinho, eu costurava umas roupinhas novas pra ele e outras menores para o bebê que eu teria daqui a alguns meses, depois que eu fiquei responsável por cuidar do Júnior a Mile fazia a limpeza da casa a Joana fazia a comida e a cozinha por vezes eu ajudava a Joana na cozinha quando o Júnior me dava um tempinho.

Eu tive que parar meu crochê, pois o Júnior queria mamar e depois de amamentar ele eu continuei e consegui fazer um goro, um sapatinho e um casaco branco pro Júnior e dois macacões pro bebê que eu esperava, fiz um azul clarinho e outro rosa clarinho, mesmo não sabendo o sexo dos bebês pra mim não existia cor de menino ou de menina. Eu subi pro quarto e guardei tudo com muito carinho.

O restante daquele dia se seguiu sem grandes acontecimentos, eu sabia que o seu Humberto retornaria de viagem a noite, mas até a hora de me deitar ele ainda não tinha chegado e até mesmo o Damião já havia ido para os aposentos dele, então eu fui pro meu quarto também.

Eu ajeitei o cobertorzinho no Humberto Júnior e peguei o meu pijama pra dormir e tirei a roupa que eu estava usando quando eu já estava completamente nu de costas pra porta do quarto, eu ouvi a porta se abrindo.

— Que recepção calorosa.

Anastácio - Seu Humberto?

Ele veio até mim e beijou minha boca, finalmente estávamos matando a saudade um do outro.












               CONTINUA...



Oi amores, espero que tenham gostado do capítulo. Dêem uma ajudinha aí com seus votos e comentários e até o próximo capítulo.


😘😘😘🤰🏽

AnastácioTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon