IX - Parada segura

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Consegui despistar os transformados facilmente, pois eles não eram tão velozes e pareceram ter desistido

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Consegui despistar os transformados facilmente, pois eles não eram tão velozes e pareceram ter desistido. Soltei um suspiro de alívio e até dei um risinho de satisfação. Foi aí, então, que algo se chocou contra a lateral do carro e vi que era um zumbi.

Ele conseguiu quebrar o vidro da janela do banco de trás com o golpe de sua cabeça. Os gritos apavorados da irmã de Bryan ecoaram em minha cabeça por alguns instantes. Fiquei aflita com a situação e tentei prestar atenção no volante, para não perder o controle e acabar batendo.

Bryan a puxou, rapidamente, para seu colo e disparou sua pistola, alojando duas balas na face do transformado. Sua arma não havia feito tanto barulho, devido ao silenciador que havia na ponta. Se a carabina que usei para atirar no zumbi que me atacou estivesse com isso, talvez não tivesse atraído a atenção deles para nós.

A menina começou a chorar no peito de seu irmão mais velho, estava com medo e bastante assustada. Se até eu estava, imagine ela. Continuei dirigindo o carro e ouvi o baque do corpo ao cair no asfalto. O banco havia ficado cheio de sangue de zumbi e percebi que a consistência estava fora do normal. O sangue parecia ser mais ralo do que deveria e a coloração estava mais clara. Achei aquilo muito estranho, pois não havia visto isso antes. Talvez o transformado fosse leucêmio antes de ser infectado, isso explicaria a textura e a cor. Mas a razão também poderia ser outra. Outra, que eu nem imaginava o que poderia ser.

Já estava escurecendo e ainda não tínhamos encontrado nenhum lugar seguro para podermos passar a noite e dormir um pouco. Ou, pelo menos, tentar. Bryan permaneceu calado todo o tempo e aquilo estava me incomodando. Eu sabia que ele era reservado, mas o fato de ainda não ter dito nada e não ter me dado uma bronca sequer, era estranho.

Continuei dirigindo em silêncio e já não aguentava mais. Então, decidi eu mesma quebrar esse vazio e clima.

— Bem... pra onde vamos agora? — Perguntei, sem olhar para trás. Franzi o cenho ao não ter obtido uma resposta, e não era por quê ele não havia escutado. — Bryan, pra onde vamos? Não sei em que direção estou seguindo!

— Sei tanto quanto você.

— Bry, estou com fome! — Resmungou a irmãzinha dele.

— Calma, querida! Já, já você comerá. Tá bom? — Disse ele, passando a mão em sua cabeça e a beijando em seguida.

Uma coisa eu havia acabado de me certificar: Bryan estava bravo comigo. E o pior era que ele tinha razão. O que fiz foi imprudente e pus todos nós em risco.

Mas o que eu poderia ter feito?

Aquele transformado teria me atacado novamente se não tivesse atirado nele a tempo.

Não insisti, apenas permaneci dirigindo e procurando algum lugar o qual pudéssemos passar a noite. Então, avistei uma loja. Era um mini-mercado e não tinha sinais de arrombamento. A porta parecia estar entreaberta e era possível que tivessem zumbis lá dentro, mas precisávamos nos certificar. Se a barra estivesse limpa, poderíamos ficar ali tranquilamente. Além do fato de que teríamos comida, uma das coisas que precisávamos. Segui com o carro até o local e parei.

INFESTAÇÃO: O princípio (Vol. 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora