XI - Cortando caminho

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   Seguimos pelas ruas em passos apressados

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   Seguimos pelas ruas em passos apressados. Tivemos que diminuir o ritmo por causa de Brenda que não conseguia andar igual. Havia um silêncio perturbador, apenas ouvia-se nossas respirações e o som do vento que começou repentinamente. Bryan seguia na frente, segurando seu fuzil com o dedo no gatilho, pronto para atirar. Stevão estava um pouco mais atrás e Brenda e eu por último.
 
Ainda tinha duas balas na pistola em minha cintura, mas não era garantia. Em minha mão livre, segurava uma barra de ferro cheia de facas pontiagudas presas com fita durex. O Srº Broe segurava sua espada comprida e haviam facas espalhadas pelo seu corpo: duas dentro dos bolsos de sua jaqueta de couro, uma no cós de sua calça e outro na bota. Bryan também carregava uma arma branca, mas era um facão enferrujado. Ele estava dentro da mochila com o cabo para fora, tendo facilidade para puxar se precisasse usar com urgência.

  Estávamos caminhando há cerca de 20 minutos, eu estava começando a sentir sede e Brenda diminuiu mais o passo. Seguíamos pela pista deserta, cheia de carros abandonados e lixo e sangue espalhados pelo chão. O sol havia surgido e estava esquentando nossas cabeças.

— Estamos quase chegando! — Murmurou Bryan, olhando para nós.

   Ele demorou-se um pouco o olhar sobre mim e Brenda antes de virar para frente. Continuamos andando, estávamos perto de atravessar o cruzamento com outra rua quando Bryan parou bruscamente e sinalizou para que déssemos passos para trás. Virou-se e, em gestos, disse que havia três transformados à direita e mais um à esquerda. Minha respiração acelerou e meu coração bateu mais rápido.
 
Estávamos com pouca munição e correr não daria muito certo, devido meu ferimento que ainda doía. Não conseguiria nem carregar Brenda no colo. Deveríamos pensar em algo depressa.

— Vamos ter que matar eles. — Disse Stevão, esbugalhando os olhos.

— É arriscado demais, podem surgir outros e aí sim teremos um problema maior. — Concluiu Bryan, olhando-nos de um jeito estranho, como se esperasse por alguma resposta que nos tirasse daquela situação.

— Talvez se chegar perto o suficiente para golpeá-los dê certo! — Murmurei para os dois.

— Sim, pode ser que dê certo! — Considerou. — Então, vamos lá? — Propôs à Stevão, mirando-o.

— Que a sorte esteja ao nosso favor! — Disse como resposta e se preparou para seguir com o plano.

   Brenda e eu fomos para a calçada e ficamos aguardando que retornassem. Eu estava suando frio de tanto nervoso e a menina me abraçava forte pela cintura. Ela tremia como se estivesse com frio e fiz carinho em sua cabeça para tentar confortá-la.

   Foi então que ouvi um urro e percebi que já haviam chegado perto dos transformados. Eu queria estar lá ajudando eles, mas só iria  atrapalhar e ainda tinha Brenda. Não deveria ter criança no meio disso tudo. Umedeci os lábios e encostei a cabeça na parede enquanto esperava. Era possível ouvir o som dos golpes contra os zumbis e estava com medo de que não conseguissem.

INFESTAÇÃO: O princípio (Vol. 1)Where stories live. Discover now