XIII - Nos túneis

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Sebastian respirou fundo antes de dizer a senha de seis números que abriria a porta que levava aos túneis

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Sebastian respirou fundo antes de dizer a senha de seis números que abriria a porta que levava aos túneis. Tensão pairava no ambiente, deixando todos naquela sala apreensivos. Eu não conseguia parar de olhar Bryan. Ele ainda estava segurando Julia com a arma apontada em sua cabeça. A mulher chorava em silêncio e era perceptível o pavor e o desespero em sua face.

— Quero a senha correta! — Ordenou Bryan em um tom rígido, quebrando o silêncio do lugar.

— Quê? Mas eu já falei…

— Você não disse a verdadeira.

— A senha é essa. — Disse Sebastian em um tom sereno após fechar os olhos por um instante e respirar forte. — Agora solta a minha irmã! — Vociferou.

— Acha que estou blefando com a ameaça? — Retribuiu Bryan no mesmo tom de voz. — Fala qual é a senha ou ela morre agora! — Ameaçou novamente, destravando a pistola.

— Sebastian… — Sussurrou Julia, em súplica.

— Eu já te disse!

— Okay. Então tudo bem se levá-la conosco  por garantia!?

   No momento que Bryan o disse, o olhamos com surpresa e espanto. Eu não podia acreditar no que estava vendo e ouvindo. Sabia que ele era militar, que já fez muitas coisas que eu não seria capaz, mas nunca pensei que fosse capaz de ameaçar a vida de uma inocente. Isso era um absurdo, jamais o perdoaria se a matasse. 

— O quê? Não, você não pode levar ela. — Disse Sebastian em  tom irregular.

— Por que não? Se a senha estiver correta eu a liberto, mas se não estiver… — Bryan o olhou de esgueira e arqueou as sobrancelhas. — Vamos! — Disse à mim e Stevão, antes de começar a andar em direção à saída. 

— Tá, eu falo! — Exclamou Sebastian quando Bryan alcançou a porta. — A senha é: dois, cinco, zero, um, dois, oito.

— Obrigado! Agora fique aí enquanto vamos lá verificar. 

   Sebastian obedeceu, entretanto, percebi que o que queria mesmo fazer era atacar Bryan com socos. Stevão e eu pegamos nossas coisas e saímos da sala, seguindo pelos corredores em silêncio. Bryan estava na frente, ainda apontando o revólver para Julia, e o Srº Broe e eu estávamos logo atrás. O olhei de soslaio e ele fez sinal com a mão para que eu me acalmasse, como se ele soubesse o que aconteceria.

— Olha, não precisa ficar com medo. Tá bom? Eu não vou te fazer mal, só fiz isso para teu irmão nos deixar ir! — Disse Bryan, perto do ouvido de Julia. 

— Então me solte! — Disse Julia, quase num rosnado.

— Ainda não. Se te soltar, ele virá atrás de nós. 

   Continuamos andando até que, finalmente, após 10 minutos, chegamos ao local onde a porta estava. Ela era de ferro e bem grossa, impossível de derrubar. Na parede do lado direito, havia uma tela com teclado digital e uma luz vermelha acima piscando repetidamente. 

INFESTAÇÃO: O princípio (Vol. 1)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant