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Em uma aula vaga, Ayla puxa Sirius para conversar em um canto, pois suas irmãs deixaram uma pulga atrás de sua orelha

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Em uma aula vaga, Ayla puxa Sirius para conversar em um canto, pois suas irmãs deixaram uma pulga atrás de sua orelha.

— Você sabe que não deve ficar com outras garotas enquanto nossa mércia existir, não é? — a DunBroch pergunta, olhando seriamente para o Black.

— O que? Como assim? — ele pergunta, fazendo a corvina arregalar os olhos. — Estou brincando! Claro que sei! Acha que sou burro? — a garota abre a boca para responder, e ele levanta o dedo, falando: — Não responde.

A ruiva levanta as mãos em rendição e o grifinório se escora de lado na parede, de braços cruzados.

— Mas por que se lembrou disso subitamente? — Sirius pergunta, franzindo a testa.

— Minhas irmãs, basicamente, me chamaram de corna. — Ayla responde, tirando uma gargalhada do Black e ela dá um tapa em seu braço. — Não é pra rir, palhaço! Eu achei mesmo que estava sendo traída em um namoro falso. Isso seria o auge da minha decadência!

Prendendo a risada, o garoto levanta as mãos em rendição, fazendo a corvina sorrir e dar outro tapa em seu braço. Com um suspiro, ela encosta as costas na parede, ficando de braços cruzados.

— Isso me fez pensar que devemos conversar sobre as coisas nesse "relacionamento". — Ayla olha pra ele ao dizer isso, fazendo o Black assentir. — Deveríamos falar sobre beijos. Com que frequência vão ocorrer?

— Regular beijo não é uma boa ideia. — Sirius opina, recebendo um olhar confuso da garota, então ele explica: — Que tipo de casal apaixonado só se beija quando necessário? A não que ser que queiramos mostrar que não estamos, é melhor a gente se beijar quando der na telha.

— Está bem, mas sem passar dos limites, sim? — a DunBroch pede e o grifinório assente, respeitando. — Não vamos falar sobre isso para nossos pais.

— Com certeza não. — Sirius concorda. — Não quero iludir tia Phemia dessa forma.

— Eu também não quero fazer isso com meus pais, mas acho que vou ser obrigada. — a corvina comenta, com uma careta de frustração, e ganha um olhar questionador do garoto, assim ela explica: — Meu pai basicamente fareja mentiras, então se ele perguntar se estou namorando, ele vai saber que estou mentindo.

— Mas tecnicamente não estamos namorando, isso não seria tipo um ponto cego? — Sirius pergunta com a testa franzida, e Ayla faz o mesmo gesto, ficando um pouco confusa com isso.

— Acho que não, porque estamos namorando, mesmo que não haja sentimento ou verdade. Isso é confuso. — a DunBroch determina e o grifinório assente, ambos entendendo parcialmente a coisa toda. Esse dilema definitivamente deu um nó nas mentes deles.

— Certo... então temos até o Natal para acabar com isso, ou seus pais vão ficar sabendo disso tudo? — o Black pergunta, apenas para confirmar.

— Acho que sim, mas eles não iriam saber que é falso. E você não precisaria nem conhecer eles. — a corvina argumenta e ele meneia a cabeça, mas por fim acaba concordando.

— Ok, só espero que isso não te traga problemas, nem que eu tenha que mentir para o senhor e a senhora Potter. Mentir para eles sobre saídas noturnas é uma coisa, agora falar de uma garota quando não estou apaixonado não é legal. Não quero decepcioná-los. — Sirius confessa e Ayla assente, compreendendo. Ela também não quer decepcionar seus pais, e isso é pior para o Black, já que ele foi acolhido pelos Potter e praticamente adotado. Eles são o refresco na vida do grifinório e a DunBroch realmente não quer atrapalhar isso, seria egoísmo demais de sua parte.

— Você contou disso para seus amigos? — Ayla muda de assunto, apontando de si para o Black ao perguntar.

— Não, James é um péssimo ator. — Sirius responde. — E você, contou para suas irmãs?

— Nunca! Amberly encheria meu saco pelo resto da vida. — a corvina responde, com uma careta.

— Então ninguém sabe disso além de nós dois? — o Black pergunta, descruzando os braços e aproximando-se da garota.

— Exato. Agora pode se afastar? — ela pergunta, erguendo uma sobrancelha.

— Temos que colocar realismo nisso, ruiva. — o moreno fala, apoiando-se na parede com a mão esquerda e colocando a direita na cintura da garota, puxando-a levemente para perto dele.

— Sabe que já fomos assunto o suficiente, não é? — Ayla pergunta, apoiando sua mão esquerda no braço do grifinório.

— Eu não acho. — o moreno comenta, com um sorriso malicioso, fazendo a garota estreitar os olhos em sua direção.

— Não vai fazer o que acho que vai fazer, vai? — ela pergunta, sentindo o coração acelerar. Por que tive que escolher logo ele? E por que estou tão surpresa?, a corvina se pergunta.

— "Beijar quando der na telha", lembra? Além disso, a fofoqueira da Gabrielle Huckman está conversando ali atrás com suas amigas. — Sirius sussurra para a DunBroch, que consegue se conter e não busca com o olhar a lufana.

— Mas... — a ruiva não tem tempo de terminar a sentença, pois o grifinório logo une seus lábios aos dela. 

A coisa toda demora um segundo pra se organizar, mas quando se organiza, Ayla só consegue constatar que Sirius beija muito bem e que tem gosto de pasta de dente de hortelã e varinha de alcaçuz. Seria indelicado narrar como aconteceu o beijo, mas posso dizer que foi um belo de um amasso. Aparentemente, esses dois não brincam em serviço, tem que ser tudo real.

Com as respirações ofegantes, os dois se afastam e se olham, corações acelerados e sem palavras. A DunBroch engole em seco ao notar o brilho desejoso nos olhos do grifinório, e decide ignorar a parte que pede por mais um beijo, a parte que diz que nunca foi beijada assim antes, não com tanto desejo.

Ok, a coisa está ficando séria.

°°°°°

Espero que tenham gostado.

Esperavam por essa? Eu não, sinceramente só sai escrevendo.

Até a próxima.

17/07/2020.

Mércia ♡ Era dos MarotosWhere stories live. Discover now