Ayla é uma corvina talentosa em vários quesitos e muito inteligente, exceto para assuntos como a paixão. Então ela decide que vai aprender a jogar Quadribol para ter um assunto decente com o garoto que gosta, mas no meio disso ela tem uma ideia mais...
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A ceia de Natal foi absolutamente esplêndida e, dois dias depois, às 11 horas da manhã, Sirius chega na casa dos DunBroch.
— Vai atender, Ayla. — Janine, mãe da corvina, manda da cozinha.
— Certo. — a ruiva murmura para si mesma, levantando-se do sofá e vai até a porta. — Ahn, oi.
— Oi, ruiva. — Sirius diz e inclina-se, dando um selinho na garota. — Posso entrar?
— O que é isso? — Ayla sai do choque, olhando para as roupas de Sirius.
— O que? Você não disse que era pra eu vir com roupa social! — o Black se defende, olhando para sua roupa também.
Olhando para Sirius, você poderia dizer que está quase escrito na testa dele que ele não tem boas intenções com a filha de ninguém. Uma jaqueta de couro, por acaso a que ganhou de Ayla, uma blusa de lã preta e calças também pretas. O cabelo bem penteado, mas apenas isso, nada que Ayla aprovaria se ele tivesse perguntado.
— Você está... Sirius demais. — a DunBroch tenta expressar-se sem magoá-lo. — E que flor é essa?
— Pra sua mãe, a tia Phemia disse que causaria uma boa impressão. — o outro responde, dando de ombros.
— Uma rosa branca, hein? — Ayla ergue as sobrancelhas, impressionada. — E por que veio com uma jaqueta de couro?
— Foi a que você me deu. — o garoto responde. — Eu estava doido pra usar e me aproveitei disso.
— Tá bom, vamos. — com um suspiro, a ruiva dá espaço para Sirius entrar na casa. Ela fecha a porta enquanto o outro observa o lustre do hall de entrada. — Você precisa ser educado e se meu pai oferecer cerveja, não aceite, é armadilha. O ex da Amber aceitou e, bem, ele é ex agora.
— Os fatos estão ligados? — o Black pergunta, erguendo as sobrancelhas. Ele sabia que seria difícil, só não imaginava que seria tanto.
— Não, mas é bom você ver que a coisa é séria. — Ayla responde e segura a mão dele, dando um suspiro. — Vamos nessa.
Então o "casal" anda até a sala, onde Amber lê um livro de capa roxa, acomodada no sofá.
— Oh, olá. — a sonserina cumprimenta, levantando-se. Ela deixa o livro de lado e aperta a mão de Sirius. — Sou a Amberly, irmã mais velha. — ela informa e vira-se para Ayla, afastando-se dos dois. — Que a sorte esteja ao seu favor com essa roupa.
— Eu sei. — Ayla resmunga, vendo sua irmã sentar-se no sofá novamente, voltando a ler seu livro. — Vem, vou te apresentar a Luca.
— O que ela quis dizer sobre a minha roupa? — Sirius pergunta, sendo guiado até o jardim, onde Luca está.
— Bem, vejamos... — Ayla para, pensando em como vai explicar isso. — Imagine que você vai conhecer o primeiro namorado da sua caçula, e você conhece caras galinhas, porque foi um. Então um garoto vestido assim, como você, entra pela porta, exatamente como você se vestia. O que acha?
— Eu não estava afim de tirar a jaqueta, você me deu. — o Black resmunga. — Além disso, eu sou muito educado. Trouxe até flores pra sua mãe!
— É, isso provavelmente vai nos salvar. — Ayla responde e abre a porta dos fundos, andando até sua irmã mais velha. — Ela e Amber são gêmeas, mas não têm muito em comum.
— Uma é lufana e a outra é sonserina, não? — Sirius pergunta e a ruiva assente, surpresa por ele ter guardado a informação. — Isso já mostra a diferença.
— Realmente. — a DunBroch concorda e bate na porta da estufa, chamando a atenção da outra.
— Ah, oi! — Luca sorri, colocando a cabeça para fora do local e tirando as luvas de jardinagem. — Desculpe, é o horário adequado para regar rosas, além de ser o único dia do mês aceitável para plantar acanto. — o "casal" esperou Luca tirar o avental e colocá-lo no lugar, e então ela deu um abraço em Sirius. — Sou a Luca! Muito prazer.
A lufana sorri animada para o Black, que parece surpreso pelo afeto.
— Digo o mesmo. — ele responde, sorrindo também.
— É bem-vindo, mas se fizer mal à Ayla... — Luca não precisou terminar, afinal seu olhar diz tudo.
— Fique tranquila, nunca magoaria sua irmã. — o grifinório garante e a DunBroch analisa-o.
— Ele é bom. — Luca elogia, olhando para Ayla. — Espero que a flor ajude a melhorar a impressão da roupa.
E, com isso, Luca foi para dentro da casa, após fechar bem a estufa. O "casal" observou a ruiva sumir de suas vistas em silêncio.
— Eu vou ter mesmo que tirar a jaqueta? — Sirius pergunta, a contragosto.
— Não, tenho certeza que consegue dar a volta por cima. — Ayla responde. — Já deve estar acostumado a conhecer pais, não?
— Definitivamente não, é a primeira vez que faço isso. — o garoto conta. — Nunca tive nada sério o suficiente.
— Então realmente vamos precisar de sorte. — Ayla diz e então suspira, segurando a mão do Black. — Vamos para dentro, está frio.
Os dois entram na casa e, nervosamente, encaminham-se para a cozinha, onde os pais de Ayla se encontram cozinhando.
— Querida, me dá uma faca? — Rupert, pai das meninas, pede para sua esposa.
A mulher entrega o objeto e volta a misturar o molho com a massa. Ayla não deixa de notar suas irmãs na porta, curiosas, e pigarreira, chamando a atenção de seus pais.
— Pai, mãe, esse é Sirius Black, meu namorado. — a garota apresenta e decide não dizer os nomes de seus pais, afinal ela havia dito há alguns dias.
— Olá. — Sirius sorri simpaticamente, tentando passar uma boa imagem, e estende a flor em sua mão para Janine. — Eu trouxe para a senhora.
— Ah, obrigada. — a mulher diz, pegando a flor, e sorri. — Seja bem-vindo.
— Obrigado. — o Black agradece e Janine sai do local para colocar a flor em um vaso, mas não sem antes cutucar seu marido.
— Olá, garoto. — Rupert diz e estende a mão, recebendo um aperto firme. — O almoço está quase pronto, podem ir para a sala.
Ayla assente prontamente e puxa Sirius para a sala, sentando-se junto dele no sofá. Com um suspiro, ela encosta-se nele, abraçando seu braço.
— Nada além disso, estamos sendo vigiados. — a garota sussurra e o Black assente.
— Acha que fui bem? — ele pergunta, olhando-a.
— Foi, mas isso foi só o primeiro round, logo vem a pancadaria de verdade. — Ayla avisa, levantando a cabeça para olhá-lo.
A corvina se surpreende ao vê-lo sorrir. Achei que ele era doido, mas não a esse ponto..., ela pensa, franzindo a testa para a reação de seu "namorado".
— É legal estar conhecendo seus pais, assim posso saber mais sobre você. — Sirius fala e a DunBroch pisca, meio surpresa. — Logo você vai ter que conhecer meus pais também.
Ayla assente, engolindo em seco, e volta a apoiar a cabeça em seu ombro, olhando fixamente para o tapete. A coisa toda está indo longe demais, ela avisa pra si mesma, mas decide ignorar, afinal pode parar quando quiser, não?
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Espero que tenham gostado.
Peço desculpas por não ter atualizado semana passada, não estava me sentindo muito bem, sabem? Mas vou tentar já deixar preparado o da semana que vem :)