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Antes de voltar para Hogwarts, Ayla disse pra si mesma que iria se concentrar em tentar notar se Sirius gostava mesmo dela e tentar ver se ela mesma gostava dele

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Antes de voltar para Hogwarts, Ayla disse pra si mesma que iria se concentrar em tentar notar se Sirius gostava mesmo dela e tentar ver se ela mesma gostava dele. O problema é que outra coisa estava chamando sua atenção: no dia sete, um dia depois de voltar pra escola, numa sexta-feira, ela recebeu uma dúzia de rosas vermelhas. Quem mandou? Ela não sabe e não sabe se deve querer que sejam de Sirius ou de Robert.

Seu plano pode estar dando certo e Robert está tentando conquistá-la, mas por que ele não mandaria um cartão? Talvez para não arranjar problemas com Sirius... ou isso seria muita teoria da conspiração? Não, Ayla sabe que merece algo assim, só não tem certeza se o Macmillan faria algo do tipo. Como ela saberia, de qualquer forma? Os dois não conversaram muito durante todo o tempo que Ayla gostou de Robert. Uma parte de Ayla grita com ela por isso: "você mal conhece o garoto! O que quer namorando com ele sem nem saber se ele tem nome do meio?". A ruiva cala essa parte, não querendo abrir essa porta no momento.

Agora, abrindo uma outra porta que ela não consegue evitar: Uma parte do seu coração, que ela jura de pés juntos ser mínima, quer que as flores sejam de Sirius e quer que ele esteja fazendo isso de forma genuína. Mas seria possível? Será que ele faria algo assim por pura vontade?

Ayla estranha ao pensar em Robert, notando que não andou pensando muito nele ultimamente, por estar com Sirius. Ironicamente, só começou a sair com Sirius por causa de Robert. Você tá perdendo o foco, maluca, ela reclama consigo mesma, Robert, lembra?

— Ruiva, o que há com você hoje? — Sirius pergunta para a DunBroch, com a testa franzida. — Se balançar mais essa perna, vai causar um terremoto.

A corvina dá uma risadinha e para de balançar a perna, tirando um sorriso do Black. Ele não gosta de vê-la tão preocupada assim.

— Andei pensando nos N.I.E.M.s do ano que vem. Já estamos no segundo semestre! — Ayla arregala os olhos dramaticamente para Sirius, que dá risada.

— Eu não acredito que está pensando no ano que vem. — ele balança a cabeça negativamente sorrindo, então puxa-a para um abraço, dando-lhe um beijo na cabeça. — Você vai se dar bem, ruiva, relaxa. Pensa nos exames desse ano, ou vai acabar enlouquecendo. Carpe diem, ruiva, carpe diem.

— Carpe diem nada. — a DunBroch resmunga, brincalhona, e sorri ao se afastar do abraço, ainda de mãos dadas com o "namorado". — Desde quando conhece expressões em latim?

— Desde que comecei a namorar uma corvina exibida. — com um sorriso, o grifinório belisca a bochecha da ruiva, recebendo um falso olhar feio e um sorriso em seguida.

— Bobo. — ela revira os olhos de brincadeira, ainda sorrindo, e nota os olhos de Sirius mais brilhantes do que o normal. Olhos tão bonitos...

— Vamos na cozinha? Tô morrendo de fome. — o moreno convida e faz bico, tentando convencer a garota.

— Vamos, buraco sem fundo. — Ayla responde, com um sorriso divertido, e os dois se levantam.

— Ei! Isso lá é jeito de falar com seu namorado? — ele reclama, sorrindo também, e abraça-a pelos ombros.

— Perdão, amor da minha vida. — a garota revira os olhos, debochando.

— Muito melhor, ruiva. — o grifinório assente, mesmo sabendo que é deboche, o que a faz negar com a cabeça, sorrindo. Bobão, ela pensa consigo mesma.

O Black segue o caminho tagarelando sobre o que quer comer na cozinha e fazendo palhaçadas, sem notar que ela analisa ele, seu jeito de olhar e de falar com ela, a forma como se inclina interessado quando ela vai respondê-lo, como quase sempre está olhando-a de lado, o sorriso orgulhoso quando faz ela dar risada...

Você tá vendo coisa, Ayla diz pra si mesma. Será que tô mesmo? E se eu estiver apenas fingindo que não tem nada acontecendo?, ela debate consigo.

Então ela decide analisar a situação como se fosse para uma amiga, quando chegam à cozinha e se sentam na mesa, esperando os elfos trazerem algo para comerem. Ela observa com a expressão neutra Sirius brincar com seus dedos, cantarolando distraidamente, e nota o semblante tranquilo e quase alegre do garoto, de quem está com alguém que gosta muito. É, mas isso pode significar que ele gosta muito da minha amizade, a DunBroch argumenta, se bem que ele não precisa ficar mexendo com a minha mão, isso deve ser só uma desculpa pra me tocar...

Fingindo estar distraída também, Ayla pensa em algo que pode jogar no ar, pra ver a reação de Sirius.

— Eu andei pensando... eu nunca tinha visto olhos da cor dos seus. — a garota diz e o Black levanta os olhos para ela, ficando quieto na hora, e ela sorri. — Eles são bonitos.

Sentindo o coração acelerado, Ayla mantém a expressão tranquila, pensando que devia ter sido mais discreta, e, quando está prestes a dizer que só queria ver a cara dele e forçar uma risada, ele sorri levemente, quase tirando um suspiro aliviado da ruiva. Quase.

— E eu acho que os meus olhos azuis não chegam aos pés dos teus olhos castanhos. — o moreno responde, encarando-a de forma... intensa. 

Durante dois segundos, Ayla tem a difícil tarefa de tentar não corar e evitar agarrar o garoto ali mesmo, então os elfos colocam à mesa e o "casal" come normalmente, como se nada tivesse acontecido.

Os dois mantêm os olhos nos cupcakes que comem, fingindo estar com muita fome. Jura? Não podia arranjar algo mais brega pra dizer, idiota? O que ela vai pensar de você agora?, Sirius briga consigo mesmo, mordendo o cupacke de chocolate, enquanto Ayla não está muito diferente: Se flertasse com ele de forma mais descarada, podia ter sentado no colo dele logo, estúpida. E, ok, ela não acha que seria uma ideia tão ruim assim, mas esse não é o ponto!

°°°°°

Espero que tenham gostado.

Demorei porque odeio retas finais, é isto. Perdão, minha gente, e não desistam de mim.

Até a próxima.

02/12/2020.

Mércia ♡ Era dos MarotosWhere stories live. Discover now